segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

Pai...


Estamos longe de todos.
Tios, tias, primos, primas, parentes em geral.
Os amigos, os que estão longe ou próximos, cada um nas suas casas, com seus familiares.
Portanto: Sem parentes, sem ceia, sem presentes.

Não. Peraí...

Presente, sim.
A presença do presente de te ter aqui comigo.
Meu maior presente é poder te ter.
É acordar e poder te ver.
E eu sei tudo o que você já fez e passou pra estar, de fato, aqui. Do nosso lado!
Pra não desistir. O que seria bem mais fácil, né?!
Seria bem mais fácil ir embora, de um jeito ou de outro, e deixar tudo aqui.
Mas você nunca fez isso.
Luta, insiste e persiste.
E é por essas e outras que tento de todas as formas te compreender, te ajudar, te olhar por fora e te enxergar por dentro.
Afinal, o que seria de mim sem o seu olhar sereno, seu abraço apertado que parece que vai me quebrar, mas sempre me fortalece e seus conselhos?

Te amo tanto que nem sei.
Só sei que preciso de você sempre. E preciso de você bem, senão eu fico mal.
Pois você, sim, é o meu maior presente!

Renata Galbine!

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Reencontro Inesperado


Cheguei e sem saber, e querer, me deparei com você.

Respira. Inspira.
Segue e faz de conta nem perceber.
Afinal, a noite estava apenas começando e muita coisa ainda tinha pra acontecer.

Difícil fazer de conta não conhecer quem um dia fez parte de você.
Irônico o quanto as coisas podem mudar e de pessoas a gente acaba por se distanciar.

Se afastar do que gostou.
Se afastar do que sentiu.
Se afastar do que viveu.

Dar de cara com o passado.
Que fez parte da sua história.
Que tantos dias e noites você viveu.

Trocou conversas, risadas, momentos.
Prazeres e tantos outros sentimentos.
E hoje nada mais disso é seu.

Na verdade, nunca foi meu.

Às vezes, me pergunto o por que?!
O por que aquilo o que nos foi tão intimo e próximos se tornam meros desconhecidos.

Mas também, paro pra pensar...
Existem histórias que não têm como ser diferente a forma de romper e acabar.

Então, se tornam distantes, ausentes, pois já não tem mais como ser complacente.
Por isso, se tornam desconhecidos.

Já não mais se falam.
Já não mais se veem.

E num reencontro inusitado e inesperado.
Nem mais se olham.
Simplesmente, se ignoram.

Respira. Inspira.
Desvia, disfarça.
Não olha.

Chega a hora de ir embora.
Entra no carro e chora.

Os olhos não viram, os ouvidos ouviram e o coração sentiu.

Não é preciso olhar pra saber.
Não é preciso ver pra sentir.
Mas, simplesmente, por me deparar, me remeti a tudo o que vivi.

E pude sentir tudo outra vez.
Mesmo depois de seis meses.
Sem nunca mais ter encontrado e conversado.

Por tudo o que aconteceu.
Cada beijo e abraço.
Cada conversa e momento compartilhado.

Seu sorriso sacana.
Os nossos momentos de lazer.
E todas as loucuras, instantes e momentos de prazer.

Tenho dito.
Não é novidade.
Você é o meu ponto fraco.
E ter te reencontrado me causou um grande embaraço.


Renata Galbine!

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Há 2 Anos...


18 de Dezembro.
28 anos.
Primeiro relacionamento.

Príncipe encantado?!

É o que parecia.
É o que ela sentia.

Relacionamento de filme?!

É o que todos achavam.
Aos olhos de todos à volta, eles eram encantadores.
Eram só amores.

Era lindo.
Era belo.
Era perfeito.
Encantador.
Colorido.

Até que, repentinamente, tudo ficou sem cor.

Ah, menina...

Se você soubesse tudo o que hoje sabe.
Se você carregasse no peito tudo o que hoje tem.
Talvez, não tivesse sido como foi.
Talvez, não tivesse sofrido TANTO.
Se machucado e se decepcionado TANTO.

Doeu, né?!
Como nunca havia doído.

Machucou o seu coração e você se sentiu como se tivesse morrido.
Como se nunca mais fosse passar.
Como se nunca mais você fosse se curar.

Daquela ferida.
Daquela dor.
Daquela mágoa.
Daquele amor.

Você se perguntava o por que.
Não conseguia acreditar e entender.

Mas hoje tudo faz sentido pra você.

Hoje você sabe:

Foi como tinha que ser.
E eu sei.
Eu sei que não se arrepende nem por um segundo de tudo o que viveu.
Mesmo com a sua falta de maturidade.
A falta de realidade, de clareza nos olhos, clareza na mente e no coração.
Pois, foi através dessa história e grande decepção, que você pôde crescer.
Que você pôde amadurecer, como jamais poderia imaginar.

Hoje é outra mulher.
De fato, hoje, sim.
Você É uma MULHER!

Não mais menina.... como era!
Hoje é uma mulher que sabe o que quer.
Sabe o que não tem.
Sabe o que pode ter.
Sabe o que não deve acontecer.
E sabe o que pode, realmente, viver.

Sem a vulnerabilidade, fragilidade e sensibilidade que tinha.

Continua sensível.
E MUITO.

Quanta sensibilidade tem aí dentro.
Quanta intensidade transborda em seu peito.

Mas é um sensível que te permiti sentir, mas também ENXERGAR.

Aquela menina do dia 18 de Dezembro que ele, repentinamente, e sem motivo aparente, te pediu "um tempo".
E sumiu.
Simplesmente, sumiu...

Aniversário de namoro.
Natal.
Ano Novo.
E, por fim...
Ele seguiu.

Seu mundo caiu, ruiu.
Como chorou.
Como sofreu.
Emagreceu.
E o esperou.

Até tentou um contato nesse meio tempo.
- "Vamos nos ver novamente? Conversar pessoalmente?" - e ele negou.
Mas sei que não se arrepende por ter tentado.
Ter mandado essa mensagem, você zerou todas as tentativas que haviam dentro de ti.
Mesmo não entendendo NADA.
E isso, na verdade, era o que mais te angustiava.

O Silêncio te matava.

E você o esperou.
Até que cansou.
O excluiu das Redes Sociais.
Pois ver a vida dele, te matava, te angustiava e te maltratava ainda mais.

Não deixou de sofrer por conta disso.
Sofreu por exatos TRÊS meses.
Mas, logicamente que, nesse meio tempo, deixou de ESPERÁ-LO.

E lá foi você...

Criou uma página no Facebook.
Escreveu textos e mais textos.
E chorava.
Mas, com isso, desabafava.

Hoje você têm seguidores fiéis.
Leitores que amam o seu trabalho.
Se identificam com suas palavras.
Se emocionam com suas poesias e, dessa forma, acaba os ajudando com os seus textos.

Sei o quanto te alegra e te motiva poder usar dessa ferramenta pra expressar o que sente e pensa.
Dessa forma, tocando, inspirando e chegando a tantos outros corações.

Quanto a ele?
Sei que é grata!

É grata por tanto aprendizado, amadurecimento, crescimento.
Por ter sofrido, chorado.
Mas, através disso, aprendido tantas coisas que tempo nenhum será capaz de apagar e tirar de você.

E passou.
A ferida cicatrizou, curou.
Como se nunca tivesse doído.
Como se nunca tivesse existido.

O que restaram, foram lições.

Hoje a cada história começada, é encarada de outra forma.
Sei que você continua sendo você.
Intensa, entregue, alegre.

Porém, realista, observando cada ponto de vista.
Mas priorizando aquilo que você acredita.
E, principalmente, precisa.
Não pra te completar.
Mas para somar.

E fora todo esse aprendizado, ficou também um grande ensinamento guardado:

Tempo não se dá.
Porque quando damos a alguém, perdemos o nosso próprio tempo.


Renata Galbine!

domingo, 17 de dezembro de 2017

Saiba tratar para ganhar.


Tratada com carinho.
Tratada com respeito.
Sendo olhada nos olhos.
Não sendo tratada como objeto.
Nem mesmo como opção.

Opção, não.
Esse negócio de pega, não se apega.
Desapega.
Nem toda mulher é estilo "OLX".

Tem mulher que gosta de se sentir única.
Não são todas que gostam e aceitam se sentirem como um número, uma senha de banco, atendimento público e coisas do gênero.

A forma em que ela é tratada, é o segredo de ela oferecer o que você jamais possa imaginar ter.

Não são suas palavras, mas, sim, suas atitudes, o tratamento é que fazem toda a diferença!

Renata Galbine!
(Reflexão de um Domingo de sol. Texto extra!)

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Socorro!!! Então é Natal...


Fim de ano.
Dezembro chegou.
O Natal se aproxima.
E o Réveillon vem aí.

Os enfeites nas lojas e pelas casas, começam a aparecer.
As luzes começam a piscar, afim de decorar, e eu...

Ah, eu!
Começo a me desesperar.

Fim de ano me apavora.
Por situações vividas.
Por motivos diversos.

Promessas não compridas, por outros e por mim também.
Por lembranças guardadas, marcadas, difíceis de serem apagadas.
O "pedido de tempo" que não me deu mais tempo e optou por não voltar.

