Amizade Genuína

Conforme vamos vivendo e passando por determinadas situações, vamos colocando alguns pensamentos no lugar.

Nunca tive o costume de ficar verbalizando aos meus amigos e familiares: "Eu te amo".
Mas isso, de forma alguma, tem a ver com o fato de eu não amá-los.

Nunca fui muito fã de chamar minhas amigas de: "Amiga" e/ou qualquer outra palavra do tipo, dessas que as meninas costumam usar.
Eu, inclusive, detesto. Mas isso, é coisa minha. Cada um com seus gostos e manias.

Nunca fui de ficar grudada demais, dessas que conversam da hora que acordam, até a hora que vão dormir.
Ou também dessas que uma vai na casa da outra quase todos os dias.
E aos finais de semana, dormem na casa da amiga. Enfim!

Eu nunca fui desse tipo.

E hoje, com quase trinta anos, tenho analisado muito tudo isso.
Não de forma que eu julgue quem faça.
Mas de forma que eu afirme que isso nem sempre quer dizer muita coisa.

Pelo menos, não no meu ciclo de amigos e "amigos".

Pare alguns minutos, pensa, reflita e analisa.

Quem você considera ter verdadeiramente uma amizade?

Não estou dizendo de quantidade.
Mas quero que pare e pense nas qualidades.

Vou dizer por mim:

Dos melhores amigos que posso dizer que tenho.
E sei que são.

Dos melhores amigos que conto.
E nunca me deixaram na mão.

Dos melhores amigos que levo pra vida.
E carrego no meu coração.

São os que, poucas vezes, disseram que me amam.
São os que, raramente, dizem que estão com saudades.
São os que nunca ficam no: "Vamos marcar, "Vamos nos ver", "Quando vai aparecer?" e blá blá blá blá.
São os de menos "mimimi".

Amigo não precisa verbalizar que te ama.
Ele precisa, acima de tudo, mostrar o quanto você é especial pra ele.
E não existe maneira mais clara e genuína do que suas próprias atitudes.

O amor, pra mim, é isso.
Vai além de duas palavras e sete letras (eu te amo).

O amigo que te ama, te olha nos olhos, te abraça, te ampara.
Te escuta.
Te aconselha.
E também se abre e fala.

Atende aquela ligação desesperada no meio da madrugada.
Escuta você chorar, xingar, simplesmente, pra te deixar desabafar.
E mesmo que ele não tenha nada pra falar, diz qualquer coisa pra te fazer parar de chorar.
E sorrir.

Te hospeda com alegria e te recebe de braços abertos o momento em que você precisar.
Fica com você por horas e horas, conversando sobre tudo, inclusive, nada com nada.

Se lembra de você em momentos que, para outros, passariam desapercebido.
Nem que seja, em segundos, passando de carro por uma rua qualquer.
Quando toca aquela música que você mais gosta.
Quando bate o olho em uma vitrine.
Ou seja o que for.

Amigo te empresta um casaco numa tarde fria, porque não permite que você passe frio até chegar em casa.
Amigo coloca um pacote de bolacha na sua bolsa e, quando você vai embora, pergunta se você já olhou e encontrou alguma coisa.

Amigo, são gestos.
Atitudes.
Nem sempre palavras.

Amigo, sabe de você sem que você precise contar.
Amigo, é um gostar sem que você precise sempre falar.
Porque o que mais conta, é demonstrar.

Passe o tempo que passar.
Você sabe.
Sem sombra de dúvidas.
Que ele estará lá.


Renata Galbine!

Me Faz Entender

Agora tô eu aqui...

Me remoendo.
Te analisando.

Me perguntando.
Te observando.

Me questionando.
Como se fosse conseguir acabar adivinhando.

O que tá se passando aí dentro?
Quais são os seus planos?

O que você pretende?
O que você está pensando?

O que tem na sua mente?
O que você sentiu e sente?

Não mente.
Me conta.

Não esconda.
Me deixa saber.

Eu quero entender como foi pra você.
Eu preciso saber o que pretende fazer.

