sexta-feira, 30 de março de 2018

Compaixão


Para muitos, essa é uma época de "Quaresma".

"Quaresma", é uma palavra originária do Latim: "quadragesima dies".
O que significa: "quadragésimo dia".
É um período de quarenta dias que antecedem a Páscoa.

Muitas pessoas, usam esse período para se dedicarem à uma determinada penitência.
Isso é:
Ficam sem comer ou beber algo que gostem muito durante esses quarenta dias.

Não estou aqui para apontar.
Desmerecer.
Diminuir.
Tão pouco julgar.

Também não estou aqui para falar de nenhuma Religião específica.
Cada um com as suas crenças.

Quis escrever esse texto em um único intuito:

- Refletir!

Que fiquemos quarenta dias sem comer chocolate.
Que fiquemos quarenta dias sem beber refrigerante.
Que fiquemos quarenta dias sem comer gordura.
Que fiquemos quarenta dias sem tomar bebida alcoólica.
Que fiquemos quarenta dias sem entrar em redes sociais.
Que fiquemos quarenta dias sem sexo.
Que fiquemos quarenta dias sem ir a um determinado lugar.

Que fiquemos quarenta dias sem...

Pensamos muito no que gostamos e decidimos tirar.
Ficar sem!

Mas e o que precisamos mudar não somente temporariamente?
E o que precisamos dosar?
E o que precisamos deletar, tirar dos nossos costumes?
E o que precisamos parar de fazer?
E as nossas atitudes?

Por que, ao invés de se privar de comidas e bebidas, não tentamos nos privar de outras coisas?

Aquilo o que falamos.
Aquilo o que pensamos.
Aquilo o que fazemos.
O quanto nos estressamos.

Há tantas coisas que falamos e poderíamos pensar antes de dizer.

Uma palavra dita na hora errada.
Uma frase desnecessária.
Uma informação mal dada.
Um tratamento grosseiro.

Ah, são tantas as coisas que precisamos verdadeiramente nos policiar até conseguir mudar.

Mudar.
Nenhuma mudança é fácil.
Repentina.
Do dia para noite.

É uma conquista diária.
É querer mudar para, de fato, conseguir.

Mas muitas mudanças são necessárias.
Indispensáveis.

Mudanças dentro de nós.
Nós com nós mesmos.
Para que a gente consiga encarar melhor o mundo lá fora.
Que não é nenhuma casinha de Princesa da Disney, diga-se de passagem.

E essas mudanças, quando alcançadas ,
Mesmo que demorem.
Uma vez que você conquista.
E, finalmente, muda.
Não tem como serem anuladas.

Já pensou em tentar por um dia não pensar coisas negativas?
Já tentou por algumas horas não se estressar?
Já passou uma semana sem falar mal de alguém?
Já tentou ser solidário uma vez em um mês?

Busque conquistas, mudanças, "penitências" que não dure quarenta dias.
Mas que mude o seu interior.
E a sua vida.

Pois quando a sua vida muda.
Tudo a sua volta passa a ter outro rumo e significado.


Renata Galbine!

segunda-feira, 26 de março de 2018

Sentimental vrs. Material


Tem gente que é tão pequena e mesquinha que a única coisa que tem a oferecer, são coisas materiais.

Nem digo dinheiro, em si.
Pois, muitas das vezes, nem possuem tanto assim.

Mas, ainda assim, pensam que "presentes", "surpresas", serão capazes de, não só, presentear o outro;
Mas também surpreender de uma forma além.
Talvez a palavra, seria: Deslumbrar.

Quem sabe até, iludir.
Impactar.
Envolver.
Ganhar.
Ou sei lá.

Não entendo muito bem o que se passa na cabeça de seres desse tipo.
E nem faço questão, diga-se de passagem.
Não me interessa saber o que carregam dentro de si.

Mas, tenho pra mim, que carregam vazios...

Frustrações.
Insatisfações.
Desilusões.
Amarguras.
Lacunas.
Descasos.
Desprezos.

Que elas mesmas cativaram.
Que elas mesmas mereceram.
Ou, talvez, nem mereciam.
Mas receberam.

Seres solitários.
Inseguros.
Mau entrosados.
E mau resolvidos.

E aí, agem com determinadas pessoas como se estivessem querendo "ganhá-las" através do que "podem" oferecer.

Oferecer materialmente.
Oferecer financeiramente.

Mas, talvez, e, muito provavelmente, mal imaginam elas que para fascinar o outro, é preciso bem pouco.

