sexta-feira, 8 de setembro de 2017

A Vida Leva...


Quantas coisas a vida leva e a gente tem que se acostumar.

Quantas ausências temos que lidar.

Quantos vazios que não há nada que possa ocupar.

A vida muda em segundos e a gente leva uma vida pra se recuperar.

É tão complexo.
Tão profundo.

É tão confuso.
Eu procuro nem parar pra pensar.

São tantos tombos.
São tantas perdas.
São tantas surpresas que a vida nos reserva.
Chega a assustar.

São tantos cantos que olhamos e nos trazem lembranças.
São lugares vagos.
Que já foram ocupados.
E, com o tempo, se tornam vazios.

Em um flash, temos a sensação de ter visto.
De ter sentido.
De estar lá.
No mesmo lugar.

Em segundos, esquecemos que perdemos e que partiram.
Mas em milésimos a nossa mente se encarrega de nos chacoalhar.
Nos traz a tona e nos mostra que não.
Que foi uma ilusão.

A vida muda em segundos.

Não é como receita de bolo que você pode acompanhar pra não deixar queimar.
Não é como escola que você tem que estudar pra não reprovar.
Não é como previsão do tempo que te avisa quando vai esfriar.

De repente o tempo muda.
Sua vida vira de pernas para o ar.

E quando você menos espera, quando olhar, não vai estar mais lá!


Renata Galbine!

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Religião


Você já parou pra pensar?!
Tudo o que, de fato, uma "Religião" traz, prega e tenta nos ensinar?

Independente de qual seja.
Ela sempre vai te oferecer histórias, ensinamentos e reflexões.

E o que falta a nós para nos desapegar de certos padrões?

Religião deveria ser mais união e menos divisão.

Ressaltando:
Mais união.
Menos divisão.

Pregam tantas coisas positivas, profundas, sábias.
Mas, muitas vezes, a grande maioria, não pratica a união.
Na verdade, falam, falam e, na prática, é tudo em vão.

Chamam o outro de "irmão", se for da sua mesma Religião.
Se, não, preferem não se enturmar, preferem se afastar.
Não costumam fazer parte do mesmo ciclo.

Simplesmente, não se misturam. Não se aproximam.
Preferem ter por perto só aqueles que têm as mesmas crenças que você.
Preferem até julgar as escolhas e pensamentos do outro.
Do que se aproximar.

Mas por que?
Eu tento entender.

Não somos, de fato, TODOS irmãos?
Sem distinção?

Não somos fruto do mesmo Criador?
As pessoas tanto pregam e verbalizam que "Deus é Amor".

Cadê o Amor na prática?

Se o outro tem uma outra Religião, não é mais considerado o seu irmão?

Que tipo de Fé é a sua, meu caro?
Pode me explicar?

Que tipo de Fé você carrega dentro de si?
Me ajuda a entender?

Se o outro não crê no mesmo que você, então quer dizer que não é seu "irmão"?
Que explicação devemos as outras criações, então?

As pessoas pregam, falam bonito.
Se vestem socialmente.
Acompanham seus cultos, missas, reuniões, palestras, semanalmente.
Mas diariamente ignoram uma conduta que deveriam adotar permanentemente.

Agem como se fossem rivais de times de futebol.

Sabe, tipo:
"Corinthians x São Paulo".?
"Flamengo x Fluminense".?

Como se Religião, fosse rivalidade.
Como se Fé, fosse uma disputa.
Como se apenas o que você crê, é o que vale.
Como se apenas o que você prega, é a verdade.

Como as pessoas conseguem ouvir tanto sobre suas Religiões e, na prática, serem tão ausentes perante as suas atitudes?

Se a sua cabeça fosse menos fechada.
Se a sua mentalidade fosse mais aberta.
A sua sabedoria permitiria que você se abrisse à outras crenças, à outros valores, à outros interiores.