Se for seguir e me esquecer,
Não deixa subentendido.
Me fala.
Eu mereço saber.

Se pra você tanto faz.
Eu ficar ou me deixar pra trás.

Se pra você tanto fez.
O que não deu certo.
E o que não mais vai ser.

Se pra você não vai fazer diferença.
Me ter por perto ou lidar mais uma vez com a minha ausência.

Me deixa saber.
Me faz entender o que significou pra você.

Me conta.
Não esconda.

Me fala o que passou na sua mente quando me encontrou.
Me diz o que sentiu quando me abraçou.
Confessa como foi quando me beijou.

Não me deixa partir de novo.
Eu quero ficar.
Mas se não me fizer entender.
Vou ter que voar.

Voar pra longe.
Voltar para aquele lugar tão distante.
Distante de você.
Até mesmo de mim.

Distante de nós.
De tudo o que poderíamos viver.

E eu quero ficar.
Não quero esquecer!


Renata Galbine!

Feliz Dia Do Amigo

Engraçado...

Hoje eu acordei com vontade de fazer um texto referente a amizade.
E depois de acordar, começar a olhar as minhas novas mensagens, vi que hoje é Dia do Amigo.
Recebi vários cartões referentes a isso e algumas mensagens pessoais de pessoas especiais.

Então eu acho que, realmente, hoje eu tenho que falar sobre isso.

Que delícia é uma amizade.
Que delícia é a reciprocidade.
Que delícia é a verdade, a sinceridade, a troca.

E amizade é isso.
Até muito mais do que isso.

Nós não conhecemos um amigo.
Nós o reconhecemos.

No começo, podemos até pensar que é.
Mas, com o tempo, os gestos e atitudes, vão nos mostrar se, realmente, são.

Amigo é coisa de alma e coração.
Amigo é o mais puro carinho.
Amigo é sentimento e compaixão.
Amigo é respeito.
Amigo é estar junto, mesmo estando longe.
Amigo é boca, mas, principalmente, ouvidos.
Amigo é abraço nos dias felizes.
Amigo é colo nos dias mais difíceis.

Amigo não inveja.
Torce por você, como se fosse pra ele.

Amigo não vira as costas.
Pois carrega sua dor, como se fosse a dele.

Amigo não tem hora, nem lugar.
A hora que você precisar, ele estará lá para te escutar.
E tentar te ajudar, como se o problema fosse dele.

Amigo quer te ver feliz.

Amigo se alegra com sua alegria.
Comemora a cada vitória.
Compartilha com você cada história.

Amigo sabe e sente de longe quando você não está bem.
Sem que precise perguntar.
Sem que você precise falar.

Amigo aceita você como é.
Compreende seu jeito de ser.

Para um amigo, não existe tempo.
Não existe distância.
Existe apenas a amizade.
Que, quando sincera.
Podemos estar em outra cidade,
Estado,
Planeta,
Ou Universo.
Que ela não vai deixar de existir.

Amigo é aquele que não importa o tempo que você precise estar distante.
A amizade sempre se fará presente.
O carinho nunca se fará ausente.
E a troca sempre será frequente.

Uma palavra.
Um olhar.
Um abraço.
Um gesto.
Uma ligação.
Uma mensagem.
Um passeio.
Uma tarde.
Um final de semana.
Uma orientação.
Uma bronca.
Um carinho, vindo de um amigo,
É difícil de explicar,
Impossível comparar e descrever

São gestos que valem uma vida.
É impossível se desfazer,
Se esquecer.
E deixar de ter.

Amigos valem mais do que diamantes.
Amigos curam mais do que remédio.
Por isso, valorize com eles cada instante!


Renata Galbine!

A Dançarina Sai De Cena

E então a Dançarina sai de cena.

Desce do palco.
Fecha as cortinas.
Apaga as luzes e segue.

Segue em busca de paz.
Segue em busca de amor.
Segue em busca de bons momentos, se possível for.

Ela precisa respirar.
Se refazer.
Se reencontrar.
Ela precisa se reinventar.