Não se dão conta que, muitas pessoas, precisam.
Esperam.
E se satisfazem com bem pouco.

Não que seja pouco no sentido de valor inferior.
Mas pouco no sentido de que não é preciso muito esforço.
Tão pouco, gastar dinheiro.
Energia.
Ideia.
Disposição.

É apenas demonstrar coisas que vem do coração.
Essas que não gastamos nada além do tempo em demonstrar.

Demonstrar através de gestos e atitudes.
E, quando saem do coração, são sinceros e espontâneos.

Caráter não é comprado.
Personalidade não é trocada.

Você pode até deslumbrar alguém de forma material.
Mas isso vai durar um momento.

O brilho no olhar não é pintado.
É conquistado.

Quando você desperta o brilho de um olhar e o disparar de um coração.
Isso sim ficará, muito provavelmente, marcado eternamente.
Mesmo que a história não perdure, a lembrança permanecerá.

Mas tem gente com mente tão pequena.
Tão vazia.
Pessoas tão arrogantes e mesquinhas.

Coitadinhas!

Que esquecem.
Não notam.
Ou nem sabem.
O valor dos pequenos detalhes.

Uma mensagem de "Bom Dia" singular, escrita a próprio punho.
Uma ligação, inusitada, ao fim do dia pra saber como a pessoa está.
Um convite não planejado pra tomar um sorvete.
Um fim de tarde, assistindo ao pôr-do-sol.
Um bate papo até de madrugada.
A troca de ideias, energias, risadas.
Ao contrário do material, oferecer sem querer nada em troca.

Sabe...

Não preciso gastar um real pra dizer quando, realmente, amo.
Não preciso pedir nada em troca para ouvir o mesmo.
Não preciso presentear materialmente para ter a certeza de que eu não saio daquela mente.
Não preciso surpreender, querer aparecer, passar por cima de ninguém.
Pois já será mais do que claro o quanto quero a pessoa bem.

Dinheiro eu não tenho.
Bens muito menos.
Isso não quer dizer que eu não possa conquistar o que estou lutando para ter.

Mas o que tenho, foi o suficiente para ganhar.
E o que recebi, mesmo sem forçar, programar, esperar, tão pouco, ter que "comprar".
Foi e é muito além do que eu poderia imaginar.
Nem minhas palavras postadas, nem mesmo cédulas gastadas, são capazes de descrever.

Logo...

Como você poderia ser capaz de entender?!

Ah, não seria!

A amizade,
O amor,
As relações,
Sejam elas verdadeiras:

Não são feitas,
Construídas,
Consumadas e eternizadas através de notas de papel que podem ser rasgadas.
Que, com o tempo, cada vez mais são desvalorizadas.

Aquilo que é material, se desgasta.
Estraga.
Sai de moda.
Se perde.
Se quebra.
Se apaga.

Aquilo que é sentimental, embora não possa ser visto.
É sentido.
Isso sim, é real.

Dessa forma, é incomparável e incontestável:

Se torna inesquecível.
E inigualável!


Renata Galbine!

sexta-feira, 23 de março de 2018

Quando um Relacionamento acaba


E essas pessoas que se deparam com o fim de um relacionamento?

Seja ele namoro.
Ou casamento.

Quando acaba.
Ou por um "pedido de tempo".
Pedido típico de quem não tem coragem de assumir que não quer mais.

Ou, simplesmente, por um:
"Chega."
"Acabou."
"Precisamos terminar."
"Não quero mais continuar."

A outra pessoa se desespera.
Não entende.
Não compreende.

Chora.
Sofre.
Se pergunta o por que.
Tenta de todas as formas e maneiras conseguir entender.

Às vezes, passa uma vida sem saber.
Às vezes, com o tempo consegue aprender.

Relacionamento não é brincadeira.
Não é como brincar de casinha.
Ou duas crianças na inocência, sem malícia, que pega na mãozinha e sai por aí.

Relacionamento é diário.

É trabalho.
É construção.
É dedicação.
É entrega.
É troca.
É, sim, abrir mão de certas coisas.

É cuidar diariamente.
É enxergar.
É se colocar no lugar.

Quando é anunciado o fim de um relacionamento.
Não é repentinamente.
De repente.
Ele já vem sido demonstrado.

Mas, muitas vezes, ignoramos.
Ou não nos esforçamos para enxergar.
Tentar mudar.
Reverter.
Recuperar.
Pois, simplesmente nos acomodamos.

