sexta-feira, 29 de junho de 2018

7 de Fevereiro


Ninguém é de ferro, né?!
Eu não sou.

Nem sou um robô.

Lembro do passado.
Vivo o meu presente.
Penso no futuro, se possível for.

Como viver um amor sem pensar lá na frente?
Vivendo somente o presente.
Sem pensar no futuro da gente?

Não pensar, seria eu muito descrente.

Quem ama:
Imagina.
Espera.
Planeja.
Sonha.
E almeja construir e conseguir concretizar.

Como viver uma história...
Que você não considera como passageira, nem momentânea?

Como viver uma história...
Sem querer construir uma coletânea de planos e lembranças?

Qual o sentido de viver o hoje...
Enfrentando as dificuldades.
Obstáculos e percalços.

Qual o sentido de viver o agora...
Superando tantas dores.
Derramando tantas lágrimas.
Pra superar o que chamamos de "fase".
Se isso não vai te proporcionar uma base?

Seria então viver um quase?

Seria quase que maltratar tanto o coração, a ponto de adoece-lo até se tornar uma metástase?

E eu me pergunto...
Se for pra viver o presente, sem pensar no futuro.
De que vale cada frase?

Ah, a idade...
Ah, as responsabilidades...

Desculpas?
Medo?
Preconceito?

É que não está mais aqui pra isso.
Não teria essa coragem com mais ninguém nessa vida.
Com mais ninguém.
Mais ninguém.
Ninguém!

Isso é viver uma realidade?
O que, de fato, foi e é verdade?

Que intuito torto e temeroso esse de viver algo tão irracional.
Tornando um sentimento tão puro, bonito e único em algo banal.

Viver um castelo de areia.
Uma história sorrateira.
Com atitude que titubeia.

E você vai sendo levado pelo sentimento que te norteia.
Afinal, pra você, é um amor que te pareia.

Para amanhã ou depois você se dar uma própria rasteira.
Você mesmo se presenteia.
Com um fim que te resulta numa tristeza e dor que te empesteia!


Renata Galbine!

quarta-feira, 27 de junho de 2018

Se Liberte de Crenças Limitantes


Fico me perguntando o por que temos dentro de nós tantas amarras, preconceitos e conceitos desnecessários.
Que, às vezes, agridem moralmente ao outro.
Ou, na maioria das vezes, fazem mal a nós mesmos.

Temos dentro de nós nada mais do que crenças limitantes.
Que nos limitam a enxergar adiante.
Que nos limitam a notar a real importância de certas coisas.
Que nos limitam a notar o tempo que perdemos.
Que nos limitam, até, de vivermos certas coisas, certas oportunidades.

Por "meros" preconceitos.
Volto a dizer e vou dizer até cansarem de ler:

Crenças Limitantes!!!

E daí que o homem se relaciona com outro homem?
E daí que a mulher optou em se relacionar com outra mulher?
E daí que o seu amigo tem um carro melhor do que o seu?
E daí que a sua casa é mais simples do que da sua amiga?
E daí que fulano têm muitas tatuagens?
E daí que a ciclana pediu o divórcio, ou vice-versa?

Se o homem se relaciona com outro homem e a mulher com outra mulher.
A vida é deles.
O sentimento é deles.
Cabe unicamente a eles.
O que você tem a ver com isso?

Tudo bem. Pode ser o seu filho, a sua filha.
Mas "coloque em uma balança" e me diga o que tem mais importância:
- Seus preconceitos ou a sua família alegre, unida em harmonia?

Se o seu amigo, conhecido, vizinho, parente, tem um carro melhor do que o seu.
Que ótimo!
Parabéns pra ele por ter conquistado!
Isso não o torna maior do que ninguém.
Tão pouco, torna você menor do que ele.
É questão de trabalho, oportunidade, prioridade.
Vai ver ele priorizou no carro e você em outra coisa que não está se dando conta do que foi.

Se a sua amiga tem uma casa que você diz ser melhor do que a sua.
Que ótimo para ela também!
Mas você tem a sua, não tem?
Portanto:
Agradeça!

E daí que fulano têm várias tatuagens?
Isso não o faz menos confiante de caráter e dignidade.

E se a ciclana pediu o divórcio, ou vice-versa.
Do que te interessa?
Você tem ideia do que estavam enfrentando esse casal?
Se valia a pena manter, continuar e viver essa união conjugal?

Não sei o porque temos que carregar tantas crenças ultrapassadas e sem sentido.

Opção Sexual.
Status Financeiro.
Religião.
Se você é muito mais novo ou mais velho em uma relação.

Por que nos preocupamos tanto com a sociedade?
Por que nos preocupamos tanto com o que o outro vai pensar?
De que importa o que o outro vai falar?
Vale a pena não viver por medo do amanhã que ninguém sabe, de fato, como será?

É o outro quem sente, quem vive, quem ultrapassa as barreiras da sua vida?
Ou é você?

De que importa que na minha família foi ensinado e falado a vida inteira "assim".
E que na Igreja tem que ser "assado".

Quantos conceitos ultrapassados.

Liberte-se!!!!!!

Isso tudo é MUITO ultrapassado.

Não se permita!!!!
Se desfaça desses monstros que estão cegando você de forma ignorante.

Vejo em pleno Século XXI pessoas se anulando de viver o que sentem, por medo do que o outro vai falar.
Por medo do que o outro vai pensar.
Por medo da forma que o outro vai encarar.
Por medo da família não aceitar.
Por vergonha da Igreja julgar.
Por receio da sociedade.
Por medo de si mesmo.
Por medo do amanhã que ninguém nem sabe se vai chegar.

ME POUPE!!!!!!!!!!!!!!!!

ME POUPE!!!!!!!!!!!!!!!!

Se liberte!!!!