As pessoas loucas, cheias de sacolas pelos braços.
Andando pelas ruas em um grande descompasso, sem olhar em volta.
Como se, não fosse o ano, mas, sim, o mundo prestes a acabar.

Aquela musiquinha natalina que toca quando passo por algum lugar.
Os vendedores na porta, com olhar cansado, mas pressionados a vender, sedentos a conseguir bater suas metas.
Supermercados lotados. As pessoas querem encher suas mesas.
Roupa nova, acessórios, calçados.
Posta no Instagram.
Será que o que foi postado, foi vivido, desfrutado, admirado e sentido?

Socorro!!!

Dá pra pular?
Pular pra outro lugar.
Pular o mês para que o ano possa começar.

Mas aí eu continuo a me apavorar...

O começo de um novo ano.
É o começo de novos planos.
Tantas promessas que poucas cumprimos.
Tantos planos fazemos e poucos conseguimos conquistar.
Alcançar.
Realizar.
Concretizar.

E depois de um ano tão complexo e sem nexo, me sinto perdida, sem saber por onde começar.

Pra muitos, o ano é a oportunidade da continuidade.
Pra outros, é a oportunidade de recomeçar.

Pra mim, esse será mais uma tentativa de me encontrar.
E é aí que está...
É o medo de perder e ver mais um ano passar.

E sozinha, ou não.
Com apoio, ou não.
Com incentivo, ou não.
Que eu consiga me guiar.
E, finalmente, me encontrar.

E que essas pessoas que carregam sacolas e sacolas que, por muitas vezes, irão pagar em três, quatro, doze vezes.
E irão entregar seus presentes em segundos.
Que não estejam com seus corações inseguros e vazios, por esses trezentos e sessenta e cinco dias que estão por vir!

Eu quero poder estar com a minha alma entregue e o meu coração alegre, carregado de força de vontade, sabedoria, maturidade.
Eu quero estar com o meu coração brilhando, saltitando, me amando e amando.
Eu quero que o meu coração esteja vibrando para que no final do PRÓXIMO ano, sim, eu possa dizer:

- FELIZ Natal!


Renata Galbine!

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Continuidade


Será que tenho mesmo que me desculpar por isso?!

Mas, de todo caso:
- Me desculpe!

Me desculpe por não querer o efêmero.
Por não estar disposta para o clichê.
Nem disponível para o vazio.

Me desculpe por ser inteira.
E, mais do que isso:
Por não estar disposta a viver pela metade.

Mais do que beijos e amassos.
Quero beijos, abraços.
Hoje, amanhã e depois.

Sem metades.
Por inteiro.

Eu quero continuidade.
Sem medo de me apegar.

Mas, sim.
Podendo me envolver e me entregar!

Renata Galbine!
(imagem ilustrativa)

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Sou o que sou e não o que quer que eu seja.


E é tão isso, né?!

O que você ENTREGA ao outro, é algo seu. Totalmente seu!
Sua essência, seus pensamentos, sua forma de ser, agir, pensar.
Ora, acertando. Ora, falhando.
Ora, faltando. Mas sempre tentando, que é o que mais importa e conta para nossa evolução.

Enquanto ao outro?
Nos preocupemos menos, bem menos.
Porque o que somos, SABEMOS que somos.
Mas o que o OUTRO acha, pensa, JULGA de nós, cabe a ele, somente a ele.
E não estamos aqui pra ser o que o OUTRO quer, afim de agradá-lo e tê-los aos nossos pés.
Mas, SIM, pra sermos melhores pra NÓS mesmos, a cada dia e momento da vida.

Não gostou? Não gosta? Não está satisfeito?
Não sou como gostaria? Como você é ou como você pensa que eu deveria ser?

Lamento em te dizer: Mas... Será tempo perdido esperar que eu seja como VOCÊ quer, pois eu sou e cada um é, a sua maneira. Ninguém é obrigado a aceitar ninguém e eu aceito a condição de não ser aceita por você, caso assim seja.

Renata Galbine!
(imagem ilustrativa)

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Tempo; Prioridade ou Falta de Vontade?


- "Vamos marcar!!!!"
- "Vamos nos ver?!"
- "Vamos semana que vem!"
- "Qualquer hora apareço aí."
- "Tá marcado!"

Ou nunca marcam.
Ou nunca se vêem.
A "semana que vem", chega, passa.
As horas correm e escorrem pelas nossas mãos.

Mas nunca acontece.
Nunca "sai do papel", das palavras omitidas pela boca ou digitadas pelo Whatsapp.

Tempo?
Prioridade?
Falta de vontade?

E depois morre...
No velório consegue ir. E chora.

Hipocrisia?

A grande, enorme e marcante característica no ser humano que eu vou MORRER sem conseguir compreender!


Renata Galbine!

Se você nada for de si, eu nada sou de mim.


Eu tenho te visto calado, isolado, sempre de lado.
Quando acordo pra te dar "Bom Dia", você está dormindo.
No meio da tarde quando vou ao seu quarto te mostrar qualquer coisa, você está cochilando.
Passado um tempo, volto pra te contar alguma história e me deparo com você, mais uma vez, dormindo.

Vejo como se fosse a fuga que encontrou, a forma em que achou para, pelo menos, tentar se desligar, se distanciar da realidade, da precariedade e todas as dificuldades que te cercam.

Seu olhar que sempre me iluminou e me encantou.
Seu olhar azul feito o céu em uma manhã ensolarada, hoje parecem como um céu em uma tarde nublada.

E do seu olhar, enxergo a sua alma.
Me parece tão triste e sobrecarregada.
Me parece tão farta e saturada.

E isso me angustia, me sufoca, me enlouquece por dentro. Eu te entendo.
Mas por mais que eu tento te reanimar, de fato, não estou conseguindo te ajudar.

Pelas suas palavras, tão desanimadoras e amargas, noto o que carrega em seu coração.
Aquele mesmo coração que sempre me dizia:
- "Vai com calma."
- "Não faça isso."
- "Cadê aquele sorriso?"
- "Vai dar tudo certo."
- "Amanhã você estará melhor."
- "Vai passar."

Hoje o seu coração me diz:
- "Não quero mais estar aqui."
- "Por que, de fato, ainda estou aqui?"
- "Pra que continuar aqui?"
- "Eu não aguento mais."
- "Não sei mais o que fazer."
- "Eu preferia morrer."

Logo aquele olhar que sempre me transmitiu tanto amor.
Logo aquelas palavras que me transmitiram tanta esperança e paz.
Logo você que tanto me passou tanto equilíbrio e uma forma positiva de pensar e enxergar as coisas.

Hoje ainda me transmite o seu amor.
Mas um amor cansado, enfraquecido, sem forças para me amar.
Porque, de fato, você deixou de lado, em algum cantinho, talvez, do seu quarto ou vindo desse sabor amargo de tudo o que tem enfrentado, ficou de lado o amor que tinha por você mesmo.

Hoje suas palavras são tão poucas, são tão breves.
Você já não tem mais ânimo em conversar.
E o pouco que consegue falar e expressar, é tão triste e desesperançoso.
Chega a ser embaraçoso escutar, pois fico até sem ter o que te falar.
Já não sei mais como te consolar.

Às vezes, o desanimo bate tão profundamente em mim, que acabo não tendo força pra te dar.
E me sinto impotente!

Sei que é frustrante trabalhar por uma vida, se dedicar, se empenhar, se doar e em um momento onde você pudesse se permitir relaxar e viver com mais tranquilidade e dignidade, não poder.
Sei que está difícil aturar certas coisas por todos esses anos.
E hoje, ridiculamente, ser privado, praticamente, viver em cárcere privado.
Além de sempre ter sido julgado, ouvindo o que não merece ser escutado.

Que vida é essa, não é?!
Como poderíamos imaginar toda essa barbaridade?
Como poderíamos esperar tantas e todas essas dificuldades?

Ah, se o mundo soubesse o que suportamos diariamente.
Se nós imaginássemos que passaríamos por tudo isso, talvez, não tivéssemos vindo pra cá, pra tão longe.
Mas tenho aprendido que tudo é como tem que ser.

Enquanto a você...
Que a Espiritualidade possa te fortalecer, já que eu não tenho tido capacidade o suficiente para isso.

Enquanto ao seu olhar...
Que ele volte a brilhar. Azul feito o céu da manhã mais linda de Primavera.

Enquanto as suas palavras...
Que elas voltem a sair e fluir como o canto do Sabiá que você, desde que me entendo por gente, soube admirar.

Enquanto a sua alma...
Que ela possa florescer em meio a esses galhos quebrados, ressecados que te faz sentir que dentro de ti não há mais vida.

Enquanto ao seu coração...
Que ele possa voltar a sorrir, pra continuar a bater, pra me fortalecer, pra eu te ter e poder te amar.
Te abraçar ao te dar "Bom Dia", sentindo ele batendo ao pé do meu ouvido.
E, ao fim do abraço, quando eu me afastar, poder te ver, verdadeiramente, sorrindo.

Que você tenha forças.
Que continue lutando, por mais difícil que possa estar.
Que possa enxergar que tudo isso vai passar.