E não estou escrevendo isso apenas e somente como consolo.
Consolo para mulheres que se depararam e se assustam com o fim.
Mas, sim, como um alerta!

Vejo homens se questionando por terem se deparado com términos.
Mas vejo muito mais mulheres se lamentando por esse motivo.

E eu digo:

"Deixa de enxergar."
"Deixa de se doar."
"Deixa de regar."
"Deixa de cuidar."
"Deixa de acompanhar."
"Deixa de estar ao lado."
"Deixa ser levado pelo descompasso."

Porque você vai perder SIM.

E se aparecer alguém pra suprir tudo isso que você deixou de oferecer.
Deixou de fazer questão.
Abriu mão.
Sem querer.
Sem perceber.
Ou sem se esforçar.

Entenda:

Não adianta chorar.
Querer fazer o tempo voltar.
Culpar o outro.
Se vitimizar.

E não estou falando de sexo.
De cama.
E prazer.

Porque isso pode existir e vir a acontecer.
Mas com o tempo passa.
Acaba.

Estou falando de troca. Porque isso pode, sim, acontecer.
Acontecer entre dois desconhecidos que se conhecem.
Ou entre dois conhecidos que se reconhecem.
Descobrem e percebem semelhanças, compatibilidades e tantas outras coisas possíveis.

Relacionamento, é estar ao lado.
Sair, mesmo cansado, se o outro estiver fazendo tanta questão.
Estou falando de enxergar com os olhos e também com o coração.
Não aquela coisa mecânica de quem se perdeu numa rotina sem volta.

Se você tem:

Cuida.
Se preocupa.
Anda lado a lado.
Conversa.
Dialoga.
Faça questão.
Não abra mão.
Doa o que tiver.
Não cobre apenas o que quer.

Ame.
Porque se um dia perder.
Se não tiver a consciência tranquila de que fez tudo o que gostaria.
Tudo o que podia.
Tudo o que o outro merecia receber.
Não adianta se lamentar.
Chorar.
Culpar.
Se descabelar.
Julgar.
Correr atrás.
Voltar atrás.

São ausências acumuladas.
Situações mal conversadas.
Feridas marcadas.
Que, dificilmente, serão apagadas.

Muitas coisas na vida.
Quando acabam.
Não voltam mais!


Renata Galbine!

quarta-feira, 21 de março de 2018

Problemas existem para todos


Têm pessoas que devem pensar que não possuímos problemas em nossas vidas.
Que os nossos dias, são só "mar de rosas".

Talvez, pelo nosso sorriso.
Educação.
Cordialidade.

Talvez, pelas coisas que conversamos em uma roda de amigos.
Coisas que postamos.
E, superficialmente, aparentamos.

Todos nós temos problemas.
Cada um tem a sua "cruz" a ser carregada.
A sua dificuldade a ser superada.
A sua dor a ser encarada.
A sua ferida a ser cicatrizada.

Todos nós temos algo que nos enfraquece.
Carregamos algo no peito que nos sufoca.
Temos algo em mente que nos preocupa.

Nem por isso, temos que nos mostrar sofridos.
Chorosos.
Afastados.
Derrubados.
Anulados.

Nem por isso, precisamos ficar verbalizando.
Postando o que temos para resolver e encarar.
Não é necessário o sensacionalismo.

Isso, pra mim, tá mais para exibicionismo.

Se mal damos conta dos nossos problemas.
Quem dirá dos outros?!

Logo...
O problema é nosso.
Não vai adiantar a gente ficar divulgando.
Expondo.
Falando para qualquer pessoa, a qualquer momento.

O silêncio com nós mesmos, muitas vezes, nos mostram caminhos.
Nos fazem enxergar soluções.

Não será o outro sabendo, que alguma coisa vai mudar.

Pra que se expor?
Pra que sobrepor o que não vai acrescentar a ninguém?

Por que não se permitir sair?
Respirar novos ares.
Oferecer sorrisos.
Ter boas conversas.
Estar em boas companhias.

São essas pequenas coisas que, muitas vezes, nos fortalecem.
Nos fazem mudar o foco.
E conseguir encontrar a solução.
Mas, por ora, carregar, lidar e encarar com mais sutileza e leveza.

Se o problema é meu.
E somente eu poderei resolver.
Por que e pra que expor para quem não tem nada a ver?

Nada nos vem sem solução.
Tudo vem por um motivo.
Uma missão.

Tudo o que temos que encarar, é meramente por evolução.