Se reencontrar com seu passado.
Falar do seu presente.
Que está tão bagunçado dentro da sua mente.

Ela quer rever amigos.
Parentes.
Reencontrar aquele amor antigo.

Abraçar cada um deles.
Sentí-los.

Sentir no abraço e no olhar.
Descobrir o que mudou no decorrer desse tempo.
E o que permaneceu com o passar dele.

Ouvir histórias.
Contar as suas.
De tantas coisas que viveu até aqui.

Refazer seu íntimo.
Seu ego.
Sua auto estima.

Se colocar pra cima.
Sair da rotina.

Deixar a realidade um pouco de lado.
E os problemas um pouco pra trás.

Matar a saudade.
Que tá transbordando.
Sufocando.
Apertando o peito.

Dançar em total descompasso.
Sem se preocupar com cada passo.

Sentir em cada abraço.
O reencontro de cada laço.
O arrepio de cada passo que a aproxima daqueles que a amam e que nela a saudade insiste em maltratar.


Renata Galbine​!

Por Que Insistimos Em Tentar?

Quando você nota que não fará diferença.
Quando você nota que não sentirão a sua ausência.
Quando você nota que não fazem mais questão da sua presença.

Para que continuar?

Se tudo é óbvio e tão claro.
Se tudo já foi tentado e falado.

Por que ainda tentar?

Se você não é mais bem recebido.
Se você se retirar e ser um ato desapercebido.

Não tem mais o por que continuar.

Se tudo se faz tão evidente:
Por que insistimos em tentar?

Por que desmerecemos o nosso valor?
Deixando de viver algo muito mais surpreendente.

Alguém já te disse hoje o quanto você é importante?

Porque você é.
Porque todos nós somos.

Cada um do seu jeito.
Cada um a sua maneira.

Alguém já enfatizou o seu valor?

Já questionaram os seus defeitos.
Eu sei que já.

Já ressaltaram as suas qualidades?

Mas, acima disso:
Por que você não se valoriza?
Por que você não se prioriza?

Passa por cima do que te inferioriza.
Mostra que você é muito maior do que qualquer coisa que te descrimina.

Somos maiores do que pensamos.
Somos melhores do que achamos.

Mas nos diminuímos quando insistimos em algo que sentimos.
Mas que não podemos viver.
Porque, muitas vezes, nem é pra ser.
E a gente se nega em aceitar e perceber.

Para de insistir em se diminuir.

Vire a página.
Se refaça.
Se desfaça.
E trate de seguir!


Renata Galbine!

Você, Pra Mim, É Dança

Ah, Garoto...
Você, pra mim, é como a dança.

Cada passo que você dá, me encanta.
Ainda mais quando vem em direção a mim.

Você vem chegando assim...
Devagarinho.
Com esse jeitinho de quem não quer nada.
E me deixa hipnotizada.

Quando se aproxima, me arrepia.
Ainda mais quando chega no meu pescoço e suspira.

Ah, garoto...
Assim a minha mente pira!

Você fala que sou eu.
Que é o meu.
Mas é o teu olhar que me contagia.
Me instiga.
Diz tudo sem que você me diga.

Através dele, vejo o que sente.
Através dele, descubro o que quer.
Através dele, entendo que é a mim que você quer.

E eu te quero!
Sem essa camiseta branca e esse boné.

Como gancho no samba.
E aquele rastapé.
Juntinho.
Coladinho.
Ou sem precisar ficar de pé.

Quem sabe até no estilo Hip Hop.
Sei que você não é chegado a Pagode.
Tão pouco a Axé.

Você quer me enlouquecer.
Só pode!

Avança.
Desencana.
Me joga na cama.

Sem mais nenhum passo.
Sem descompasso.
Destemperado.
Expirado.
Excitado.
Descarado.

Eu quero você assim!


Renata Galbine!

Sendo Quem Sou

Passei muitos anos da minha vida:
Sobrevivendo.

Sobrevivendo a dor.
Sobrevivendo a dificuldade.
Sobrevivendo a saúde.
Sobrevivendo a minha realidade.