O que nós sentimos, só nós mesmos sabemos.
O que a gente vive, enfrenta, supera, encara, o mundo lá fora não tem ideia da proporção e do peso.

Portanto:
DANE-SE a Sociedade.
O que vale é o nosso coração e a nossa verdade!

Se o que você for viver, for fazer, for escolher, for algo regado de Respeito; Valores; Sentimentos bons; Entre eles o Amor.
Cabe a você!!!

Vai desistir de viver?
Com isso, estaria desistindo de você mesmo.
Estaria se anulando sem perceber.

A sua vida cabe a você.
Os seus sentimentos estão dentro de você.
Portanto, faça as suas escolhas.
Trace o seu caminho.
E siga-o.

Viva a sua vida.
Pois ela passa e quando você se der conta, pode ser tarde demais!


Renata Galbine!

segunda-feira, 25 de junho de 2018

Anjos da Guarda Existem?


Você acredita em Anjo da Guarda?

Eu acredito!

Quando criança, muitos de nós, escutamos que Anjos da Guarda são seres com asas, aureola e cabelos dourados, encaracolados.
Escutamos também que os Anjos da Guarda servem para nos proteger.

Conforme o tempo vai passando a gente se dá conta que não.
Que Eles não são exatamente aqueles seres com asas, aureola e cabelos dourados, encaracolados.

Esse fato não se torna tão decepcionante como quando descobrimos que Papai Noel não existe e o Coelhinho da Páscoa também não.
Isso porque nos deparamos com algo muito além.
Algo muito melhor e maior do que nos contam no decorrer da nossa infância.

Descobrimos que eles, realmente, existem.
Porém, que esses seres de luz, embora não possuam asas, pousam em nossas vidas em momentos nos quais mais precisamos.
E, sim.
Para nos proteger e nos amparar de alguma forma!

E quer saber?!

Podem ser amigos.
Pessoas próximas.
Queridas.
De confiança.
Que amamos e somos amados.

Mas, com o tempo, descobri mais uma coisa:
Eu cheguei a conclusão de que vai um pouco além disso.

Pode ser, inclusive, um mero desconhecido.

Anjos da Guarda nada mais são do que seres que se fazem HUMANOS em momentos que mais precisamos.
Seres que, embora não sintam a sua dor como você, olham para ela com olhos de amor.
De empatia.
De preocupação.
De coração.

Quando você menos imagina, eles aparecem.

Através de uma mensagem.
Uma ligação.
Em um quarto de Hospital.
Em um Terminal de ônibus.
Na rua.
Em uma esquina qualquer.
De noite ou de dia.

Do nada.
"Do além".
Ele, simplesmente, vem.

Momentos de sufoco.
Momentos de dúvidas.
Momentos de desespero.
Momentos de dor.
Momentos de tristeza.
Momentos de angústia.
Momentos de urgência.
Momentos de perigo.
Momentos que precisamos de abrigo.

Abrigo em um abraço.
Abrigo em um olhar.
Abrigo em palavras.
Ou somente em nos escutar.

Eu mesma, no decorrer da minha vida, já tive o imenso privilégio de virem até mim seres que presumo dessa forma:

Anjos da Guarda!

Talvez, essas pessoas nem se dão conta da importância e grandiosidade do seu gesto.
Da sua ajuda.
Da importância de suas palavras.

E aí nos resta agradecer!

Agradecer por cada uma dessas pessoas que entraram em nossos caminhos.
E tantas outras que ainda entrarão.
Para nos ajudar, nos orientar, nos fortalecer, não nos permitindo fraquejar.

E, muitas das vezes, sem perceber, nos dando forças para seguir.
Encarando a nossa jornada, nossas dificuldades diárias.
Algumas relevantes, outras tão árduas e torturantes.

Você mesmo já foi o Anjo da Guarda na vida de alguém.
Ou acha que não?!

E, então...

Você acredita em Anjo da Guarda?


Renata Galbine!

sábado, 23 de junho de 2018

Amor Recíproco?


Penso que um Amor Recíproco não é recíproco somente no sentimento.
Os sentimentos recíprocos, trazem junto de si muitos outros fatores na bagagem.
Bagagem grande, diga-se de passagem.

Depois do Sentimento.
Eu citaria a Preocupação.

Diariamente, querer saber o que fez.
Querer saber como está.
Como foi o dia.
O que precisava resolver ou não conseguiu concretizar.
Notar um sorriso de felicidade.
Ou um desanimo, um olhar triste, uma angustia, talvez, por alguma dificuldade que teve que encarar.

Conversar.
Poder telefonar.
Mandar mensagem.
Responder sem demorar.

Sair.
Chegar.
Simplesmente, ficar ali.
Juntos e se curtir.

O querer estar junto.
Mas junto mesmo.
Entregues.

Namorar.
Se duvidar, até casar.

Não estamos falando de amor de ambas as partes?
Logo, não estamos falando de se apaixonar.
Ou dessa realidade decadente do "pegar sem se apegar".

Não é a qualquer momento que duas almas se encontram sentimentalmente.
Não é em qualquer esquina, todos os dias, que um amor correspondido nasce simultaneamente.

Priorizar.
O que não é abandonar o mundo a volta.
Mas é fazer dessa pessoa um grande propósito na sua vida, nos seus dias, na sua rotina.
Dar importância, independente das circunstâncias.

O amor é doce.
É claro.
Sincero.
Leve.
Sadio.

Não é arredio.

Ninguém pensa para amar.
Ninguém espera para amar.
Não se adia para amar.
Senão, pode se tornar tardio.

Amar, é assumir que ama.
E assumir quem você ama.

Porque o amor é transparente.
Não se esconde.
Se tem que esconder, notoriamente não é prioridade.
E se não é prioridade me faz pensar se é amor de verdade.