Portanto...
É nosso!

Independente se estejamos sorrindo.
Chorando.
Pulando.
Ou desmoronando.

O problema está lá.
A solução está em algum lugar.
Mas ela sempre vai aparecer.
E novos obstáculos vão surgir para nos fazer crescer.

Pois a vida também é feita de muitos deles.

Porém, nesse meio tempo.
Nem eu.
Nem você.
Somos obrigados a demonstrar.
Compartilhar.
Deixar de sorrir.
E nos privar de viver!


Renata Galbine!

terça-feira, 20 de março de 2018

Mão que ampara


Obrigada!

Obrigada por me dar a sua palavra.
Obrigada por me dar a sua mão.
Me fazendo sentir amparada.

Protegida.
Lembrada.
Cuidada.
E, acima de tudo isso:

Amada!

Obrigada por segurar a minha mão desde o princípio.
Por não deixar mais eu me sentir sozinha.
Por não permitir que eu encare tudo sozinha.

Obrigada por me dar a sua mão.

Me acompanhar.
Me levar.
Me buscar.
Me querer.
Me esperar.
Me amar.
Encarando comigo toda e qualquer dificuldade.

Obrigada por me dar a sua mão.
Estando do meu lado, por perto.
Ou não.

Ah, meu amor...

Você não faz ideia do quanto a sua mão me protege.
Me fortalece.
Me reergue em momentos que eu acho que vou desabar.
Que não vou aguentar.

Tenha a minha mão.
Pequena.
Macia.
Com a cor do esmalte que você sempre aprecia.

Tenha a minha mão na sua mão.
Tenha a minha mão na sua nuca.
Tenha a minha mão em seu peito.

Tenha a minha mão te transmitindo a minha energia.
Você estando perto de mim ou não.

A minha força.
A minha alegria.
A minha paixão.
A minha entrega.
A minha gratidão.

Tenha a minha mão, segurando a sua.
Transmitindo tudo de bom que você fez florescer dentro de mim.
Incluindo todo o meu amor por você!


Renata Galbine!

segunda-feira, 19 de março de 2018

Semente de Amor


E além de dentro de mim.
Tem amor plantado pelos quatro cantos da casa.
O que você tanto orientou e quis que eu fizesse:
Você mesmo plantou!

Por todos os lados que eu andar, vou me deparar com suas flores.

Como te esquecer?!

Além de eu entrar em cada cômodo e me deparar com você.
Você está grudado, fixado, impregnado dentro de mim sem chance de morrer.

E isso me assusta.
E me amedronta, sim.

Por mais que você fale.
Verbalize.
Sinalize.
Demonstre.
Emite através de cada gesto seu.

Me assusta, porque são tantas sementes plantadas, fincadas.
De um amor que a cada dia cria uma raiz maior, mais forte, mais fixa, mais resistente em secar.
Por isso o meu medo em te perder.

Por mais que você verbalize que nada, nem ninguém vai me tirar de você.

Te perder para "ela".
Você caindo numa real, colocando tudo em uma balança e chegando a uma conclusão do que, de fato, vale a pena ter e perder. Como se eu fosse a parte fraca da corda ou a carta que sobra em um baralho!
Te perder por um erro meu. Que eu cometa sem querer e não consiga reverter.
Te perder por um erro seu. Que eu não consiga conciliar, relevar e perdoar.
Te perder, sei lá, para o que.

Mas já nem tento mais imaginar vivendo cada um dos meus dias sem você.

Você é tão meu.
E eu me sinto tão sua.
Nossos dias, rotinas, nossos mundos já são tão nosso.
Não paro pra pensar em você não fazendo mais parte do meu.

Seja perto.
Lado a lado.
Ou distante.
Comigo aqui, você aí ou onde quer que esteja.

Eu acho que quanto mais esse amor cresce aqui dentro, mais estou enfraquecendo.
Me sentindo fragilizada.
Louco isso.
O que devia ser ao contrário. Eu sei!

Enfraquecendo por puro medo, desespero.
Estou me perdendo.
Mas tentando me encontrar, me recolocar no lugar, focar.
Conseguir deixar a nossa história fluir, de forma leve, sem sufoco, sem angustia.

Não te machucar.
Não me machucar.

Tá doendo, às vezes.

Tenho medo de não dar conta de todas essas sementes.
Tenho medo de não conseguir ter forças pra tirar todas essas pedras que vão surgir em cima do nosso solo. Que a gente vem, dia pós dia, regando através da nossa troca e cumplicidade.
Tenho medo de acordar um dia e as flores terem secado ou terem saído do lugar.