Que você durma na hora que tiver que dormir, e só.
Que, novamente, desperte pra vida.
Que sua alma floresça.
Que em seu coração não caiba mais a frustração e a tristeza.

E que você jamais se esqueça:

- Se você nada for de si, eu nada sou de mim!


Renata Galbine!

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Carta Para O Céu


É que a saudade, às vezes, vem.
É que a saudade, às vezes, bate.
E bate tão forte que dói.
Dói lá no fundo.

Dói tanto!

Afinal, você não está mais aqui.
Já têm alguns meses, eu sei.
Às vezes, parece que já têm alguns anos.
Porém, às vezes, parece que só têm alguns dias.

Já me peguei saindo do meu quarto com a porta entreaberta pra você não sair.
Já me peguei entrando no meu quarto, abrindo completamente a porta como se você fosse entrar comigo.
Já me peguei deixando um pedacinho de pão no café da manhã, como se eu fosse te encontrar pra te dar.
Já me peguei olhando para o canto da minha cama pra ver se o seu colchão estava lá.

E não estava.
E não está.

Por 15 anos esteve.
E há alguns meses deixou de estar.

Você não está mais aqui.
Foi embora pra longe.
Mas onde?

Será que você volta?
Pra mim!

Será que já voltou?
Para alguma outra família por aí.

Você era tão minha.
Tão única.
Tão familiar.
Cada olhar, a companhia. Onde eu estava você ia.

Já me peguei lembrando.
E nesse instante me pego chorando.
Tá doendo.

Dizem que, às vezes, a saudade transborda pelos olhos.
Isso é quando sufoca no coração.

Minha Princesa...

Eu sempre te dizia ao pé das suas orelhas grandes e peludas.
E eu sei que você sabia.
Que você sempre soube.
Por isso, ficou comigo por tantos e tantos anos.
Por isso, lutou bravamente pra não ir.
Tentou ficar.
Mesmo sofrendo imensuravelmente, lutou.
Mas era a sua hora.
E eu te tenho no peito a cada dia que acordo, respiro, vivo.
Mesmo não mais te vendo.
Sei que ainda te tenho.
Por isso, te dizia, te digo e repito, trate de escutar e por toda a eternidade não se esquecer:

- Eu Te Amo, sabia?!


Renata Galbine!

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Me Acha, Me Ganha.


Vamos lá...
Não é bem que eu não goste de quem me procura.
Mas eu prefiro quem me acha.

O negócio aqui é o seguinte:
Eu não estou me referindo aquele amigo, parente, colega que te procura, OU NÃO.
Não, não... Nada disso!

Estou me referindo ao inusitado.
Ao ser achado assim, dessa forma.
Aquilo que acontece sem você esperar e imaginar.

Quem procura, sabe o que quer, vai em busca, tenta encontrar.
E quer saber?!
É aí que não encontra mesmo.
Já percebeu que você só encontra quando deixa de procurar?

Mas o achar é diferente.
O achar é surpreendente.
E é aí que está a graça e a magia de ser achado.

Achar é por acaso.
Achar é descoberta.
Achar é se deparar com algo que te desperta por dentro que você não se sente capaz de definir e explicar.
E aí você percebe e descobre que era aquilo que precisava, era aquilo que te faltava.

Achar, é como um reencontro.
É identificação.
É uma ligação sem comparação.

E quase que: "Me acha, me ganha".

E é por isso que eu digo, afirmo e repito:
- Gosto, sim, de quem me acha.

Porque, quem acha, se surpreende e surpreende a gente.
Por isso, deixo rolar, deixo fluir o que tiver que vir, virá
Já que, por aqui, nenhum achado é por acaso.


Renata Galbine!

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

As Minhas Escolhas


Não pense que é fácil seguir os seus próprios passos, fazendo suas próprias escolhas e decisões.
Descobrindo, aos poucos, quem você, realmente, é.
Enxergando, com o tempo, o que você, verdadeiramente, quer.
Porque o que você é, nunca vai agradar à todos. Isso já sabemos e não é segredo pra ninguém!
E o que você quer, gosta e escolhe pra si, mais ainda.
Pois muitos vão apontar, julgar, desmerecer, diminuir, portanto, cabe a você não ligar e não desistir.

É o que você é.
Não é?!
É o que você quer.
Não é?!

Não é fácil seguir os seus próprios passos, pois, muitas vezes, nos sentimos perdidos, sem rumo, nem direção, como se estivéssemos em um labirinto de entradas e vielas, sem saber onde entrar e pra onde seguir, mas eu descobri que não adianta ir na direção que o outro julga ser certa, pois essa será a direção contrária.
Afinal, não é o que você quer.
A direção certa, é a escolhida por você. Pelo seu coração. Pelo seu querer.

Apenas nós sabemos o quanto é difícil e pesado nadar contra a maré.
Isso é:
Se sentir diferente; Não ser o preferido; Ser reprovado mais do que aprovado e incentivado. E por aí vai.
Encarar, assumir e ser quem você, de fato, é.
Mesmo existindo pessoas julgando, desmerecendo, até mesmo familiares se distanciando.

Mas é um momento em que você chega, enxerga, percebe e conclui:
- Essa pessoa sou eu!
É disso que gosto, eu sei onde erro, estou aprendendo onde tenho que melhorar, isso não quer dizer ter que mudar para agradar.
É dessa forma que vou seguir e é assim que vai ser.

É o que eu, por exemplo, resolvi fazer.
Até porque, ninguém é obrigado a me aceitar e me querer bem. A verdade é essa!
Mas eu conheço bem o meu valor. Reconheço o que carrego no coração.

Por amor a mim, resolvi seguir assim... Os meus próprios passos!


Renata Galbine!

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Em Tudo Há Uma Razão


Absolutamente nada, nem ninguém nos é em vão.
Ninguém entra em nossas vidas à toa.
Nada acontece sem um motivo e uma razão.

Tudo o que nos acontece;
Toda pessoa que nos aparece, e até mesmo desaparece depois, vem com um propósito.
Nos traz uma mensagem, uma lição.

No primeiro instante, pode ser que não sejamos capazes de entender o por que.
Mas o tempo sempre vai nos fazer compreender.

Nada é em vão.
Tudo o que vivemos, sentimos, passamos, enfrentamos, àqueles nos quais nos aproximamos e nos distanciamos, é por uma razão.

Renata Galbine!
(imagem ilustrativa)

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Ins-PIRADA


É mais ou menos assim.
Tipo assim.
Quase assim ou bem assim.

Parafusos a menos. Intensa, fala o que pensa.
Não gosta de nada pela metade. Doces, amores, amizades.
Intensa demais pra viver o pouco, o resto, o depois, o amanhã, o talvez ou o sei lá.

São vários encantos, às vezes, se tornam desenganos.
Encantos dos menores, aos maiores.
E aí vem a inspiração.

Me encanta.
Ora me engana.

Me inspira.
E por tantas vezes pira.

Pira meu querer.
O meu saber.
O ter que esperar.
Sem saber o que vai acontecer.
Mas ter que deixar o tempo passar.

Nasci assim.
Ins-PIRADA!

Renata Galbine!
(imagem ilustrativa)

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Demolir O Que Não Será Concreto


E quantas e quantas vezes nos encantamos, erguemos e demolimos as expectativas do coração.

Num piscar de olhos as expectativas nascem dentro de nós.
É meio que automático.
Por mais que a gente tente controlar e tenha consciência que o melhor é não deixar e não criar expectativa alguma. Ainda assim, erguemos muros de vontades, necessidades, desejos, anseios, devaneios que, muitas das vezes, não passam de sonhos, planos, coisas que visualizamos, mas não acontecem, nem realizamos.
E quando "acordamos", "despertamos" e nos deparamos com o:
"Não vai dar", "Não vai rolar", "Não é bem por aí", "É melhor não insistir.", lá vamos nós demolir tudo o que criamos, esperamos, almejamos e...

Não vivemos!

É cansativo.
Eu sei que é!

Mas fora esses cansaços emocionais e mentais que nos resultam, mas passam, nos restam algo que nunca se vai:

- O Aprendizado.

A gente aprende não erguer expectativas, que a maioria das vezes, são erradas e desnecessárias.
E aprende mais ainda em demolir cada tijolinho dessas vontades que não se tornam concretas em nossas vidas.

Renata Galbine!
(imagem ilustrativa)

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Quem Quer: Fica!


Você já sentiu o sabor do recíproco?

O recíproco tem um sabor delicioso.
Todos nós, se não estamos vivendo no momento, já tivemos o prazer de sentí-lo.
Logo, por que sentir o sabor amargo do oposto?

Quem quer, fica.
Quem quer, luta.
Quem quer, entende, compreende.
Quem quer, aceita, ajeita.
Quem quer, arruma desculpa pra ficar e não ao contrário.
Quem quer, cuida, se preocupa.
Quem quer, escuta e enxerga.

E se não quer, nada faz.
E se não faz, por que insistir que fique?!

Deixe ir.
Não tente forçar, obrigar.
Pois ninguém é obrigado a ficar.
Assim como você não é obrigado a aceitar o que não quer, o que não gosta e o que te falta.