Esses amores pela metade.
Pelas beiradas.
Que tem que adiar.
Pensar.
Temer.
Esperar.
Esconder.
Refletir.
Recalcular.

O amor da mesma forma que você sente ou não.
Você vive ou não.
Se ele, realmente, for de verdade.
Não tem como ser pela metade.

Acaba parecendo sobra.
Sobra de tempo.
Sobra de atenção.
Sobra de preocupação.
E, por ventura, se der.
"Quem sabe".
"Talvez".
"Conforme for".
"Vou ver".
Encaixar um momento e se ver.

Esses amores em pedaços.
Que você nota o que não está recebendo.
Mas está oferecendo.

Que você sabe o que está precisando.
E o outro parece não estar percebendo.

Que você tem que ficar a espera que aconteça.
E, em alguns momentos, isso não chega.

Que você tem que diminuir o seu mundo.
E o pior:
Cobrar.

Amor não se cobra.
Simplesmente, se recebe.
Se dá.

Dosar os seus sentimentos.
Esconder momentos.

Se privar de certas coisas porque a pessoa não está ali naquela hora.
E você fica aguardando a hora que ela vai poder estar.

Que tortura!
Está tudo errado.
O amor está longe dessa conduta.

O amor não faz sofrer.
Faz querer viver.
E vive.

O amor não faz chorar.
Faz sorrir.

O amor não faz o coração doer.
Faz o coração pulsar.

- Amor Recíproco, cadê você?
Você é real?
Você existe?
Por que não está aqui por perto ou ao meu lado?
Por onde você anda que está tão ocupado e por fora da minha vida, do meu mundo, dos meus problemas, das minhas dores, das minhas questões?

Talvez eu não seja o principal cristal a priorizar.

A gente enxerga.
Mas por que leva tanto tempo para aceitar e se posicionar?

- Amor Recíproco, você tem um tempo?
Horas; Minutos?
É o que parece restar.

Alguns minutos do dia pra responder.
Limitados minutos na semana pra ligar.
Horas contadas pra estar.

Por que te ofereci a minha vida, o meu sentimento mais profundo, compartilhei o meu mundo?

Sei que está atarefado demais, ocupado demais, preocupado demais pra me priorizar.

Que tola eu.
Desculpa te ocupar.
E ainda te cobrar.

Apesar de, aparentemente, se tratar de um "amor recíproco".

Estou eu aqui tentando caber, me encaixar, me esforçando para permanecer no seu mundo.
Querendo ser e te tendo como o meu porto-seguro.

É que eu queria conseguir enxergar esse tal sentimento recíproco em toda sua singularidade.
Nos gestos.
No tempo.
Nas prioridades.

É o mínimo.
É o básico a que me refiro.

O ligar.
O escutar.
O responder.
O se ver.
O estar.

É que nesse momento eu só queria que pudesse estar aqui secando as lágrimas que estou a derramar.


Renata Galbine!

quinta-feira, 21 de junho de 2018

A falta da presença, nem sempre é ausência


Aprendi que a falta da presença, nem sempre é ausência.

Quem quer, esteja aonde estiver, vai se fazer presente.
Mesmo que distante.

A oportunidade é a gente quem faz.
E essa é uma grande verdade.

A distância é um detalhe.
Não pequeno pra quem se gosta e quer estar perto.
Mas não grande o bastante pra se tornar motivo.

A distância maltrata.
Ainda mais dependendo do motivo que se fez necessário estar longe.

A distância machuca.
Sufoca.
Dá medo.
Enfraquece o peito.
Bate a insegurança.
Às vezes, até uma certa intolerância.

"Até quando vou aguentar?" - você pergunta pra si mesmo.

O coração que parece te sufocar de saudade.
Contando os minutos com tanta ansiedade.
E o tempo parece não passar.
Parece que nunca mais vai chegar o momento de voltar.

Ainda assim, você vai levando.
Ou, ao menos, tentando.
Relevando.
Equilibrando os seus sentimentos.

A sua ansiedade.
Insegurança.
Saudade.
E vontade.

E a cada notificação de mensagem, a expectativa em ler cada palavra digitada.
E a cada "Eu Te Amo" escrito, o sorriso, simultaneamente, sai.
E a voz ao telefone, mesmo de longe, parecendo estar ali, tão perto.

O contato compartilhado vem e entra no coração como um remédio.
Que acalma.
Que alegra.
Que fortalece.

E pode haver distância.
Pode haver o que for.
Quem for.

Quando há sentimento...
Imagina sendo ele o amor?!

O amor existente.
A preocupação permanente.
O zelo insistente.
A saudade latente.

O corpo até pode se fazer ausente.
Mas nos gestos, você se apega e recebe como presente.

O que pode valer mais do que os próprios gestos?
Que podem até parecer pequenos, mas se fazem únicos e sem tamanho.

Nada muda.
Só a distância.
Do mais, tudo continua.

Mesmo com o sabor amargo e diário da distância.

Se o amor vive.
Tudo sobrevive!


Renata Galbine!

segunda-feira, 18 de junho de 2018

Quando você não é Prioridade


Já se sentiu deslocado?
Como se estivesse no lugar errado?
Como se tivesse se colocado em um espaço onde você estivesse mal posicionado?

- Quando a gente quer:
A gente tenta.
A gente arrisca.
A gente investe.
A gente inverte papéis.
Simples e somente porque a gente QUER.

Quer viver.
Quer que dê certo.
Quer que aconteça.
Quer que prevaleça.

Quer concretizar.
Quer que a história possa ser vivida, sentida, escrita.
Quer tentar.

Pra isso, é necessário fazer escolhas.
Como tudo e sempre na vida.

Tomar decisões.
Tomar posições.

Colocar na balança.
Abrir mão de algumas coisas.
Porque a vida é isso:
Optar por certas coisas e abrir mão de outras.