Já tem tanto de você em mim que eu acho que tô tentando me reencontrar.
Pra continuar sabendo lidar com a nossa relação.
Porque esse amor tão profundo, sincero, sublime, único, está me deixando perdida.

Eu sabia que não tinha maturidade o suficiente, por mais que você me considere madura.
Mas a todo o momento que a minha mente para, meu pensamento é somente esse.

Pensar.
Estudar.
Analisar.
Em como conseguir lidar.
Não perder.
Não errar.
Não ser igual a todo mundo.
E fazer do nosso relacionamento um porto seguro.
Uma história, nem de longe, parecida com as outras.
Mas uma história única.
A nossa história!

Me desculpa pelas minhas falhas e faltas.
Exageros também.
Afinal, uma pessoa de tanta intensidade, acaba sendo um ser de excessos, às vezes.
Eu juro que todos os acertos e erros possuem um único intuito:

Acertar. Para não te perder.

Eu Amo. Amo. Amo. Amo você!


Renata Galbine!

A estrutura das relações humanas


E a gente tem que viver sim...

Tudo o que nos é dado.
Oferecido.
Ofertado.

Porque num piscar de olhos tudo pode ser mudado.

Deixa de ser.
Nunca mais pode vir a acontecer.
Ou não é mais como era antes.

Simplesmente, pode mudar todo o sentido.

O significado.
A cor.
O brilho.

A graça.
A razão.
O motivo.

Vivemos situações e histórias que podem nos surpreender positivamente.
Mas repentinamente...
Elas também podem nos surpreender negativamente.

Acontecendo coisas que não esperamos.
Tão pouco imaginamos encarar.
Nos deparar.
Ter que lidar.

E, seja o que for.
Vamos ter que levantar a cabeça.
Tirar forças de onde pensamos não existir.
E fazer aquele sentimento ruim diluir.

Situações que nos desestabilizam.
Nos fragilizam.
Nos aborrecem.
Nos machucam.
E até nos traumatizam.

Porém, apesar de tudo isso.
E, justamente, por isso.
Muito nos ensinam.

Viver situações, é ter a consciência desse risco.
É entrar preparado para tudo.

Para o bom.
Para o doce.
Para o leve.
Para o longo.
Mas também para o breve.

A relação humana.
Seja ela qual e como for, é feita disso...

Riscos.
Caminhos.
Escolhas.
Surpresas.
Alegrias.
Decepções.
Quedas.
Superações.

Algumas...
Se quebram.
Se distanciam.
Se findam.
Para nunca mais voltar.
Para não mais existir.

Outras...
Se refazem.
Crescem.
Se fortalecem.
Amadurecem.
Aprendem.
Se reerguem.

Tudo depende também da importância.
Tolerância.
Significado.

Tudo depende da forma que foi criada.
Construída.
Constituída.

Castelos de areia não sobrevivem a tempestades.

E a tempestade sempre vai existir.
Vez ou outra, ela pode vir.

Para superar, tudo vai depender da estrutura do que foi atingido.
Do alicerce para aquilo que tiver sofrido.

Pois o que é sólido não é facilmente destruído!


Renata Galbine!

sábado, 17 de março de 2018

Reinauguração Cantinho da Dança


E hoje...
Sábado, Dia 17 de Março de 2.018, finalmente, chegou essa noite tão esperada.
Quanto trabalho e empenho foram depositados para que essa noite pudesse ser realizada.

Foram três meses de obra.
Três meses de muito trabalho.

Entrega.
Correria.
Pega o carro.
Vai de moto.

Faça chuva ou faça sol.
Busca isso.
Compra aquilo.

Muita dedicação.
Foco.
Investimento.
Sentimento colocado em cada detalhe.

Sentimento de preocupação com o piso.
Para que nós, amantes da dança, não só pudêssemos dançar, mas deslizar sobre ele.

Sentimento nas cores das paredes, molduras das janelas e pequenos detalhes.
Para que o nosso Cantinho não perdesse a sua identidade, mas voltasse renovado.

Sentimento nos desenhos.
Um dom tão bem expressado em traços e cores, caraterizando a arte da música e da dança.

Sentimento na escolha dos dançarinos.
Que são eles que proporcionam que grande parte de nós damas, possamos desfrutar ainda melhor de uma noite de baile.