Quando é, simplesmente, é e ponto. Sem que precise muito.
Quando quer, quer. Sem que precise esforço algum da nossa parte.
Porque, simplesmente, floresce e acontece.

Não obrigue.
Não insiste.

Solte, desapegue.
Levante e cabeça e segue!

Renata Galbine!
(imagem ilustrativa)

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Ele Gosta, Mas Não Te Quer


E a vida é isso:
- Feita de opções.

Um leque, infindo, de tantas opções.
Com inumeráveis escolhas e decisões.

Cada um tem a sua.
O outro, tem a dele.
E nós temos a nossa.

A do outro, é do outro.
Cabe a nós respeitar; o que não quer dizer aceitar.

Mas a nossa...

Essa sim, temos que respeitar acima de qualquer coisa.
Porque, de fato, é o que carregamos dentro de nós.
E só nós mesmos sabemos o quanto pesa, o quanto vale e o que significa.

Aceitar o que nos cabe.
Querer o que nos acrescenta.
Viver o que nos convém e o que nos faz bem.

Respeitando a opção do outro.
Mas priorizando a nossa.
Que é nossa e de mais ninguém.

Por isso, devemos, primeiramente, gostar de nós mesmos.
Adorar a nossa própria companhia, hoje, amanhã e todos os dias.
Nos achar suficientemente ideal para estar com nós mesmos, independente do outro.

E isso basta.
Acredite!

Renata Galbine!
(imagem ilustrativa)

Um Eterno Recomeçar


E pra todo fim: Um recomeço!

Ao fim de uma frase, outras virão.
Com novas palavras, novas perguntas e afirmações.

Ao fim de um livro, sempre existirão outros.
Com novas histórias, descobertas e reflexões.

Ao fim de uma história, de uma experiência e uma fase vivida, sempre virão outras e outras e outras.
São como os dias, os meses.
São como as Estações do ano.

Nem quando se morre nos deparamos com o fim.
Existir é um eterno recomeçar!

Renata Galbine!
(imagem ilustrativa)

terça-feira, 21 de novembro de 2017

O Privilégio Da Inspiração


A cada inspiração vinda e sentida, sou grata por conseguir expressá-la.
Meio a um turbilhão de sentimentos de uma alma tão intensa e tensa.
O que seria de mim se não fosse o meu dom da escrita para que dessa forma eu pudesse, então, expressar, desabafar, colocar pra fora em palavras o que transborda dentro do peito?!

Que privilégio o meu!

Renata Galbine!
(imagem ilustrativa)

Procura-se.


Procura-se um bom partido!

Bom em todas as letras, não só apelido.
Bem certeiro. Bem mais do que a flechada de um cupido.

Procura-se um homem decidido, destemido.
Com sorriso receptivo e um jeito extrovertido.

Que seja inteligente.
Quanto a isso, confesso: Sou chata e exigente.

Por favor, alguém que saiba escrever e usar pontuações ao final de cada frase.
É isso mesmo. Ao contrário, não chegaremos nem no "quase".

Procura-se alguém pra dividir ideias e experiências.
Alguém pra viver momentos e compartilhar vivências.

Procura-se alguém, não para completar.
Mas alguém para acrescentar e somar.

Aquele bom partido que seja mais do que um namorado.
Mas um grande amigo.

Aquele que vou conversar durante horas, sobre tudo.
E não vou me cansar.

Aquele que vou sair pra comer, ouvir uma música.
E não vou ver o tempo passar.

Ler aquele "Bom Dia" quando acordar.
Oferecer o meu carinho quando for me deitar.

Andar de mãos dadas.
Dormir de conchinha.
Fazer amor no chuveiro.

Mandar mensagem fora de hora.
Sentir saudade e ele dizer:
- "Tô indo aí agora".

Assistir ao Pôr-do-Sol.
Cantar na varanda até de madrugada.
Fazer amor na praia à noite sem se preocupar com mais nada.

Se despedir.
Abraçar.
Mas sabendo que existe aquele abraço pra voltar.

Se desentender.
Mas conversar.
Entendendo que as diferenças servem para nos acrescentar.

Respeito.
Troca.
Amizade.
Cumplicidade.

Carinho.
Sentimento.
Clareza.
Reciprocidade.

Parceria.
Amizade.
Confiança.
Liberdade.

Me livrar desse mundo insano e vazio.
Ter, de fato, alguém comigo.
E não aquele que hoje está aqui e amanhã é só mais um desconhecido.
Me desfazer da sensação de tempo perdido.

Sim. Eu quero um bom partido.
Sem ser necessário sufocar, limitar.
Se privar da liberdade de ser quem você é.

Eu quero um bom partido.
Não pra viver regras e limitações.
Mas para estar livre desse mundo de desapego, ilusões e desilusões.


Renata Galbine!

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Foi...


Porque a vida é cheia de "É", "Foi" e "Foi-se.

Que bom quando "É". Sinal que está acontecendo.
Bom lembrar como "Foi". Sinal que aconteceu.
E o "Foi-se" sempre chega. Pra tudo e para todos.

A vida é assim...

Feita de eternas idas e vindas.
Chegadas e partidas.
A toda hora e momento.

Cabe a nós guardar as melhores lembranças e sentimentos.
Viver de forma ótima, mágica, intensa, ardente e incrível.
Para quando chegar a hora de encerrar, não ter o porque se arrepender.

Porque o tempo.
Ah, o tempo...
Esse não tem como voltar!

Renata Galbine!
(imagem ilustrativa)

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Você é Insuportável.


Ah, Santa Paciência...

Como é difícil certo tipo de convivência.

Às vezes, me bate uma vontade de sumir e não mais voltar.
Não pra perto dela.
Não pra esse lugar.

Mas pra bem longe.
Onde ela nunca mais pudesse se aproximar.

Às vezes, a vontade é essa.
Nunca mais te escutar.
Não ter mais que te aturar.

Não ter que me esforçar pra tentar te agradar.
Não viver com receio de discutir e brigar.
Não ter que medir palavras porque qualquer coisa pode te desagradar.

A vontade é me distanciar e não me estressar mais com o que você fala.
E fala gritando.
Se alterando.
Sempre julgando.
A todo momento reclamando.

Ah, Santa Paciência...

Como é difícil escutar certas coisas.
Ainda mais não vindo de um desconhecido.

Como é difícil conseguir pensar positivo.
Ainda mais ao lado de um ser tão negativo.

Como é difícil conseguir ficar calado.
E conviver com alguém que só sabe apontar o quanto o outro é errado.

Como é difícil alguém que não assume os seus erros.
E vive como se não tivesse nenhum defeito.

Ah, Santa Paciência...

Eu já não confio mais.
Não como deveria.

Eu já não suporto mais viver nessa agonia.

Eu já não aguento mais.
Ter que te ouvir todo santo dia.

É massante lidar com você.
É desgastante ter que conviver.

Você suga cada gota do meu ser.

É angustiante ter que te aturar.
É frustrante nunca te ver se desculpar.

Você destrói o bem estar que eu tento criar.

É insuportável lidar com alguém como você.
Que não sabe conversar e logo começa a ofender.

Não aguento mais. Tudo é motivo pra você se alterar.
Estou cansada de te ouvir reclamar.
Calejada de te ver errar.
Esgotada de ter que te aturar.

Ah, Santa Paciência...

Me ajude a suportar!


Renata Galbine!

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

O Excesso Mata


Não é só pela falta que se morre.
Não é só pela ausência que se vai.
Não é só pelo vazio que se apaga.
Não é só pela falta que se acaba.

É pelo excesso.

Excesso que transborda.
Excesso que sufoca.

Pela intensa vontade de querer.
Pela intensa existência do ser.

Pela quantidade de sentimentos.
Pela quantidade de aborrecimentos.

Pelo aumento de expectativas.
Pelo aumento de frustrações consecutivas.

O excesso do querer.
O excesso do saber.
O excesso do pensar.
O excesso do amar.

O excesso em perder.
O excesso em não ter.
O excesso em esperar.
O excesso em não viver.

O excesso de planos.
O excesso de sonhos.
O excesso de vontades, nem sempre compreendidas.

O excesso que assusta.
O excesso que dá medo.
O excesso que arde em silêncio, no escuro, que grita em segredo e não muda.

O excesso também mata.
Porque o excesso chega e para.
E pesa.

Pesa no peito.
Pesa na mente.
Age no inconsciente.
De forma profundamente inconsequente.

Como se fosse te enlouquecer.
Como se fosse te entorpecer a qualquer momento.

E você não consegue se curar.
Se livrar.

Simplesmente, porque você não foi feito de ausências e faltas.
Mas, sim, cheio, transbordando, repleto e completo de excessos!


Renata Galbine!

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Intensificada Forma De Ser


Ah, essa intensidade...

Intensidade essa que me causa pressa.
Intensidade que, independente da maturidade, nunca cessa.

Intensidade que, às vezes, desgasta e estressa.
Intensidade que me faz querer ter e viver depressa.

E nem sempre chego a viver.
Raramente, consigo ter.

Parece que, quanto mais almejo, mais distante fica de acontecer.