Isso não te faria menor.
Isso não te faria menos "fiel".
Isso não te faria menos "cristão".
Isso não seria um desrespeito para com sua religião.

Isso não faria você deixar de ser quem é.
De acreditar no que acredita.
De expor o que carrega e leva dentro de si.

Isso não seria desmerecimento perante suas crenças.
Isso seria respeitar o mundo do outro, a opinião do outro, a escolha do outro.
Isso seria entender que cada um é cada um.
Que ninguém é obrigado a ser como ninguém.
Pois embora todos tenhamos olhos, nariz, orelhas e boca no mesmo lugar, somos todos, completamente diferentes.
Cada um à sua maneira.
Cada um com sua personalidade e essência.

Isso te faria mais.
Isso te faria maior do que você tenta ser.
E acha que é.
Mas não é, agindo assim.

Se liberta do seu preconceito.
Das suas amarras.
Se abra para as diferenças.

Não é melhor e nem será, enquanto se fechar no seu pequeno mundo.
Porque a vida é ampla demais.
Complexa demais.
Curiosa demais.
Misteriosa demais.
Pra você achar que apenas o que você crê, é o que vale, é o que conta.
Pra você achar que apenas o que você leva no coração, é o que importa.
E todo o resto a sua volta que não for compatível ao seu mundo, você ignora e não se aproxima.

Acorda!

Somos todos irmãos.
Ou não?!


Renata Galbine!

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Sou Um Ser Errante, Buscando Ser Melhor A Cada Dia


Definitivamente, aprendi o quanto é importante reconhecer os nossos próprios erros e defeitos.

E mais do que isso:
Tentar mudar o que não vale a pena continuar.

Mudar, não pelo outro, mas por nós mesmos.
De forma que a gente consiga ser melhor a cada dia.
De forma que a gente se sinta melhor com nós mesmos.
E estando bem com a gente, automaticamente, estaremos bem com o outro.

Reconhecer nossos próprios defeitos, é um ato nobre e maduro.
Mas não basta reconhecer, é preciso colocar na prática a mudança necessária.
Ao contrário, não é o suficiente. Chega a ser hipócrita.
Você sabe que erra. Você sabe onde precisa mudar e acha que isso é o suficiente.

Não é!

Porém, tem um outro lado também.
Um lado tão importante quanto tudo isso que acabei de citar.

A preocupação em não errar com o outro.
A preocupação em ficar se perguntando se está errando com o outro.
A preocupação de dominar seus defeitos para que não afete o outro.
Com isso, vamos nos tornando escravos de nós mesmos.

Por que?!

A gente passa a policiar tudo.
Tudo o que fazemos, falamos e pensamos.
E se o outro dá indícios de que algo não está bem, a gente já se culpa.
Se pergunta o que fez e carrega isso pra si.

Digo isso porque venho de uma relação maçante onde tento incessantemente agradar uma outra pessoa.

Ou, no mínimo, não desagradar.

Reconhecendo meus erros.
Pontuando meus defeitos.
Me policiando.
Me perguntando o que fiz.
E se fiz.
Vigiando meus atos, gestos e personalidade.
A ponto de estar, praticamente, me moldando ao que o outro quer que eu seja.
E não, de fato, ao que eu, realmente, sou.

Melhorar por nós mesmos, é uma coisa.
Mudar para agradar o outro, é outra bem diferente.

E foi aí que notei que estava "errando a mão".
Me desviando do caminho.
Foi aí que enxerguei que não é bem por aí.
Foi aí que notei um esforço meu que não é recíproco do outro lado.
Foi aí que me toquei que sim. Eu estava errando. Mas comigo mesma!

Se hoje eu tenho consciência dos meus maiores defeitos.
Se hoje eu tenho clareza quais foram os meus erros.
Se hoje eu tenho a certeza do quanto tenho tentado melhorar a cada dia.
Por que eu fico nessa busca em agradar alguém que não vejo fazer o mesmo por mim?
Por alguém que, faça o que eu fizer, nunca estará bom o suficiente?
Aja o que houver, nunca se desprenderá do passado por completo?