E, ao abrirmos mão de certas coisas, não é porque não sejam importantes.
Mas, sim, porque o que queremos, é o que precisamos.
E, de fato, isso se torna, sim, o mais importante pra nós.
Por isso, então, optamos por aquilo.

A verdade, é:
Só fazemos escolhas quando vemos e sentimos no fundo do peito que aquilo é, realmente, o que mais queremos e precisamos em nossas vidas.

E aí vem a Prioridade!

A gente prioriza.
A gente valoriza.
A gente enfatiza.

Porém, quando fazemos, mas não recebemos a mesma entrega.
Por mais que a gente faça de conta que não nota.
Chega uma hora que a consciência não suporta.

Acho que o coração vai se sentindo meio cansado.
Por ver o quanto está deslocado.
Por notar o quanto não está devidamente posicionado.
Por sentir que não está sendo verdadeiramente valorizado.
Por saber que não está sendo priorizado.

As palavras faladas não batem na mesma medida com as atitudes tomadas.

E perceber que não somos prioridade, que não estamos no primeiro degrau.
Não que seja essa a posição mais necessária e mais importante.
Mas não estamos posicionados nem mesmo em segundo ou em terceiro.
Talvez, em terceiro.
Mais provável em quarto plano.

Legal, né?!

- Não! Não é legal. Não mesmo!

Desanima.
Desmotiva.
Perde a graça.
Perde a razão de tentar, insistir e permanecer ali!

A gente olha pra dentro de nós.
Analisa o presente.
Reflete sobre o futuro.
E se pergunta:

- "Será que vale a pena?"

A ausência se faz presente mais do que a própria presença em si.

Você vai reparando o quanto existem tantas outras Prioridades.
E eu me pergunto se não são também NECESSIDADES e não, somente, "Responsabilidades".

E você vai ficando.
Esperando.
Pensando.
Analisando.

E o tempo vai passando...

Mas, ainda assim, vai ficando.
E se questiona:

- "Até quando?"

E mais perguntas se fazem presentes:

- "O que estou fazendo aqui?"
- "Será que faria diferença continuar ou decidir partir?"

Priorizar algo que, de fato, VOCÊ sabe o quanto quer.
O quanto precisa.
O quanto necessita.
O quanto se doa.
O que sente.
E mais:
O quanto prioriza.

E não sentir a mesma troca.

Porém, o errado somos nós.
E eu acho até que já escrevi sobre isso aqui.

Errados somos nós em priorizar demais sem perceber.
E esperar demais sem poder.

Mas uma coisa é certa.

Quem quer:
Prioriza!

Quem não quer, quem não sabe o que quer ou têm dúvidas se quer:
Adia, "empurra com a barriga", arruma motivos, problemas, desculpas, vai se enrolando no tempo!

Vou te dizer:

Seja você a sua prioridade.
Porque esperar ser a de alguém, você pode nunca vir a ser!


Renata Galbine!

domingo, 17 de junho de 2018

Acorda, BRASIL!!!!


Eis que...

Autoriza o Arbitro!!!!

E, então...
O Circo começa!

E os torcedores escrevem, gritam, expressam:
- "Vai, Brasil!!!!!"

E eu me pergunto:
- "Vai pra onde, queridos??????"

É dada a largada em mais uma Copa do mundo.
Em um momento onde o País está cercado de Erros;
Faltas; Necessidades de eliminações;
Expulsões; Limpezas; Modificações.

Em um momento onde o País está em guerra declarada.
Escancarada!!!!!

Dificuldade absoluta.
Com uma gritante necessidade de mudança de conduta.
Mas a Copa começa e os Brasileiros parecem se esquecer de tudo isso.

Vestem suas camisas.
Penduram bandeirolas.
Pintam suas ruas e calçadas.
Gastam até dinheiro com fogos de artifício.
Compra uma carninha de segunda pra queimar no Domingão.
Pra torcer pelo Brasil, em um momento onde o País está no chão.

Vai PRA ONDE, Brasil????

E eles escrevem em suas selfies:
- "Avante, Brasil!"

Avante MESMO.
Mas não nos campos, na Copa do Mundo, com a bola.

Avante na Saúde.
Que se encontra em estado de calamidade.
Onde tantas vidas se perdem a cada hora. A cada minuto de um único dia.
Por falta de vagas.
Por falta de estrutura de acomodação.
Por tanta burocracia e negligência.
Por falta de equipamentos e medicamentos para um tratamento devido.
Simplesmente, por falta de qualidade pra se oferecer a uma vida.
A uma vida que, por um País corrupto e afundado, se vai em segundos.

E aí?!

E aí que o Brasileiro, alienado do jeito que é, se esquece de tudo isso.
Para em frente a televisão e ainda consegue torcer pelo seu País com coração.

Avante na Educação.
Que se encontra em tamanha precariedade.
Escolas ruindo, caindo, se acabando.
Aulas sendo canceladas, adiadas. Greves declaradas.
Professores se esforçando, se dedicando e ganhando uma miséria.
Escolas que não tem merenda para oferecer aos seus alunos.
Escolas que não possuem uma acomodação digna para esses seres que, muitas vezes, levam HORAS pra chegar até ela.
Pra aprender. Ou, ao menos, tentar.
Se esforçam para estar lá.

Avante na Estrutura.
Tantas ruas precisando ser asfaltadas e nada mais são do que ruas esburacadas.
Saneamento Básico e tantos outros serviços que é o mínimo que uma população merece TER.

Gasolina por um preço abusivo.
Preço da passagem de ônibus.
Produtos em supermercado.
Produtos eletrônicos.
Coleta de lixo.
Condição das ruas.
Estrutura das cidades.
A precariedade dos Hospitais.
A vergonha nas escolas.
O valor surreal dos impostos.

Eu até poderia enumerar tudo.
Mas a cada coisa que eu cito, vai me causando um mal estar maior.