Intensidade que, ás vezes, me reprime e me deprime.
Intensidade que bate forte no peito, expressando o mais forte timbre.

Intensidade que sufoca.
Intensidade que transporta o hoje para o amanhã.
Intensidade que não se controla.

É querer em dobro.
É pensar pelo outro.

É sentir em triplo.
E resultar no vazio.

É, instantaneamente, ver nascer.
E, simultaneamente, não ter como suprir.

Intenso pensamento.
Intensificado sentimento.

Intenso na alegria.
Intensamente na agonia.

Intenso no sorriso.
Intensamente em ser amigo.

Intenso no olhar.
Intensamente no vazio sentido.

Intenso em querer.
Intensamente difícil em esquecer.

Intenso em se entregar.
Intensamente verdadeiro ao amar.

Ah, essa intensificada forma de viver...
Sentir e ser.

Essa intensidade...
Um dia será capaz de me enlouquecer!


Renata Galbine!

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Escolhi Não Ficar


Às vezes, não é fácil escolher não ficar.
De fato, querendo estar.

Às vezes, não é fácil optar por coisa alguma.
Quando o que você pode receber, não é o que gostaria de viver.

Às vezes, não é fácil escolher.
Mesmo sabendo que o que você quer, não é o que, provavelmente, vai acontecer.

Às vezes, não é fácil jogar uma oportunidade fora.
E decidir ir embora.

Às vezes, é melhor não arriscar.
Nem sempre vale a pena tentar.

O melhor, é pensar em si.
O pior, é se iludir.

O melhor, é deixar partir.
O pior, é assistir o outro ir.

Às vezes, precisamos dar ouvidos à razão.
Nem sempre podemos escutar o coração.

Pode ser que a opção do outro mude.
E que ele venha até nós e nos procure.

Mas não espere.
Não se engane.

Mas também não se desespere.
Se decida e segue.

De cabeça erguida e coração leve.

Mesmo não tendo o que pretende.
Siga em frente e se desprende.

Se desprende do que queria ter.
Do que gostaria de viver.
Quem garante que iria acontecer?!

O que o outro quer não é o suficiente pra você.

Se desprende de quem não te entende.
De quem não compreende a sua vontade de ficar.

Se desprende do mundo que você não vai se encaixar.
E entenda que ninguém é obrigado a sua maneira de estar.

Compreenda:
Não diminua a sua vontade, pretensão e intensidade só para tentar se encaixar.

Simplesmente, vá.
Vá em frente.
Sem olhar para trás.

Deixa de lado.
Sem medo de estar fazendo errado.

Pense em você.
Mesmo que no começo possa doer.
Vai doer tão pouco que logo vai se esquecer.

Não tente se encaixar em uma maneira diferente da sua de pensar.
Em um mundo menor que você merece estar.
Em pensamentos confusos que não irão te acrescentar.
Em sentimentos tão vagos que só irão te machucar.

Te confundir.
Te atormentar.
Te impedir.
Te bloquear.
Te limitar.
Te iludir.
Te enganar.
Ou sabotar.

Eu escolhi não ficar!


Renata Galbine!

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Ele Não Quer Nada Sério


Ele não quer nada sério.
Me afirmou.
Foi claro e sincero.

Ele é assim.
Direto.
Não fica de joguinho e mistério.

Naquele dia, eu disse que entendia.
E, realmente, entendo. Não foi hipocrisia.

Ele só não perguntou enquanto a mim.
Em relação ao que eu queria.

Mas, sabe...

Esse tempo distante foi bom.
Bom pra eu refletir e colocar as ideias no lugar.

Bom pra eu compreender o que você quer.
E o que eu não tô afim de aceitar.

É claro que entendo.
Entendo e respeito.

É uma opção, não é?!
Quem sou eu pra forçar o que o outro não quer?!

Mas é que entender não é o mesmo que aceitar.
Entender está longe de ser a minha forma de pensar.

Quanto a mim, o que eu quero é poder me apegar.
Não digo que tem que ser ele.
Que será com ele.

Não sei se vou conseguir explicar.
É que eu cansei dessa vida clichê.

Não tô mais afim de ser de alguém que no dia seguinte vou ter que esquecer.
Como se nunca tivesse visto.
Como se não tivesse conhecido.

Não tô mais afim.
Sabe como é?!

As pessoas tão facilmente e rapidamente deixam de estarem afim.
Afim uma das outras.
E eu deixei de estar afim de todas.

Todas que, num dia, são nossas.
E no outro, são de outras.
E, na real.
São de todas.
Mas não são de ninguém.

Eu quero ser só dele.
Aquele que eu ainda nem conheço.
Mas espero.
E sei que vai chegar.
Sem que eu precise me apressar.

Eu quero que seja meu.
Que queira ser.
Que saiba amar.
Que queira ficar.
Não só ficar por ficar.

Enquanto a ele...
Aquele.
Ele não quer nada sério.
Mas eu também não preciso fazer mistério.

Isso não é o que eu quero!


Renata Galbine!

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

É Fácil Ter Fé Quando Tudo Está Bem


É fácil ser positivo quando o mundo conspira a seu favor.
É fácil confiar que vai dar certo enquanto nada dá errado.
É fácil acreditar no amor quando se é amado e não rejeitado.
É fácil ter Fé quando tudo está bem e, claramente, Deus parece estar ao seu lado.

É fácil.
É muito mais fácil.

Como é fácil ser forte quando se parece poder contar com a sorte.
Como é fácil ser forte quando não nos deparamos com a morte.
Como é fácil viver quando parecemos não correr o risco de perder.
Como é fácil ter sem ter que esquecer.
Como é fácil conviver quando se há harmonia.
Como é fácil sorrir quando se tem alegria.

O difícil é não desistir quando tudo parece fora do lugar.
O difícil é encarar quando o mundo parece desmoronar.
O difícil é insistir quando as coisas parecem não sair do lugar.

O difícil é, mesmo na dor, levantar e sorrir.
Mesmo com a perda, ser forte e seguir.

Apesar das dificuldades, não reclamar e tentar se reinventar.
Apesar das adversidades, não enfraquecer, nem se desmotivar.

O difícil é acreditar que tudo vai passar.
Que as coisas vão melhorar.
Que a sua vida vai começar a caminhar.
Mesmo você parecendo estar inexistente, transparente, impotente perante a vida.

Mesmo Deus parecendo estar ausente.
Mesmo os amigos sendo tão incoerentes.
Mesmo as oportunidades não se fazendo presentes.
Mesmo as dificuldades sendo tão persistentes.
Mesmo o vazio se fazendo tão existente.

Desde que tudo pareça estar no seu devido lugar.
É fácil.
Muito mais fácil.

Mas não é assim que acontece.
Nem sempre é assim que a vida segue.

Mas, ainda assim, não podemos deixar de seguir.
Temos que acreditar, confiar, perseverar e insistir.

Acreditar que Deus está presente, mesmo quando parece não estar.
Confiar que somos mais fortes do que podemos pensar.
E perseverar.
Pois, assim como o que é bom, o ruim uma hora vai passar!


Renata Galbine!

quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Nossa Terra. Nosso Lar.


À CONVITE DA SOCIEDADE ESPÍRITA RENASCER, ESCREVI ESSE SONETO COM O CONTEXTO SOBRE A "ECOLOGIA" PARA SER PUBLICADO NO BOLETIM DA CASA NO MÊS DE NOVEMBRO.
MUITO FELIZ POR MAIS ESSE CONVITE E OPORTUNIDADE!

E NÃO POSSO DEIXAR DE DIZER QUE ESSA ESTÁ SENDO, DE FATO, A MINHA PRIMEIRA PUBLICAÇÃO EM PAPEL. A PRIMEIRA A GENTE NUNCA ESQUECE! =)

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Se ainda não reparou, precisa notar...
Escutar o canto dos pássaros, a festa entre as árvores e no céu parecem dançar.
Sentir o cheiro do mato, da relva molhada depois de chover ou bem cedo quando acordar.
Beber um copo de água, que, quando com sede, nada é capaz de nos saciar.

Quanta riqueza, tamanha que nem sempre somos capazes de observar.
O ar que respiramos. A fauna e a flora. A imensidão de um mundo a fora.
Os animais de espécies infinitas. Seres que não deixam de serem nossos irmãos.
Vivemos todos juntos. Nessa terra, nossa casa, um mesmo mundo. Todos em evolução.

A perfeição de toda essa criação que, muitas vezes, pecamos em preservar.
Embora conscientes, por quantas vezes, somos negligentes e deixamos de cuidar.
E pensando no futuro, às nossas crianças e jovens, o bom exemplo temos que dar.

A riqueza das águas, o sol a nos iluminar. A beleza das plantas, a leveza do ar.
A vivência entre os bichos e o quanto são capazes de nos ensinar.
É a Ecologia, a todo instante em nossa vida, tendo muito a nos proporcionar.


Renata Galbine!

terça-feira, 31 de outubro de 2017

Esse Seu Vem, Mas Nunca Chega.


Ele está chegando.
Sei que está se aproximando.
Já me mandou mensagem.
Vai me avisar quando comprar a passagem.