E sobrevivi!

Superei.
Por diversas vezes nessa mesma vida:
Renasci.

Por tudo o que passei e sofri.
Por cada lágrima que derrubei e consegui voltar a sorrir.
E, justamente, por ter chegado até aqui.
É que transformei o meu modo de agir.

Não foi premeditado.
Pensado, planejado.

Depois de tanto sofrer,
Foi, naturalmente, mudado.

Passei a seguir diferente.

Sendo quem sou hoje.
Com meu jeito.
Acertos e Defeitos.

A essência não mudou.
Mas vou vivendo a minha maneira.
A meu modo.
No meu tempo.
Do meu jeito.

Tentando não me preocupar se vou agradar.
O que vão pensar.
Se vão se orgulhar.
Ou, talvez, reprovar.

Me preocupando apenas em me superar.
Em evoluir e conquistar.
Percorrendo o meu caminho.

Respeitando a minha história.
Entendendo limitações.
Virando as costas para o medo.
Enfrentando a vontade de fazer.
Mesmo que me resulte em erro.

Superando os meus limites.
Respeitando o meu tempo.
Reparando os meus defeitos.
Encarando a realidade.
Por mais que eu não saiba, não vislumbre, nem enxergue o que me espera de verdade.

E sigo tentando.
Insistindo.
Vivendo.
Me permitindo.

Não desistindo.
De ser assim.
Exatamente como sou.
Vivendo e seguindo.
Sendo quem sou!


Renata Galbine!

Você Pensou Errado

Ah, Meu Bem...

Você pensou que eu ficaria aqui te esperando?
Esperando quando pudesse vir.
Esperando quando eu pudesse ir.

E, nesse meio tempo, não iria me permitir.
Iria me anular, deixar de viver, até a hora de você partir?

Que outras bocas eu não iria beijar.
Que outros corpos eu não iria descobrir.
Que outros momentos não iriam surgir.
Só pelo fato de você existir?

Você pensou que eu ficaria aqui?
Mesmo sem você poder me assumir.
Te esperar, enquanto você estivesse por aí?
Com sua vida, sem que pudesse me incluir.

Me fiz inteira pra você.
Somente o resto eu podia ter.

Me dei completa pra você.
Somente o incerto podíamos viver.

Me dei inteira pra você.
Somente um pouco podia me oferecer.

Não cobrava mais do que isso.
Pois sabia que eu não poderia ter.

Mas eu tinha o direito de toda a vida lá fora.
Ao contrário de você.

Eu fui sincera.
Mas quer saber?!

Eu não perdi.
Pois nunca tive.

Eu não sei exatamente o que te incomodou.
E, talvez, nunca vou saber.

Talvez tenha sido o fato de você ter percebido que eu sou de quem eu quiser ser.
Talvez tenha sido o fato de você ter percebido que eu estava apaixonada por você.
Talvez tenha sido o incompreendido que me fez dar um tapa em você.

Deixa estar.
Vai viver.
Tentar me esquecer.
E eu o mesmo com você.

Vou sempre lembrar.
Só não dá pra viver o que não se pode ter.


Renata Galbine!

Hoje A Saudade Acordou Em Mim

Ah, meu menino...

É que hoje acordei com saudade de você.
A saudade é tanta que o peito chega arder.
Não estou conseguindo segurar as lágrimas.
É vontade de te ver.

Faz pouco tempo.
Tão pouco ainda.
Acho que, por conta disso, parece ainda estar na minha rotina.

É como se eu te escutasse andar.
É como se eu fosse olhar do lado e pudesse te olhar.
Me olhando.
Dormindo.
Acordando.

Essa noite, encontrei sua coleira.
Estava "jogada" num canto, em cima da mesa.
E ao ouvir aquele pequeno sininho, fechei os olhos.
Como se eu pudesse ver você se aproximando de mansinho.

Mas não pude!

Me desculpe.
Então chorei.
Não tive como conter cada lágrima que escorria expressando tamanha agonia.