Até poucos dias atrás tivemos a tal "Greve dos Caminhoneiros".
Muitos de nós, enxergamos o quanto necessitamos do serviço desses seres "invisíveis".
Que passam dias e dias nas estradas, deixando suas casas, seus familiares, para abastecer tudo aquilo que precisamos nos nossos lares, nas nossas vidas.

E o que mais vemos?

Brasileiro xingando Político.
Reclamando da Política.
Insatisfeito com os impostos, com os preços de tudo.
Posta no Facebook.
E faz aquele escarcéu.
Mas não levanta a bunda pra lutar pelos seus direitos
Chega numa urna eletrônica e só sabe fazer merda.
Não tem a capacidade de parar pra pensar, raciocinar e fazer direito, fazer diferente.
Só sabe reclamar.

Começa uma Copa do Mundo e o Brasileiro fica feliz e saltitante, como se vivêssemos em um País de primeiro mundo.
Com muita qualidade. Com tudo certo. Com tudo dentro dos conformes.

Tá vestindo essa camisa por que????
Além da camisa, das perucas em verde e amarelo, colocou também o seu nariz de palhaço?

Vou contar uma coisa aqui bem rápida e direta:

Se o Brasil perder a Copa:
Pra você vai ser o mesmo que nada.

E se o Brasil vencer a Copa:
Pra você vai continuar sendo o mesmo que nada.

Ou o Troféu que vão trazer vai encher a sua geladeira e o estoque de comidas da sua casa?
Vai pagar a escola dos seus filhos?
Vai custear um tratamento ou um plano de saúde pra você e sua família?
Vai extinguir os tantos moradores de rua e os animais abandonados, vivendo em total desamparo, faça chuva ou faça sol, inclusive, morrendo de hipotermia nas noites de muito frio?
Vai abastecer o tanque do seu carro?
Vai te dar um carro novo?
Vai pagar a condução do ônibus que você pega todo dia 04h00, 05h00, 06h00, 07h00 da manhã?
Vai pagar o seu aluguel, a prestação da sua casa ou te ajudar a comprar a sua casa própria?
Vai comprar alguma coisa que você esteja sem ou esteja precisando trocar, pois usa muito, como um Notebook, um Celular?
Vai mudar o valor dos impostos absurdos e abusivos que você paga sem reclamar ou sem notar?
Vai te dar uma televisão nova?
Um ar condicionado; uma cama confortável, uma casa com piscina e todas essas coisas que eles, jogadores, têm aqui, tem ali, tem lá e você mal tem qualidade pra viver com dignidade?

Quer esse Troféu pra que?
Pra deixá-los mais ricos?
E você continuar aí, sendo enganado, roubado a cada dia?

Quer esse Troféu pra que?
Por status, por ego, por burrice?

VAI, BRASIL!!!!
Melhorar as condições de estudos, de saúde, dos impostos, do PAÍS.
Já passou da hora.
Mudemos enquanto é tempo.
Porque o barco tá afundando e somos nós quem estamos dentro.

ACORDA, BRASILEIRO!!!


Renata Galbine!

sexta-feira, 15 de junho de 2018

DESABAFO. Um Relato de Vida!


DESABAFO.
Um Relato de Vida!

Hoje, pela manhã, fui ao Laboratório, pois precisava fazer um Hemograma.
Sexta-Feira nublada, chuvosa, gelada.
A vontade era ficar na cama. Mas... Vamos encarar a realidade e as necessidades!
Cheguei! Estava vazio, nem precisei pegar a senha (atípico).
Assim que entrei no Laboratório, fui fazer a ficha e todos os procedimentos.
Concluída essa parte, não precisei esperar nem 2 minutos, logo fui chamada para colher o sangue.
Abracei uma funcionária, na qual pegamos carinho uma pela outra pela quantidade de vezes em que já precisei estar ali, inclusive, sendo atendida por ela.
Mas fui para a sala ao lado, pois outra moça me atenderia.
No que sentei na cadeira, estava posicionando os meus dois braços para que ela escolhesse o melhor pra colher o sangue, entra uma moça.
Ela ficou entre a sala e o corredor, olhando para a minha cara. E eu olhei para a dela!
Por alguns segundos ela fixou profundamente o seu olhar caído, entristecido e desanimado aos meus.
E, então, a olhei mais atentamente e ela disse:
- "Você se lembra de mim?!"
Por alguns segundos, passou um filme na minha cabeça, foi a minha memória, o meu subconsciente, trabalhando e buscando: "Quem é essa mulher???".
Eu sabia que a conhecia de algum lugar. Sua fisionomia, embora comum, não me era estranha.
E no decorrer desses segundos em que me mantive em silêncio, olhando para ela, fui me lembrando.
E, conforme lembrava, falava:

- "Do Hospital Hc Lagos?"
- "Te vi há um tempo atrás lá?"

E as lembranças foram ficando mais claras e concretas.

- "Você estava com a sua filha?"
Ela apenas balançava a cabeça, afirmando que "sim".
E, então, me lembrei daquela mulher.

Eu a vi também em uma Sexta-Feira.
Em uma dessas minhas tantas idas ao HC Lagos.
Eu estava no meu quarto dia da semana dessa jornada de quatro idas semanais.
Estava na Recepção sentada, aguardando para ser chamada.
E ao meu lado, estava ela.
Ela e uma menina!
Ela estava ali. Sentada. Nada dizia. Ela estava quieta.
Mas eu senti que ela estava angustiada, preocupada, acelerada. Mesmo que estática.
Pensei, pensei, pensei. E, então, olhei para ela e perguntei:
- "Me desculpa a intromissão. Está tudo bem? Você está precisando de alguma coisa?"