É um misto de ansiedade com saudade.

Eu estava tranquila.
Esses dias passaram sem que eu ficasse aflita.

Em meio a tantas coisas pra fazer.
Foquei em tudo isso e o tempo passou sem que eu pudesse perceber.

Foram tantas coisas pra pensar.
Algumas outras pra organizar.
Quantas coisas pra concluir.
Muitas outras aconteceram desde o dia em que precisou partir.

Coisas boas.
Histórias novas.
Que eu quero poder te contar.

Agora se aproxima a hora de você, finalmente, voltar.
E eu mau posso esperar pra te ver chegar.

Suas asas são grandes e mesmo distante, deixei você voar.
Sabia que voltaria e que não precisaria nem por um segundo eu me preocupar.

Nos serão necessárias muitas horas.
Já consigo te ver me contando suas tantas histórias em detalhes e sem demora.

Ouvir você me dizer, empolgado, sobre tudo o que viveu por lá.
E poder te contar um pouco de tudo o que vivi por aqui.

Esses quinze dias que perduraram por um mês.
Pareciam nunca mais passar.
Parece até que você não vai mais voltar.

E eu mal vejo a hora de poder te ver chegar.
Ouvir a buzina da moto chegando pra me encontrar.

Eu mal vejo a hora de poder te abraçar.
E bem forte me prender nos seus braços.

Ah, preciso olhar nos seus olhos e notar cada traço seu.
Entrelaçar os nossos corpos.
Só pensar em você e eu.

Esse seu vem, mas nunca chega.
Vem logo.
Nem que seja de surpresa.

Vem sorrir pra mim de novo.
Vem ficar aqui bem pertinho do meu corpo.
Um dia, dois, ou três como da outra vez.
E agora, quem sabe até seis.

Só sei que eu quero você como da primeira vez!


Renata Galbine!

domingo, 29 de outubro de 2017

E M P A T I A


É tão comum nos depararmos com pessoas que estão interessadas em saber sobre um fato que passamos, um acontecimento que enfrentamos, mas sem nos acrescentar em, absolutamente, nada após ficarem sabendo.
A ponto de, em seguida, perguntarmos a nós mesmos: "Por que fui falar sobre isso?!".

Outras nos oferecem palavras de consolo, como:
- "Vai ficar tudo bem.",
- "É assim mesmo",
- "Já passei por algo pior, vou te contar como foi...", e desanda a contar uma história que, muito possivelmente, não estamos dispostos a escutar. Não naquele momento.

E poucas que mesmo sem dizer nada, muitas vezes, através de um simples gesto, conseguem fazer toda a diferença para aquele que está precisando se sentir amparado, nem que seja por alguns minutos.

Isso é Empatia!

O termo vem do Grego: "Pathos" = Emoção, Sentimento.

Empatia, pra mim, está totalmente ligada a sensibilidade humana.
Empatia é saber ouvir o outro. Ouvir com atenção. Ouvir com o coração.
Simplesmente, ouvir.
Um ato tão simples, mas, ao mesmo tempo, tão difícil de ser praticado.
Agimos, muitas vezes, como se tivéssemos duas bocas e apenas um ouvido ou nenhum ouvido.
A dor do outro, a história do outro, o mundo, a rotina, a vida, o sentimento do outro acaba sendo, simplesmente, ignorado.
Estamos sempre dispostos a falar, mas, raramente, conseguimos parar e... escutar!

É uma dificuldade de se permitir se conectar ao outro.
Conectar parte dele em mim. Pra tentar compreender, ver como veem, sentir como sentem.
Afinal, não somos os únicos a enfrentar batalhas internas e externas.
Não somos os únicos a lidar com dificuldades e obstáculos.
Cada um carrega o seu. E não temos o direito de desmerecer o peso do outro.

Tem uma frase que muito sabiamente, diz:
"Não faça ao outro o que você não gostaria que fizessem a você."

Escutar se tornou algo tão inusitado que você, automaticamente, ganha a empatia da outra pessoa e, nesse momento, consegue estabelecer uma conexão muito mais forte com ela e ela com você.

A arte de ouvir.
O papel da escuta é, provavelmente, mais importante do que a própria fala.
Mas não termina aí.
É a arte de escutar e não julgar.
É se colocar no lugar do outro.
Como se os olhos dele ficassem no lugar dos seus.
É enxergar o lado dele, a verdade dele.
Se posicionar, tentar entender. Saber interpretar.

Li uma vez algo que nunca esqueci:
"Não é sentir pelo outro, mas sentir como o outro."
É isso. Nada além disso.
Abraçar a alma daquele que precisa ser abraçado.

Empatia é se calar pra poder escutar. É observar, analisar, orientar.
Empatia é falar na hora certa, sem ter que ensaiar, forçar.
Empatia é conexão.
É gesto que vem do coração!


Renata Galbine!

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Dinheiro Trás Felicidade


Não seja hipócrita.
Não me diga que dinheiro não trás felicidade.

Você já passou por dificuldade?

Não me vem com esse papinho de que dinheiro não é tão importante.

Pra morar: Precisa pagar.
Pra sair: Precisa vestir.
Pra comer: Precisa comprar.
Pra viver: Não basta existir.

Nesse mundo capitalista, sobrevivemos a cada dia.

Tá!
Dá até para plantar, criar e comer.
Mas acho que já passamos dessa época, nessa realidade cercada de tanta tecnologia

Já abriu a geladeira e se deparou com nada?
Ou até mesmo com pouco?
Bem pouco.
Tão pouco que causa desespero.
Tão pouco que te causa um aperto em pensar no dia que está por vir.

Se isso me angustia, imagino para um pai de família.

Quantas vezes o meu pai deixou de ter algo que precisava para não deixar faltar pra mim.
E hoje, quando eu posso proporcionar pra ele, me causa um bem estar sem fim.

Poder presentear quem você ama.
Mesmo que seja com uma simples caixa de chocolate.
Quem ganha, receber com uma grande intensidade.

Poder comprar algo que alguém esteja precisando.
E ver a alegria e gratidão de ter recebido sem estar esperando.

Viajar, custa dinheiro.
E viajar é cultura.
Nos proporciona histórias e aventuras que, dificilmente, alguma experiência chegaria a altura.

Não me venha com esse papo que você não gostaria de fazer uma viagem.
Viajar para um lugar específico, magnifico. Um passeio que te seja inesquecível.
Viajar com a família ou com um amigo.
Viajar refaz a alma.
Aquieta os ânimos e alegra o coração.
Viajar, é uma das coisas na vida do que há de bom.

Fazer um passeio qualquer.
Ir para um lugar bonito.
Se reunir entre amigos.

Assistir aquele filme que está em cartaz.
Chegar, sentir o cheiro da pipoca amanteigada, escolher uma cadeira e não pensar em mais nada.

Sentar naquele barzinho que você gosta.
Ouvir uma música agradável, com pessoas queridas a sua volta.
Cantar, conversar, sorrir e sair dali mais feliz.

Falem o que quiser.
Mas dinheiro proporciona segurança.
Segurança de vida, no geral.
Saúde com mais qualidade.
Morada com mais segurança.
Uma vida com mais oportunidade.

Dinheiro proporciona tratamentos que, quando necessário, nem sempre são disponíveis sem ele.
Ficar doente não é bom.
Não poder ser tratado, é pior ainda.

Sentir fome, é triste.
Poder comer o que se tem vontade, é uma maravilha.

Concordo que a felicidade dependa de muitos outros fatores também.
Não estou dizendo que esse seja o único.
Mas não concordo quando escuto alguém afirmar que ter dinheiro não faça parte disso.

Não é ter dinheiro e se tornar escravo dele.
É ter dinheiro e tirar o melhor disso.

Aquele que tem dinheiro não é infeliz por ter dinheiro.
Mas, provavelmente, por não saber desfrutar da melhor maneira daquilo que tem.
Talvez, por focar tanto em outras coisas e não ter tempo o suficiente de se permitir a desfrutar daquilo que possui.
Ou, talvez, por nunca ter passado dificuldade, logo, não saber a diferença e importância como é ter o privilégio de ter tudo o que tem.

O que não trás felicidade, é não saber usufruir de seus bens da melhor maneira possível.
Não traz felicidade quando não se tem liberdade em gozar daquilo que tem.
Não traz felicidade quando não se sabe aproveitar o tempo para desfrutar daquilo que possui.

Se dinheiro não traz felicidade.
A dificuldade muito menos!

Porque, no geral, ter uma casa confortável para morar, poder comer algo que se tem vontade, receber em sua casa seus familiares, poder fazer passeios, viagens. Ir a shows, comprar livros, presentear, ser presenteado, cuidar da própria saúde, ter qualidade de vida, traz, sim, felicidade.

Isso é bem-estar.
E o ser humano que tem bem-estar e sabe tirar o melhor disso, não pode ser infeliz.


Renata Galbine!

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

O Aluno Que Muito Sangrou, Transbordou.


Já reparou?!

Nesses últimos tempos, muito se tem visto e ouvido falar em mortes em escolas.
Não só no Brasil, mas em outros países afora.

