quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Pouco, Metade, É Nada


E você com esse papo de que:

"Não tá acostumado a namorar todo dia."
"Que precisa do seu tempo."
"Que vinha mais pra me agradar do que por sua vontade."

Vou te falar a verdade:

Você me ofereceu tudo pela metade.
Você é pela metade.
Você sente pela metade.
Você se entrega pela metade.
Você fala pela metade.
Você vive pela metade.

Você é a metade

Não minha.
Nem sua..
Você é a falta.
A parte que te falta é mais do que metade.
Te falta a metade de tudo.
E você sabe.

Só na sua cabeça que, em menos de dois meses de namoro, existe esse tempo.
Todas essas regras que você quis impor.

Te falta intensidade.
Te falta sentimento.
Te falta envolvimento.
Te falta entendimento de que começo de relacionamento, existe vontade.
Não é pouca. É muita.

Existe entrega.
Existe pressa.
Existe hoje, agora e não dá tempo para o amanhã.

O espontâneo é o natural.
Não o ensaiado, calculado, controlado.
Não é o estipulado pra hoje e descartado para o amanhã.

Foi um belo espetáculo. Meus Parabéns!
Você é um belo ator. Meu Bem!

No quesito: Contracenar. Você está formado, aprovado.
Não tem o que melhorar.

No quesito: Realidade.
Realidade: Aquilo que envolve verdade, intensidade, entrega, espontaneidade, naturalidade.
Você tem muito o que melhorar.
Descobrir, aprender.
Entender que sentimento não se mede, não se calcula, não se controla.
Não se programa, não se engana, não se joga fora.
Não se esnoba, não se brinca, não ignora.

Não se mede um sentimento.
Sente-se.
Não se calcula a intensidade.
Acontece.
Não se controla uma vontade.
Descontrola-se.
Não se programa um amor.
Nasce. Floresce.

Trata-se de gostar, se apaixonar.
Não dá pra tocar, segurar. Somente fluir. Sentir.
Deixar ir e vir o que vier.

Se entregar pela metade, é sentir pela metade.
É fazer pela metade.
É deixar a outra metade se perder.
E se perde uma, perde as duas.
Se perde as duas, perde tudo.
Sobra o nada.

Foi o que ficou de mim.
Foi o que restou de você.
Foi o que sobrou pra nós!


Renata Galbine!

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