Por mais que pareça.
E, por ora, me esqueça.
Você não está mais aqui.

Me lembro do nosso último beijinho de esquimó.
Jamais poderia imaginar que seria o último.

Assim como seriam os últimos aqueles minutos que ficou no meu colo.

Ah, se eu pudesse voltar no tempo...
Só pra poder sentir seu calor.
E olhar teu olhar tão sereno, regado de amor.

Que falta você tem me feito.
Que vazio carrego no peito.

Eu me distraio.
Me engano.
Com a ideia de me ocupar.

Só pra esquecer.
Não perceber.
Nem sentir que não está mais aqui.

Só pra não pensar.
Que não vou mais poder te carregar.
Te beijar.
Te olhar.
Que não vai mais voltar.

Meu Menino...
Que falta tem me feito aqui.
Hoje a saudade acordou em mim.
Queria voltar a dormir.
Depois acordar e me deparar com você de novo aqui!


Renata Galbine!

Conversa Com Deus

É que hoje eu quero falar com Deus.

Falar com Ele.
Escrever pra Ele.
Me expressar a Ele.

Agradecer por cada dia.
Agradecer por cada conquista.
Agradecer por cada superação.

Agradecer por não desistir de mim.
Mesmo quando eu quero desistir de tudo, me sentindo sem rumo e sem chão.

Quando estou me sentindo perdida,
Por me amparar, me mostrar o melhor caminho e direção.

Por me guiar pelas mais acertadas decisões.
Permitindo que eu aprenda, amadureça e evolua a cada dia.

Por me fazer sentir mais próxima a Ele.
De forma espontânea, leve e sincera.

Por me oferecer cada oportunidade que me é dada.
Por me mostrar sempre que, para cada fim, há um recomeço.
Por me dar as mãos, sem que eu veja, mas sinta e, notoriamente, perceba.

Por ser Pai;
Amigo;
Ouvinte;
Confidente.


Por ser Luz;
Por ser Guia;
Por ser Paz;
Por ser Sabedoria.


Por ser brisa;
Por ser ar;
Por ser mar;
Por ser cada detalhe que nos cerca.


Por nos amar.

Imensurável e incomparavelmente.
Independente do que façamos.
Onde pecamos.
E o quanto erramos.

Por nos ensinar a não errar.
Como acertar.
O que buscar.
Como superar.
A que conquistar.
A esperar.

A compreender.
A fazer.
E receber.
A seguir.
Se levantar.
Viver.

E amar.
Amar sempre.
Amar muito.
Amar verdadeiramente.
E intensamente.

Somente agradecer.
Por tudo isso.
E muito além disso que eu nem sou capaz de escrever.
Expressar e dizer.

Cabe a mim, somente tentar fazer e ser melhor a cada dia.
Com seu amparo.
Abraço de Pai.
Proteção divina.
Luz que contagia a quem é capaz de perceber.
E receber.

Agradecer!


Renata Galbine!

A Culpa É Nossa

Aprenda:

A culpa não é do outro.
A culpa é sua!

Talvez, não, inteiramente, sua.
Mas, sem dúvidas, primeiramente, sua.

Ninguém te obriga a nada.

Ninguém te obriga a fazer.
Escolher, errar.
Optar por um caminho e depois querer voltar.

A decisão sempre será tomada por nós.

Pode até ser induzida, atraída, conduzida pelo outro.
Mas somos nós quem decidimos e direcionamos o que escolhemos viver.

Não adianta viver e gozar de algo hoje que, lá na frente, quando acabar, culpemos o outro.

Não damos o mérito na alegria.
Mas jogamos a culpa na frustração.

A culpa é nossa por confiar.
A culpa é nossa por acreditar.
A culpa é nossa por se entregar.
A culpa é nossa por esperar.

Por esperar o que faríamos.
Por achar que serão o que seríamos.

Nós é quem confiamos sem poder.
Nós é quem nos entregamos sem dever.

Nós é quem esperamos o incerto.
E, muitas vezes, acabamos fazendo o incorreto.
Nós é quem depositamos demais naquilo que a gente cria.
Mas, nem sempre, é.