Sentimento na escolha das camisas e uniformes.
Cada detalhe, escritas e cores, vindo com detalhes tão peculiares.

Sentimento nos arranjos colocados em cada mesa.
A viagem para comprar as flores.
O bom gosto em escolher.
A preocupação em trazer e manter.
O cuidado em fazer cada um deles para que possamos levar esse pedaço de amor para nossas casas.

Pois como dizia nosso saudoso Cartola:
"As rosas não falam.
Simplesmente, as rosas exalam."

E eu complemento dizendo que sim.
Exalam.
Nos fascinam.
Nos calam.

Tanto as Rosas, bem como todas as flores.
Não tem como não sermos apreciadores.

Sentimento na escolha do rapaz que fica na entrada a nos receber.
Aos garçons a nos atender.
Ao pessoal da cozinha a nos satisfazer.
A cada reserva de mesa para fazer.
E aos cantores...

Ah, os cantores...

O que seríamos de nós sem vocês?

Em uma única noite, conseguir conciliar a agenda e tempo de todos.
Mesmo que, para alguns, tenha sido possível darem "apenas" uma passadinha.
Uma "canjinha",
Mas tendo a satisfação de poder ter tido a presença e participação de todos aqueles que farão parte do quadro musical desse ano.

Cada um com o seu estilo.
Singularidade.
Particularidade.
Mas que, se for pra ir embora, nos fazem dançar até "perder 2 quilos".

Aos Amantes da Dança.
Que, como bem diz nosso querido Clayton Rossi.
Os Dançarinos sempre presentes abrilhantando a noite.
E hoje não foi diferente.
Sem vocês não teria total razão para a realização desse sonho.

Esse Cantinho que já existia.
Que já realizou muitos bailes.
Já nos proporcionou muitos momentos.
E já conquistou a admiração de muitos de nós.

Hoje Reinaugurou.
Quase como um começo.
Vamos dizer então um recomeço.

"Uma noite para unirmos até o fim."
Regada de borbulhas de alegria.
E "borbulhas de amor".

Reformado.
Reformulado.
Repaginado.
Decorado.
Preparado.
Analisado.
E tão bem cuidado em cada detalhe para dar início a um novo ano.

Logicamente que aberto e atento ao que ainda será necessário ser mudado e ajustado.

E que venha um ano de muitos bailes.
Muitas músicas.
Muitas danças.
Muitos encontros e reencontros.

Conversas.
Risadas.
Lembranças trocadas.
Fotos postadas.
E histórias marcadas, gravadas, registradas dentro de nós.

Ah, Maria Bethânia...
"E nesse dia então, vai dar na primeira edição."

Ao principal responsável de tudo isso, que diariamente, dia pós dia, tanto se dedicou.
Ao Pedreiro que, competentemente, trabalhou.
Ao Marceneiro.
Serralheiro.
Pintor.
Jardineiro.
Enfim...

A todos que aqui estiveram nesses três meses de trabalho sério.
O trabalho foi feito e realizado.

O sucesso já está sendo consumado a partir dessa noite.
Que, para muito de nós, está sendo e será inesquecível.
Momento especial a ser lembrado e jamais esquecido.

Cantinho da Dança "se agita, numa só alegria.".

Hoje foi dia de...
"Festejar"!

Dançar, dançar e dançar...
Como "viver fosse só festejar".

"Noite de frio.
Dia não há."
Porque nossa maior alegria é, de fato, dançar.

Dessa forma, a gente se solta, se liberta, se desprende.
Se sente um verdadeiro:
"Garoto, maroto, travesso."
Mas, ao contrário dele, não queremos brincar.
Queremos apenas dançar.

"Estranha loucura" pra uns.
Mas profunda satisfação pra nós.

Nós que bem sabemos dessa paixão.
Entendemos essa emoção.
Que é o que a dança nos proporciona física e mentalmente.

Pra nós, a tristeza "és página virada, descartadas em nossos folhetins."

Afinal...
"Bobeira é não viver a realidade."

E se não encararmos com alegria a realidade.
Do que nos vale viver?

Por isso...
"Erga essa cabeça.
Mete o pé e vai na Fé."

O Cantinho da Dança está de volta.
Todos os meses, teremos mais uma opção de encontro e alegria.

E o intuito sempre foi e continua sendo esse.
Felicidade.

Um Cantinho de amizade e cumplicidade.
Onde possamos chegar, sentar, conversar, dançar até o baile acabar.

Nos sentindo em casa.
Acolhidos.
Bem recebidos.