Alunos que são baleados por outro aluno e saem sem vida.
Histórias trágicas que, pra mim, todos são vítimas.

Não estou me referindo a nenhum caso específico, mas a todos no geral.

Eu tenho reparado o quanto esse índice tem aumentado.
Eu tenho pensado bastante à respeito desses fatos.
E sempre com bastante cautela, já que trata-se de um assunto tão delicado.

Escuto os noticiários e reparo nos comentários das pessoas.

No noticiário, quem cometeu o crime, se torna: "O atirador".
Na boca das pessoas, quem disparou o tiro, se torna:
"O monstro", "O assassino", "O descontrolado", "O psicopata", e por aí vai.
É um mar de ofensas e ódio.

Não estou aqui tirando ou diminuindo a culpa de ninguém.
Porém, acredito que existam casos e casos e eles precisam serem analisados.

Você já parou pra pensar, só por um instante, o que leva um aluno a atirar contra outros?

Tudo bem.
Em alguns casos, pode ser por pura psicopatia, descontrole emocional, maldade, desvio de caráter e um único propósito que é matar.
Volto a dizer: Existem casos e casos.

Mas você já parou pra pensar e se perguntar, além de todas essas possibilidades, o que pode existir por trás?!
- O que pode estar por trás dessa pessoa?
Eu me refiro a mente e coração.

Hoje, deram um nome específico.
Na minha época não existia esse termo.
Mas o significado e o contexto, eram exatamente os mesmos.

Bullying.

Só entende dele quem já passou por ele.

Conforme citei no início do texto, há um tempo atrás, pouco se ouvia falar em alunos que disparam uma arma contra outros.
Na nossa realidade atual isso tem se tornado cada vez mais frequente.

Talvez por estarmos perdendo valores.
Por não estarmos respeitando como antes os professores.
Talvez por estar faltando o "NÃO" dentro de casa.
Talvez porque hoje os pais não educam mais como ontem.
A rigidez que no passado, talvez, fosse exagerada, atualmente, foi completamente alterada.
Tudo é tolerado. Tudo é engraçado.
É tudo muito livre, muito solto.

Hoje pouco se vê um pai falando o que o filho vai precisar fazer.
E muito se escuta um pai perguntando o que ele quer fazer.

Mudaram-se os valores.
Diminuíram-se os pudores.
Trocaram-se as autoridades.

Alguns se esquecem, ou, talvez, não saibam que, é dentro de casa que muitas coisas precisam ser ensinadas.
E não na escola.

Com isso, nos deparamos com alunos autoritários, arrogantes.
Que afirmam com prepotência que "estão pagando", como se isso desse o direito de "pintar e bordar", fazer o que quiserem e bem entendem.
Se esquecem que, primeiramente, quem está pagando não são eles, mas, sim seus pais.
Que eles mau têm dinheiro pra comprar o lanche do intervalo, e se têm, é porque receberam dos pais.

Contudo, se esquecem do mais importante:
Que se em suas casas não existem regras, na escola, existe. E em todos os outros lugares também.
A vida é uma regra, cheia de limites.

E aí, então, esses seres saem de casa, vestidos, alimentados, mas, nem sempre, orientados e bem educados.
E sempre adota na escola um "para Cristo", como dizem.
Fazendo dos seus dias uma enorme diversão e do outro um grande inferno.
Quando se juntam, se acham valentes.
Se acham muito espertos, inteligentes, engraçados.
Volto a dizer: Arrogantes. Prepotentes.

Quando leva um tiro no meio da cabeça e morre, sai no Jornal como vítima.
Todos vão lamentar a sua morte.
Mas poucos vão procurar saber, ou vão dizer, o que fazia em cada um dos seus dias dentro de sala de aula.

Falta-se limite.
Falta-se respeito.
Falta-se compaixão.
Falta-se educação.

É um excesso de preconceito.
E a ausência de preceito.

Só quem viveu ou vive o bullying, sabe do que estou falando.

É preciso ser, realmente, muito espiritualizado, controlado, bem intencionado, pra não dar um tiro no meio da cara de quem te perturba diariamente, de quem te diminui, te expõe, te ridiculariza.

É preciso base familiar.
É preciso apoio, amparo.
É preciso que alguém enxergue o que, quem passa, não consegue falar, não consegue expressar.
Não consegue colocar pra fora, somente, ruminar.

Não estamos falando de adultos que se desentendem no trabalho, se estressam no trânsito.
Estamos falando de crianças e adolescentes, que não possuem a mesma mentalidade que nós adultos.
Que vivem o bullying e, realmente, se sentem diminuídos por isso.
E, com isso, nem sempre terão total consciência do erro e gravidade de acabar cometendo um crime.

Quem enfrenta, sofre.
E somente quem sofre com isso, sabe o que passa.
Sabe o que carrega.
Grava e leva os nomes de cada "colega" que o diminuiu, que o perturbou, que o ridicularizou.

Quando o tempo passa, vemos o quanto somos maiores do que imaginávamos.
E que não somos pequenos como nos apontávamos.
Vemos o quanto ninguém tem o direito de nos diminuir, pois cada um possui a sua verdade e qualidades.

Percebemos o quanto aquilo poderia ter sido pequeno, se não tivéssemos permitido que nos atingissem tanto.
Percebemos o quanto, realmente, não compensa dar um tiro em "Graziellas" e "Marianas", pois a nossa vida vai muito além de Ensinos Fundamentais e Médios.

Percebemos o quanto, nem sempre a afirmação de um professor, é uma verdade absoluta.
E que embora seja ela uma professora de Português, existem muitas "Lúcias" equivocadas por aí.
O meu texto estava maravilhoso, eu sabia e sei escrever.
E o mais irônico, é que me tornei uma escritora.
É você quem não fez questão de olhar com bons olhos aquilo que eu havia feito e apresentado.
De que adiantaria eu te bater em sala de aula ou te matar?
Nada!
Eu teria acabado com a sua vida e a minha também.
E hoje você não estaria aqui para ler sobre você e sobre àquelas que você vangloriava.

Quem atira, nem sempre é um monstro.
Quem morre, nem sempre é uma vítima.

Por trás de uma bala disparada, pode existir o sangue batido.
Batido diariamente.
Inconsequentemente e friamente.
Porque tem o cabelo "assim" ou "assado".
Porque é doente.
Porque não é tão inteligente.
Porque não tem um sobrenome conhecido.
Porque sua roupa está fora de moda.
Porque o carro do seu pai não é o melhor do momento.
Porque não gostam do bairro que você mora.
Porque é gordo ou magro.
Porque é alto ou baixo.
Porque é mulato.
Porque é pardo.
Porque é pobre.
Porque é quieto.
Porque é gago.
Porque é...

É o que quiser ser.
O que tiver que ser.

Cabe a mim e a você, respeitar, não caçoar.
Porém, respeito vem de casa, vem de berço.

Ninguém é melhor do que ninguém.
Logo, ninguém tem o direito de diminuir ninguém.
Dessa forma, não temos, também, o direito de apontar o dedo para ninguém.

Se matou, é porque faltou orientação, percepção.
Se matou, é porque sangrou.
E sangrou tanto que transbordou.


Renata Galbine!

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Desejos Insanos


Eu tenho pensado bastante à respeito da relação humana atual.
A facilidade em conhecer alguém e a rapidez em desconhecer também.

Na época dos meus avós, e até mesmo dos meus pais, o fato de conhecer alguém levava-se tempo.

Inicialmente, observava-se de longe.
Por um longo tempo, admirava-se.
Notava-se a aparência, a vestimenta, o andar.
Notava-se o olhar!

Demorava-se para descobrir o nome.
O primeiro encontro, o andar de mãos dadas.
O primeiro beijo, então. Nossa...
Quanto tempo tudo isso levava até acontecer.

Hoje em dia, é questão de horas. Ou até mesmo minutos.
Temos disponíveis cardápios humanos nesses tantos aplicativos de celular.
Você escolhe pela cara, já sabendo o nome, idade e cidade que mora.
Rapidamente, tem o número do telefone e, se duvidar, repentinamente, está dentro do carro, procurando um lugar pra transar.

Isso me causa um vazio existencial absurdo.
Um desespero. Uma revolta. Uma quebra de esperança.
Na qual me faz desacreditar na relação humana.

Acho que, realmente, o andar de mãos dadas, pedir a mão em namoro para os pais, a fidelidade, verdade, sinceridade, prioridade, há bastante tempo, ficaram pra trás.

Hoje, trata-se de uma verdadeira orgia social na qual o desconhecido marca com outro desconhecido afim de saciar seus desejos insanos e animalescos.
E tchau!

Hoje, somos levados pela carne.
A alma não é mais alimentada e abastecida.
A essência é claramente ignorada e esquecida.

A alma se faz vazia e deve permanecer mais a cada dia, diante de um mundo tão vago e desapegado.

Acabaram-se as descobertas, as trocas de olhares, a evolução do namoro.
O tempo não é mais respeitado.
O tempo é violentamente atropelado.

Tudo é intensamente sentido em um dia e logo em seguida acabado.
Como se nunca tivesse existido.