E ela me respondeu, muito aflita:
- "Estou aqui com a minha filha. (E olhou para a menina).
Ela não está bem, precisa ser internada e o Hospital está dizendo que não tem vaga.
Eu tenho um filho de 3 anos. Está com a minha mãe e eu aqui com ela sem saber o que fazer!"

E eu disse:
- "Calma! Vamos tentar resolver isso. Vamos tentar a vaga para ela."
(É um Hospital Particular)
Dei algumas orientações para ela, passei números de telefone, nome de pessoas bem específicas na Defensoria Pública, na Ouvidoria da Unimed. A orientei para que ela tomasse determinadas providências. Fui escutando ela, conversando.
Nesse meio tempo, fui chamada.
Fui atendida.
E na saída, olhei pra ela e disse:
- "Guarde todos esses números e nomes. Não deixa de fazer o que te falei. Boa sorte!"
E ela me agradeceu!

Nunca mais a vi. Apenas torci para que ela conseguisse a vaga que sua filha precisava.
Fui reencontrá-la hoje nesse Laboratório.
Ao final de todas as afirmações que ela me deu conforme fui me lembrando quem era ela, eis que ela me disse:
- "Minha filha faleceu!"

Meu coração ficou dilacerado.
Eu já estava com o "elástico" no braço.
Pulei da cadeira e apenas a abracei por um longo tempo.
E ela chorou feito criança.
Perguntei o que houve, se ela não havia conseguido a vaga naquele dia, o que tinha acontecido.
E ela me disse que conseguiu a vaga. Que a filha foi internada no HC Lagos naquela Sexta-Feira, mas que naquele mesmo dia ela foi transferida para o Rio de Janeiro.
E ali ela ficou sabendo que a filha estava com Leucemia.
14 anos.
Os exames estavam, praticamente, normais.
Sem grandes alterações e sem alterações que deixasse tão nítido o quadro de uma Leucemia.
Disse que, resumidamente, o que a filha sentia, era uma dor forte na perna esquerda.
Mas ia a escola, estava fazendo suas atividades normalmente.
Que era estudiosa. Só tirava notas boas.
E que, mesmo internada, fez dois trabalhos da escola pra não ficarem pendentes, pra não ficar sem nota.
Disse ter um carro preto e que mora em um lugar onde não tem asfalto.
Ou seja. Quando chove: Muito barro. Quando não chove: Muita poeira.
E que, aos finais de semana, ela olhava para o carro, mesmo sendo uma menina, mesmo sendo tão nova, dizia:
- "Mamãe! O carro está tão sujo. Posso lavar ele?!" - e então ela lavava.
Que ela tinha muita Fé. Que ela tinha total certeza de que ficaria boa.
E foram 58 dias de luta. Mas ela não resistiu.

E a mãe me dizia:
- "Tinham crianças com um quadro muito pior do que o dela (Exames com alterações muito maiores, visivelmente.), estavam fazendo o mesmo tratamento que ela e receberam alta em 15/20 dias, mas ela não respondia a Quimioterapia e a nada que estava sendo feito."

Eu ouvia, calada, mas para a minha mente eu me perguntava:
- "Meu Deus! O que dizer pra essa mãe???? Como ajudá-la de alguma forma?"

Dentro do que venho aprendendo nesses últimos anos, eu até teria MUITO a dizer para ela.
Mas eu, de fato, nem a conheço. Não sei como ela receberia essas informações, as minhas afirmações.
Vejo que a filha dela foi um ser de Luz. Uma menina iluminada, evoluída e que cumpriu com sua jornada, com sua missão.

As perguntas que ela deve estar se fazendo, obviamente, são:
- "Por que, meu Deus????"
- "Ela não merecia!"
- "Eu não merecia!"
- "Por que Está me castigando dessa forma?!"
Entre tantas outras perguntas.
Mas Deus não castiga.
Estamos aqui com a Permissão Dele para aprendermos, ensinarmos, resgatarmos e evoluirmos.

Mas COMO dizer isso para uma mãe que perdeu uma filha há menos de um mês?
Se sentimos a dor da perda de um animal de estimação, de um amor não correspondido.
IMAGINA em perder um filho?????

A ida ao Laboratório que, (milagrosamente), era pra ter durado 10/20 minutos.
Durou quase 2 horas.
Mas agradeci MUITO a Espiritualidade por tê-la colocado novamente em meu caminho.
Fiz o que pude. Falei o que consegui.

Ali me deparei com uma mãe inconformada, desolada, arrasada pela dor da morte.

Saindo dali, fui eu ao Hc Lagos.
Enfrentar a minha realidade na quarta ida na semana da minha jornada semanal.
Também em uma Sexta-Feira, me deparo com o oposto:

Uma família sentada na recepção.
Ali devia ter marido, sogra, mãe, irmão, tio, avó, avô, conhecido e sei lá mais quem.
Falavam alto. Estavam felizes. Eufóricos.
Tirando fotos.
Tirando Selfies.
Mais parecia uma festa.
E, de fato, era.
A protagonista de tudo isso estava lá em cima, naquele momento, em trabalho de parto.
Prestes a receber, a ganhar uma nova vida.

E o vazio que ficou em mim ao sair do Laboratório.
E a reflexão que ficou na minha mente ao sair do Hospital.

A dor pelo "fim" de uma vida.
E a alegria sem tamanho pelo começo dela.

É a vida sendo, exatamente, como ela é:
Inexplicavelmente EFÊMERA!


Renata Galbine!

quinta-feira, 14 de junho de 2018

Agradecer é mais do que Necessário


Facilidade temos nós em pedir.
Dificuldade temos nós em agradecer.

Facilidade temos nós em clamar em momentos de desespero.
Dificuldade temos nós em se lembrar de agradecer em momentos de conquistas e alegrias.

Não estou aqui dizendo que EU agradeço sempre e a todo momento.
Que EU agradeço mais do que peço.