E já nos despedindo com vontade de voltar!


Renata Galbine!

segunda-feira, 12 de março de 2018

Ah, o Amor...


É tão raro viver um amor.
Mas você já reparou o quanto é fácil falar sobre ele?

Falar.
Descrever.
Entender.

O amor é um sentimento imensurável.
Que nasce e cresce dos pequenos e mínimos detalhes.

O amor é o resultado da verdade.
O amor é a entrega.
O amor é a confiança.
O amor é o cuidado.

O amor é a preocupação.
O amor é a compaixão.
O amor é a empatia.
O amor são duas almas que se encontram a fim de um mesmo interesse.

Se amar!

Verdadeiramente, se entregar.
Profundamente, se ter.
Sem medo, viver.
Sem tempo a perder.

Ah, o Amor...

Faz o coração bater depressa.
Faz o corpo se aquecer.
Os lábios, por ora, estremecer.
Faz a gente não conseguir esquecer.

É acordar pensando.
É dormir lembrando.

É querer cuidar.
É querer estar.
É querer saber.
É querer contar.

É querer.

Querer sem cobrar.
Doar sem notar.

É viver.

Viver como se o mundo a volta parasse.
E apenas o nosso mundo rodasse.

Rodasse em torno dos olhares.
Beijos.
Abraços.
Caricias.
Cuidados.
E trocas constantes.

Sentir cada instante.
Agradecer cada gesto.
Se derreter.

Se sentir adolescente mesmo.
Não fazer questão de esconder.
Querer aproveitar cada dia, minuto, segundo.
Se esquecer do tempo e do mundo.

Ah, o amor...

É um remédio para o corpo, para a mente, para a alma.
É um liquido que deságua em nosso organismo em forma de bem querer.

O amor que cura angustia.
Alivia preocupação.
Acalma o coração.

O amor que fortalece para enfrentar toda e qualquer dificuldade.
O amor que ampara, te fazendo ver que não está só.
Te mostrando, sem ter que dizer uma só palavra, que está ali.
Te protegendo.
Te abraçando, seja de longe ou de perto.

O amor não dói.
Não machuca.

Quando recíproco:
O amor cuida.
Abraça.
Ampara.

Te guarda.
Te cura!


Renata Galbine!

sexta-feira, 9 de março de 2018

Relembrar e Entender


Por quantas vezes forçamos a barra...

Para que algo aconteça.
Para que alguém não nos esqueça.
Para que uma amizade não esmoreça.
Para que uma história não enfraqueça.

E deixamos de agir com sutileza.

Quantas vezes deixamos de lado a leveza.
Quantas vezes não notamos determinada beleza.
Quantas vezes fazemos algo por impulso, sem certeza.
Quantas vezes ignoramos dificuldades, se esquecendo de agir com nobreza.

E deixamos de enxergar certas coisas com clareza.

Acho que na sede de ter.
No desespero de perder.
Na vontade de viver:

Pecamos!

Por muitas vezes, exageramos.
Correndo o risco, até, de nos perder.

Nos perder de nós mesmos.
De quem verdadeiramente somos!

E esquecemos.
Ou, talvez, não tivemos a oportunidade de aprender e entender o suficiente, que:

O que tem que ser:
Vai ser!
O que tem que vir:
Vai vir!
O que tiver que acontecer:
Vai acontecer!

Será de uma forma tão natural que, quando você ver, vai até se surpreender.
Vai até se perguntar:

- "Será um sonho ou será que vou acordar?"

Quando tem que ser, simplesmente, é.

Sem que você force.
Se esforce.
Se esfole.
Se machuque.
Se exponha.
Se disponha.
Se proponha, em vão.

É uma troca.
É recíproco.
É natural.

Simplesmente, flui.
Acontece!

Quando você achar que vai ser.
Vai se dar conta que já está sendo.
Que já está acontecendo.
E estará vivendo.

Você vai olhar pra trás.
Pensar,
Relembrar,
Analisar.
E chegar a conclusão de quantas vezes se precipitou.
Se desesperou.
E até desacreditou.

Não ERA pra ser!!!

E se, finalmente, está sendo.
Portanto:

Agarre.
Aproveite.
Desfrute.
E, por fim:

Agradeça!

Pois a hora certa e exata de tudo e para tudo sempre chega!

Renata Galbine!

quarta-feira, 7 de março de 2018

Julgamentos não nos acrescentam


E a gente se culpa.
Se reprime.
Se oprime.

