quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Ausência Na Alma.



Pra todo canto que olho você ainda está.
Cada parte do quarto ou em qualquer lugar.
Não consigo me desfazer de nada, nem guardar.
Seria como me desligar.

Por completo.
Pra sempre.

E, por ora, eu ainda sinto que vai voltar.
Eu quero.

A noite eu peço, oro e converso.
E durmo.

Cada vestígio seu, é a maneira que ainda me sinto ligada ao seu amor.
Mas isso ao mesmo tempo me causa dor.

Que vazio.

Faz com que ele volte? - eu peço.
Faz com que seja sonho? - eu rezo.
Faz com que o vazio passe? - eu penso.

O tempo.

Que o tempo passe.
Que ele leve.
Renove.
Me ajude.
Cure.

O vazio no peito.
A ausência na alma.
A sua falta!


Renata Galbine!

Volta!



Quando a dor da perda para de ser sofrida e deixa de ser sentida?

Perder não é esquecer.
Perder é ter que aprender lidar com a ausência que fica no lugar.
Perder é o corpo que vai, deixando a agonia.
Perder é o batimento que para, levando a alegria.
Perder é a lembrança que fica.
É a saudade que mexe dentro do peito, machucando,
mostrando que não adianta nada mudar de lugar.

Nada vai ocupar.

É a ausência.
É o silêncio.
É a lágrima que cai.
É o aperto que fica.
É a vontade de voltar no tempo.

Viver tudo de novo.
Sentir de novo.
Ter de novo.
Você nos meus braços, do meu lado, a meus olhos.
Ao dormir, acordar, levantar.
Sair e não ver a hora de poder voltar.
Poder te amar a cada segundo, cada olhar.
Seu respirar.

Quanto tempo vai ter que passar?

Ainda dói.

A lágrima escorre, sem ter como evitar.
O tempo passa, os dias voam.
Onde você está?
Dentro de mim, sinto que vai voltar.

Volta.

Me faz sorrir.
Preciso do seu amor pra quando eu for dormir, acordar.
Pra me receber quando eu chegar.

Volta...

Volta!


Renata Galbine!