Estou me referindo, realmente, a NÓS.
Isso é:
Eu, somado a grande maioria.

Mas tenho aprendido.
Um pouco a cada dia.
A cada dificuldade.
A cada pessoa que entra na minha vida.
Estudando; Lendo; Ouvindo.
E até mesmo refletindo.

Percebendo a grandiosidade desse ato.

Perceba:

Você quando faz algo, mesmo sabendo que não deve esperar do outro, não fica super feliz e satisfeito em ter em troca a gratidão dessa pessoa?

E quando isso não acontece, muita das vezes, nos sentimos frustrados.
Mas erramos em nos frustrar.
Isso porque não podemos esperar nada do outro.
Temos, simplesmente e somente, fazer sem esperar nada em troca.
Nem mesmo um: "Muito obrigado (a)!", pois sua parte já terá sido feita.
Quanto ao outro, cabe a ele e não a nós.

Mas muitos de nós ainda precisamos evoluir a ponto de não esperar isso de ninguém.
De receber espontaneamente, caso contrário, lidar naturalmente.

Mas, usando esse exemplo.
Se você GOSTA de ser reconhecido, agradecido.
Imagina Deus; O Universo; A Espiritualidade; Ou seja lá o que for que nos rodeia e nos cerca?!

AGRADEÇA!

Está feliz?
Agradeça!

Conquistou?
Agradeça!

Realizou?
Agradeça!

Ganhou?
Agradeça!

Mas agradeça em TODOS OS MOMENTOS, sem exceção...

Chorou?
Agradeça!

Sofreu?
Agradeça!

Está sofrendo, está difícil, está pesado?
Agradeça!

Perdeu?
Agradeça!

Simplesmente, agradeça.

Seja grato!

Pois tudo o que vem, é porque tem que vir.
Tudo o que nos acontece, é porque tem que acontecer.
Seja para ganhar ou, no nosso ponto de vista, "perder".

Sabe o que já reparei?
Que quando somos gratos, recebemos o dobro do que se tivéssemos pedido.

Mas, vá com calma...
Não saia agradecendo porque: "Maravilha!!! Vou ganhar em dobro."

Não!

Agradeça de coração!

O resultado do agradecimento, é mais positivo do que do próprio pedido.
Isso porque, quando pedimos, nem sempre sabemos o que, de fato, precisamos.
Tão pouco, o que, realmente, merecemos e precisamos ter.
Passar.
Encarar
Enfrentar e viver.

Sendo "ruim":
Nos vem a força, serenidade para saber e conseguir conduzir da melhor forma.

Sendo bom.
Às vezes, pode vir melhor do que você teria pedido e poderia imaginar.

Por isso, agradeça.
Pois para tudo, há um motivo.
E mesmo que hoje você não entenda, não concorde e não enxergue a razão:

Gratidão!


Renata Galbine!

terça-feira, 12 de junho de 2018

Dia dos Namorados


Um lindo dia para quem namora.
Pois hoje o dia é deles:

Dia dos Namorados!
Dos apaixonados.
Enamorados.

E, sabe...

Namorar não é um status dado apenas para aquele começo de relacionamento, que antecede o noivado e casamento.

Namorar é eterno.
Namorar é a todo momento, desde que você tenha alguém do seu lado que te assuma.

Independente de ser um casal de namorados há pouco tempo ou há alguns anos.
Ou de serem já casados há muitos e muitos anos, cada um com sua bagagem, suas rugas marcando suas expressões e seus cabelos grisalhos.

Namorar está nos detalhes.
Detalhes esses que tínhamos que nos policiar bem mais para não serem perdidos pelo tempo.
No decorrer do caminho.

Pena que muitos se esquecem deles.
Se distraem deles.
Até desaprendem a praticá-los de tanto que vão sendo deixados de lado.

Detalhes, muitas vezes, tão simples.
Mas tão expressivos e significativos.

Namorar é levar café da manhã na cama.
Namorar é almoçar com a televisão desligada e uma conversa, entre os dois, interligada.
Namorar é jantar sem celular e poder perguntar, compartilhar e escutar como foi o dia do outro.
Namorar é andar de mãos dadas.
Namorar é tirar fotos engraçadas.
Namorar é surpreender com um chocolate.
Um bom-bom, num dia qualquer, sem ser necessário datas específicas
Namorar é carinho, é zelo, preocupação.
Namorar é liberdade, é confiança.
Namorar é parceria, cumplicidade, companheirismo.
Namorar é sair por aí, viajar, mesmo que sem destino.

Muitos relacionamentos; Namoros, Casamentos; se esvaem, por isso.
Porque os gestos mais significativos vão ficando pelo caminho.
E, quando você se dá conta, é tarde demais.
Ficou lá pra trás.
Muitas vezes, não tem como voltar, fazer diferente, tentar recuperar.

Namorar é se entregar.
Ter entrega e ter troca.

Namorar é a liberdade de estar ali, exatamente aonde você quer estar.
Ao contrário, é relacionamento falido, é sofrimento, é tempo perdido.

Namorar é receber um beijo na testa em forma de carinho.
Namorar é, estar "horrorosa" e, ainda assim, ele te achar linda.
Namorar é ganhar uma flor no começo do dia.
Namorar é entender o tempo dele, o jeito dele.
Namorar é presentear sem ser necessário datas específicas.
Namorar é sair pra jantar.
Namorar é fazer programas juntos.

Namorar é estar, de fato, juntos.
Não só de corpo.
Mas de mente.
Alma.
E coração.

Pra você que namora desse jeitinho assim...
Bem completo.
Singelo.
Sincero.
Repleto de pequenos e significativos detalhes.

Dividindo momentos, pensamentos, sentimentos.
Sempre ali.
Lado a lado.
Sempre por perto.

Pra você que está namorando.
Pra você que está em um noivado, em um casamento, mas, ainda assim, não deixam de ser eternos namorados:

Feliz Dia dos Namorados!