Por medo.
Receio.
Pelo que possam pensar.
Falar.
A forma em que possam julgar.

Dessa forma, muitas vezes, deixamos até de tentar.
Nos privamos de viver.
Podendo passar uma vida sem saber.

Como seria.
Se seria.
O que faria se tivesse feito.
Optado.
Seguido.
O que resultaria.

Medo.
Receio.

Muitas vezes nos servem como limite, proteção.
Mas, muitas outras, são meros bloqueios.
Tantas vezes desnecessários.

Às vezes, pensamos demais se devemos.
Às vezes, calculamos demais e acabamos não fazendo.
Às vezes, nos preocupamos demais com o mundo lá fora.
E aquilo que carregamos dentro de nós, acabamos nos esquecendo.

Se você fizer:
O mundo vai te julgar!

Se você não fizer:
O mundo vai te julgar!

Sempre haverá alguém para desaprovar e apontar.

Por conta disso você vai deixar de tentar?
Por conta de pessoas que desconhecem o que se passa dentro de você, vai permitir se anular?

Quem é o outro para julgar?
Que direito alguém tem para te fazer desistir e não tentar?

Será que alguém sabe mais do que você mesmo o que se passa em sua mente?
Será que alguém sabe o suficiente o que você sente em seu coração?
Será que alguém sabe o que você enfrenta árdua e diariamente?

Ninguém aqui, sabe.
Logo, vem a dificuldade de compreender.
E a infeliz facilidade em julgar.

O que mais vale?

A hipocrisia de uma sociedade preconceituosa e duvidosa?
Ou o sentimento de uma verdadeira história?

O que mais vale?

Passar uma vida reclamando, se lastimando, se culpando?
Ou ter a oportunidade de ter, desfrutar e viver sem temer?

O medo não pode ser maior do que o querer.
O receio não pode ser mais forte a ponto de te impedir de ter.
O julgamento não pode tomar frente do que você carrega dentro de você.

O medo não é maior do que a sua vontade.
Ninguém tem o direito de julgar a sua verdade.

Não permita que toque em sua vida quem não é capaz de tocar sua alma.
E te enxergar por dentro!


Renata Galbine!

segunda-feira, 5 de março de 2018

Meu Prazer e Bem Querer


Lençóis bagunçados.
Amarrotados.
Desarrumados.
Cada peça de roupa caída para um lado.

Assim são nossos dias, noites.
Manhãs, tardes.
Momentos de prazer.

Porém, o prazer não começa ali.
Na cama.
Em cima do tecido.
Na troca de suor e em cada gemido.

Ah, o nosso prazer...

Começou da forma mais inesperada.
Não planejada.
E sensata.

E se tornou bem querer!

Começou em te conhecer.
Permitindo que me conhecesse sem perceber.

Começou ao conversar.
Nos aprofundando em cada assunto que passamos a falar.

Começou nas horas de papo.
Nas tantas histórias trocadas.
Contadas.
Compartilhadas.

Quanta troca até aqui.
Quantas semelhanças.
Quanta compatibilidade.

Que Química!

Química de empatia.
Química de energia.
Química de alegria.

Química de disposição.

Disposição em desvendar, em viajar.
Disposição em notar e enxergar cada detalhe.
Disposição em se entregar, sem se privar.
Disposição em sair, dançar.
Disposição em viver.

Viver sem tempo a perder!

O prazer nasceu da sinergia.
O prazer vingou das conversas.
O prazer cresceu com os gestos e atitudes.

Cada cuidado.
O seu amparo.
O nosso abraço.
Estar em seus braços.

As conversas realistas, eu olhando nos seus olhos e você nos meus.
Nossas reflexões tão profundas.
Nossas ideias tão maduras.
Nossas opiniões em uma mesma conduta.

Falamos a mesma língua.
Gostamos cada um do seu jeito de ser.
Respeitamos cada um as suas limitações.
Somos sinceros, pois não cultivamos desilusões.
Entendemos o tempo e as necessidades do outro.

A cama é o nosso pequeno detalhe.
Pois o prazer principal e inicial, nasceram nas palavras trocadas.
Nas histórias compartilhadas.
Na essência e personalidade demonstradas.

Em cada gesto que oferece a mim, espontaneamente.
E em cada gesto que eu ofereço a você, constantemente.

Te querer e poder te ter, é, pra mim, um grande,
Enorme,
Indescritível e incomparável:

Prazer!

Renata Galbine!