Hoje se fala muito e sente pouco.
O seu amor não importa, enquanto têm mais três na minha porta.
O prazer é o mais focado. O resto, é resto. É deixado de lado.

Amar, está fora de moda.
O amor é facilmente trocado e jogado fora.

Será que o melhor é desistir de amar e se sujeitar?

Aonde vamos parar?!


Renata Galbine!

sábado, 21 de outubro de 2017

Não Tá Fácil


O ano de 2017, está sendo bastante difícil pra mim.

Difícil em muitos aspectos.
Na verdade, difícil em, praticamente, todos os aspectos.

Talvez uma palavra que resuma bem, seja: Frustração!

Parece que foi um ano que entrei tropeçando e permaneci cambaleando, tentando me por em pé no decorrer de todo o ano.
Até parei agora pra pensar alguns segundos, enquanto escrevo, onde estava e o que fiz na virada do ano.
Coisas de superstição: "Que cor de roupa eu usei". "Em que lugar passei". E etc.!
Detalhes irrelevantes, é claro.
Mas, ainda assim, pensei.

Talvez, tenha me faltado planejamento.
Embora o que estava planejado tenha sido em vão.
Talvez, tenha me faltado opção.

Não foi um ano de portas na cara. Embora eu tenha levado algumas, o que faz parte.
Mas foi um ano onde me sinto estagnada.
E não por ter ficado parada.
Pois não fiquei!

Quantas coisas eu tentei.
Quantas coisas eu arrisquei.
Tentei. Busquei. E mudei.
Mas não saí do lugar.

Foi como andar em uma esteira.
Ou subir na contra mão em uma escada rolante.
O famoso: "Nadar e morrer na praia", sabe?!

E além das coisas que não conquistei, tiveram as que perdi.
O que é ainda pior.

Ah, meu bebê...
Tão branco, feito neve.
Com os olhos azuis, feito o céu ao amanhecer.
Tão doce. Puro. Calmo. Singelo.
Assim era o Théo.
Que resolvi adotar, após me recuperar também de uma perda vivida. E muito sofrida!
O adotei.
E como eu o amei.
Aliás. Não tinha quem não o amava.
Um gato inexplicavelmente amável.
Ele era diferente.
Um ser, realmente, de luz. Especial!
Um verdadeiro anjo em nossas vidas. É impossível explicar e descrever.
E, repentinamente, adoeceu e morreu.
Nos meus braços, chegando ao Veterinário.
Leucemia? Talvez.
Foi a suposição do veterinário que não teve tempo de consultá-lo e diagnosticá-lo.
Foi menos de um ano comigo, mas parece que foi uma vida.

Chorei.
Como eu chorei.
E ainda choro.
Estou chorando.
Ainda lembro.
Porque é impossível não lembrar.
E sentir.
A dor, o vazio.
E a falta!

E os meses se passaram.
Poucos meses além.
E lá se vem outra perda.
O Pingú.
Meu Labrador comprido de olhos pidões.
Adoeceu e em poucos dias morreu.
Dormindo!
Agradeci a Deus por ele ter morrido sem sofrer.
Mesmo sem entender.
Mesmo sem querer!

E em menos tempo depois, mais uma perda.
E que perda!
Foram 15 anos de história. 15 anos de amor.
Ela adoeceu. E como sofreu.
Foram dias de dor, de angústia.
Embora eu tivesse passado todos esses anos com medo de imaginar o dia em que eu tivesse que me despedir dela, naqueles dias eu chorava, sofria, mas pedia a Deus que permitisse que ela descansasse, dessa forma, seu sofrimento chegaria ao fim, pois ela não merecia. Eu não podia ser egoísta.
Sofreu tanto, tanto, tanto, que eu jamais poderia imaginar que fosse ser dessa forma.
E ela, enfim, descansou.
Que saudade me deixou.
Minha Cocker, que chegou com seus 45 dias e me proporcionou tanto amor.

A vida se mostra tão breve, efêmera.
E até agressiva. Nos tira em um piscar de olhos.

Fora todas essas tantas perdas.
Quantas perdas.
Quantas decepções no decorrer de um ano.

Amigos que se tornaram inimigos.
Pesado.
Mas real.

Pessoas que a gente se aproxima, cria empatia e confia.
E se decepciona profundamente depois.

Amores que surgiram.
Amores que partiram.
Amores que romperam. Mas não necessariamente que morreram, isso é, que deixaram de existir dentro de nós.

A busca preocupante e incessante pelo dinheiro e pelo trabalho.
Mas tem estado difícil crescer, ganhar experiência e amadurecer profissionalmente.
A oportunidade tem sido pra poucos.
E, aparentemente, só esses poucos é que tem valor perante muitos.

E eu tenho me sentido um individuo avulso, oculto.
Aquele ser que, por mais que tente, por mais que faça, não é o suficiente.

A sociedade é exigente.
Quer demais.
E oferece tão pouco.
Ou nada!

É como se eu não tivesse um lugar no mundo.
E se tenho, não o encontro.

Nesse turbilhão de acontecimentos, o sorriso tem que existir.
Você tem que levantar de manhã e insistir.
Você tem que enfrentar um dia e não desistir.

Mesmo sem vontade.
Mesmo sem coragem.
Mesmo sem...

E assim eu tenho me sentido...
Sem amparo.
Sem refúgio.
Sem perspectiva.
Sem porto seguro.

É pegar as dores, desamores, desavenças e seguir.
Fazendo de conta que o dinheiro não faz falta.
Que as perdas não marcam a alma e foram relevadas.
Que a falta de estrutura e amparo dentro de uma casa, são facilmente encaradas.
Que a vida é leve de ser superada e encarada.

Ah, mas não é.
Não mesmo!

Cansa, sabe?!
Dói, entende?!

Sufoca e angustia.
É uma agonia que só quem sente é capaz de entender.

É um cansaço.
É um desânimo por correr e não sair do lugar.
É um esgotamento por tentar e não conquistar.
É uma frustração.

Uma profunda, desanimadora e verdadeira:

Frustração!


Renata Galbine!

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Ponto Fraco


É fato.
Você é o meu ponto fraco.

É certo.
Sinto falta de te ter por perto.

É errado.
Por isso, sei que o melhor foi ter acabado.

Me afasto.
Mas, confesso, que já conversei com o acaso.

Quantas conversas sobre o amanhã e o agora.
Ligações fora de hora.
Despedidas sem querer ir embora.

Quantas madrugadas divididas.
Quantas saídas definidas.
Tendo que vivê-las de forma contida.

Vontade que tinha de te ter no agora.
E tendo que te ter só depois.
Cada momento que só cabiam a nós dois.

Nada foi programado.
Vivemos o inesperado.
Do nosso caso considerado errado.
Mas que o acaso fez com que nosso caminho fosse traçado.

Derrepentemente me vi na sua frente.
Pra mim, foi tudo diferente.
Apesar de incoerente.

Foi intenso.
Esqueci o bom-senso.
É por isso que digo que em você eu ainda penso.

Ainda sinto o cheiro do seu casaco.
O toque do seu abraço.
Sua boca na minha sem nenhum espaço.

Você é o meu ponto fraco!


Renata Galbine!

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Orgulhosa e Arrogante.


Falsa e desequilibrada.
Parece gostar de ver o bicho pegar.

Quando cada um tá para um lado, brigado, você fica "ciscando", querendo agradar.

Quando cada um resolve se entender e deixar a mágoa morrer, você parece se ofender.

Gosta de confusão.
Gosta de ter todo mundo na sua mão.

Orgulhosa.
Arrogante.
Lidar com você é uma tarefa agonizante.

Manipuladora.
Metida a benfeitora.
Viver com você, é uma tarefa desafiadora.

Mandona.
Autoritária.
Mas no fundo você vive uma vida solitária.

Se acha a certa.
Dona da razão.
Está enganada achando que estamos todos na sua mão.

A perfeita que nunca erra.
É em vão te fazer enxergar.
Se tentar, vira guerra.

A gente que se ferra.
Você não fala.
Só berra.

Metida a culta. Se sente a burguesa.
Mas seus comportamentos não são de realeza.

Não se pode apontar seu erro.
Não existe defeito.
Você nunca está errada.

Você têm suas qualidades.
Mas pra te falar a verdade.
Seus defeitos traumatizam qualquer um.

Geram mágoas e desprezos.
Resultam em distanciamentos e receios.

Acorda.
Tá todo mundo cheio.
Para que tá feio.
Chega de apontar o defeito alheio.

Olha um pouco para o seu umbigo.
Ninguém merece mais viver esse castigo.
Quem, realmente, se importa é quem está contigo.

Valoriza. Ameniza.
É difícil ser seu amigo.

Se liga.
Desce desse pedestal.
Ninguém quer o seu mal.

Se cuida. Se trata.
A quem está do seu lado não se maltrata.

Acorda.
Abre o seu olho.
Ninguém aguenta mais viver nesse jogo.

Aceita.
Tenta enxergar.
Somos seres falhos.
Todo mundo está sujeito a errar.

E mais do que isso:
Estamos aqui para aprender e ensinar.
Senão sozinha uma hora você vai ficar.

Já passou da hora de você mudar!


Renata Galbine!