Renata Galbine!

quinta-feira, 7 de junho de 2018

Saudade Petulante


Sentimentozinho sem vergonha...

Alguém me diz quem inventou essa tal de "Saudade"?

Dizem que em algumas línguas, isso é, em outros Países, essa palavra nem se quer existe.
Simplesmente, não faz parte do Dicionário.

E como ela se atreve a fazer parte dos nossos Dicionários?

E mais...
Se apossar de nós com tanta força e profundidade?

Abusada essa tal de saudade.
Se entrou em nossos Dicionários, imagina o que não faz dentro de nós?

Quem ela pensa que é?!

E é tão abusada que a gente não pode tocar.
Não tem como pegar.

Às vezes, é difícil até explicar.
Mensurar o tamanho dela.

Não bastando tudo isso.
Têm os sintomas...

Ela se apossa do peito.
E o peito fica apertado, agoniado.
Pequenininho.

E dói.
Dependendo da proporção, dói tanto que te arranca até lágrimas.

E o mais intrigante, é que não termina aí.
Ela é tão petulante que vem.
Se apossa.
Te maltrata.
Faz doer.
Às vezes, parece até que você não vai aguentar.
E não existe remédio para aliviar.

Não adianta ir a nenhuma farmácia que existir.
Não adianta chegar lá e pedir:
- "Oi! Eu quero um remédio pra curar a dor da saudade!"

De você vão apenas rir.
E ela, sendo tão abusada, é capaz que ria de você também.

E aí quando a saudade vem.
Não tem mesmo como pegar, tocar.
Nem mesmo tentar mudar de lugar.

O negócio é sentir.
Se tiver vontade: Chorar.
E tentar se distrair.

O curioso é que ela é tão maluca que quando você menos se der conta.
Depois que ela, praticamente, te desmonta.

Foi-se a saudade.

Quem sabe bater em outra porta a fazer afronta?!


Renata Galbine!

segunda-feira, 4 de junho de 2018

Reencontro com nós mesmos


Há momentos na vida que precisamos parar.

Realmente: Parar!

Há momentos que precisamos calar.
Tapar os ouvidos para o mundo lá fora.
E, às vezes, até para o mundo a nossa volta.

Se isolar.
Silenciar!

Há momentos que precisamos escutar.
Mas escutar a nós mesmos.
Escutar lá dentro.
Bem no fundo do peito.

Onde, por tantas vezes, ou por tanto tempo, sufocamos, ignoramos.
Ou nem notamos.

E quando nos damos conta, nos deparamos com uma bagunça sem tamanho.
Parece estar tudo de ponta-cabeça.
De pernas para o ar.

Bagunça sentimental.
Emocional.
Racional.
Material.

"Onde estou?"
"Quem sou?"
"Pra que lado vou?"

"Em que posso ajudar?"
"O que faço para melhorar?"
"O que verdadeiramente é amar?"

"Quem são meus amigos?"
"Quem está, realmente, comigo?"
"Com quem, de fato, posso contar?"

"O que é correspondido?"
"De que vale o subentendido?"

"Tem alguém aí que possa me escutar?"

Preferi dizer pra mim mesma.

Dizer.
Pensar.
Analisar.
Relembrar.
Avaliar.

E, então, tantas coisas começam a virem a tona.

Que zona!!!

Vem a tona tantas perdas.
A gente se pergunta quais serão as próximas conquistas pra "enganar" tantos vazios.

Vem a tona como gavetas reviradas.
Uma casa abandonada com mil coisas encaixotadas, guardadas, empoeiradas, abandonadas.

Você se isola, se cala.
Mas dentro de você o pensamento não para.

Quase como um inferno astral, como dizem.
Ou pior.

Sem emitir uma palavra a sua mente fala.
Grita dentro de você.
Pra você.
E até mesmo para o mundo, sem que ninguém possa perceber.

Até porque, ninguém jamais seria capaz de compreender.

Você mal sabe por onde começar.
A única coisa que sabe, é que tem que tentar.

Mas como?
Nem suas forças você sabe aonde está.

Lamenta pelo que perdeu.
Lamenta por tudo o que gostaria, mas ainda não conquistou.

Ainda assim...
Em cima de dores e destroços.
Agradece por tudo o que viveu e ganhou.

E vai tentando.
Pouco a pouco.
Dia após dia.

Organizar as gavetas.
Empilhar o que é válido em suas prateleiras.
Tomar coragem de abrir tantas e tantas caixas sem saber ao certo com o que vai se deparar.
O que vai precisar descartar.
O que ainda dá para salvar.

Mas o mais difícil de tudo, não é nada disso.

O mais difícil está em si mesmo.
Se reorganizar.
Se entender.

E, acima disso:

Se reencontrar.

Pra se refazer!

E como é difícil se refazer.
Uma briga com você, contra você mesmo.
Os pensamentos estão completamente fora de órbita.

Mas enquanto a gente não se reencontrar, não saberemos...

Não saberemos a peça de roupa que não vamos mais vestir.
O livro que podemos doar.
O calçado que não vamos mais usar.

O amor que vale a pena esperar.
Bem como, o amor que devemos deixar voar.

Situações nas quais nos cabem desistir.
Tentar ou Insistir.

O que merece ficar.
O que só vai nos machucar.

Histórias que valem investir.
Pessoas que o melhor é deixarmos ir.

O que é necessário lutar.
Onde preciso mudar e o que vou fazer para conseguir.

Enquanto a gente não se reencontrar com nós mesmos.
Não vamos encontrar o melhor caminho a seguir.

Vamos nos manter perdidos.
Sofridos.
Oprimidos.
Calados.
Sufocados.
E estagnados em nossos próprios questionamentos, dúvidas e fardos!


Renata Galbine!