Não temos que provar nada ao outro.
Quem somos. O que fazemos, ou deixamos de fazer.
O que buscamos, o quanto aprendemos e o que conseguimos amadurecer.

Enxerga quem quer.
Faz questão quem dá importância.
Nota quem faz questão.
Reconhece quem quer reconhecer.

Enquanto o outro está só para te julgar, não adianta a gente se desgastar.
Eu descobri que por mais que eu queira.
Por mais que eu faça.
Por mais que eu tente e me esforce.
Eu nunca vou conseguir.
Nunca será o suficiente... Para ESSA pessoa.

Enxerguei que o mais importante de tudo, sou eu mesma.

Quanto a mim?!

Nunca estive tão orgulhosa de mim mesma.
Talvez isso incomode também.

Mas...
De que isso importa?!


Renata Galbine!

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

De repente 30


De repente 30.
Meio clichê, porém, fiquei me perguntando como daria inicio ao texto de hoje.

Hoje.
01 de Setembro.
Meu aniversário.
Mais um ano.
Mais uma etapa vencida.
Mais uma fase que se inicia.

Esse foi um ano de muitos aprendizados.
Muitas perdas.
E alguns ganhos. Ou, talvez, eu não tenha conseguido enxerga-los o suficiente em meio a tantos tombos.

Nostálgico pensar nos trinta.
Isso porque me lembro dos meus quinze anos como se tivesse sido ontem.
Inclusive, nessa semana, acidentalmente, encontrei a lembrancinha dos meus quinze anos.
Tão linda. Tão doce. Ao pegá-la na mão, pude sentir tudo de novo.
A expectativa pela tão sonhada festa.
A alegria pela idade tão esperada.
Os planos.
Os sonhos.
Tão menina, imatura, sensível, sonhadora.

Quantas coisas se passaram até aqui.
Quantas coisas mudaram.
Quantas pessoas chegaram.
E partiram.
Quantas e quantas coisas que vivi.
E sou muito grata a isso.

Quanto tenho aprendido até aqui.

Não retiro nenhuma queda.
Nenhum dano.
Nenhuma perda.
Nenhum desentendimento.
Nenhuma frustração.
Pois foi, justamente, com a soma de tudo isso que eu tenho construído como eu quero ser:
Melhor a cada dia!

Hoje me sinto mais madura.
Me sinto menos vulnerável e não tão frágil quanto há um tempo atrás.
Aprendi a ter mais paciência. Ainda não o suficiente, mas bem mais do que eu não tinha e precisava ter.
Aprendi a enxergar o mundo do outro. A dor e dificuldades.
Cada um têm suas tristezas e preocupações. Por mais que a gente desconheça, o outro sempre está passando por alguma coisa, assim como nós.
Aprendi a ser mais sincera. Mas dosando, já que entendi que ser transparente, é diferente de machucar.
Aprendi a apontar menos os erros e defeitos dos outros, porque tenho muito dos meus que preciso ajustar.
Aprendi que, normalmente, o outro não vai fazer por nós o que faríamos por ele.
Ou ele vai fazer a seu modo, pois cada um é cada um.
Ou, simplesmente, não vai fazer e não cabe a mim questionar.

Quantas coisas ainda quero alcançar e conquistar.

Agradeço aos meus pais por estarem sempre ao meu lado.
Me amparando, me orientando, me fortalecendo.
Nunca, em momento algum, me deixando desamparada.
São meus maiores exemplo, base, estrutura, verdadeira fortaleza.
E se não fosse por eles, por toda luta, empenho e dedicação eu jamais teria chegado até aqui.
Quanto amor.
E é por eles que eu luto, enfrento, tento e não desisto.
Esse amor que me motiva, me incentiva e faz seguir.

Parabéns pra mim!


Renata Galbine!