Nós.
Somos nós!

Entramos em histórias por impulso.
Pensamos no agora, ignorando o depois.
A gente quer pagar pra ver.
A gente quer ver o que vai acontecer.

E acontece.
Acontece o que tem que acontecer.
Como tem que ser.

E quando acaba não adianta a gente querer culpar.
Se quer saber, nem a nós mesmos.
Porque somos donos das nossas vidas e escolhas.
E temos direito de tentar.

A vida está aí pra ser vivida.
Acertada, errada.
E quando errada, aprendida.
Corrigida.

E eu aprendi que, se eu fiz, foi porque eu quis.
Se eu vivi, foi porque eu escolhi.
E se acabou, não é porque não deu certo.
É porque no caminho, em algum momento tudo se fez deserto.
Tomando um rumo que, de certo, tinha que ser.

E se acabou, ninguém mais do que eu: Aprendeu.
E, por fim, eu sempre vou dizer que valeu!


Renata Galbine!

Suas Costas...

Pele fina.
Toque suave.

Pele branca.
Olhar sacana.

Ela de bruços.
Comigo na cama.

Pele macia.
Moça cheirosa.

Cabelo sedoso.
Jogado nas costas.

Pele tão branca.
Um pouco rosada.

Moça tão linda.
Toda tatuada.

Sua pele marcada.
Merece ser tocada.

E sentida.
Beijada.
Acariciada.

Com toques leves, feito brisa do mar.
Que nos toca o rosto, a nos inundar.
Transbordando a alma de bem estar e prazer.

Moça, menina.
Que vontade de você.

Menina, mulher.
Da pele marcada.
Olhos bem claros.
Toda educada.

Te pego de jeito.
Te sinto,
Te deito.

Entregue-se a mim.

Menina fogosa.
Foi pelas suas costas
Tão branca e suave.
Beijando de leve.
Que me excitou assim.

Mulher perigosa.
De pele cheirosa.
Libidinosa.
Charmosa.
E sacana.
Tomou conta de mim!


Renata Galbine!
(Part.: Guilherme Tiné)

Aqui Se Faz, Aqui Se Paga

Eu não estou sofrendo.

Confesso:
Sofri.
Chorei.
Por dentro te xinguei.

Mas passou.

Sempre soube do meu erro.
Sempre tive consciência do que eu não devia fazer.
E o que poderia acontecer.
Mas, ainda assim, fiz.
Optei por viver.

Brinquei com fogo com você.
E gostei.
Ah. Como eu gostei.

Mas me queimei.
É claro que me queimei.

Como poderia ser diferente?!
O resultado de uma história tão incoerente.
Fazíamos dela latente.
Mas a todo momento, éramos cientes do quanto estávamos sendo inconsequentes.

Passou.
Finalmente, acabou.
A você devo agradecer.
Reconheci o meu valor.

É claro que o final seria trágico.
E eu acordaria para realidade de cada momento mágico.

Só ela saiu enganada.
Mas eu fui quem saí machucada.

Mas dessa história, aprendi algo e te digo:
- Aqui se faz, aqui se paga.

Ah. E respondendo a sua pergunta:
Se isso é uma ameaça?!
- Entenda como quiser!


Renata Galbine!

Obrigada Por Me Mostrar Quem Sou

Obrigada!

Te agradeço.
Mesmo que não escute.
Não mais me veja.
Nunca saiba.
Tão pouco, leia.

Obrigada por me mostrar o meu valor.
Obrigada por me fazer enxergar que mereço amor.

Obrigada por explanar quem, realmente, é.
Obrigada por me fazer notar quem, realmente, sou.

Obrigada por me mostrar que sou dignidade.
E que, embora erre, não sou só insanidade.

Obrigada por me fazer entender que mereço mais.
Obrigada por me mostrar do que é capaz.

Obrigada por me acordar das noites de prazer.
Obrigada por me mostrar que preciso esquecer.

Obrigada por escancarar que prefere a vulgaridade.
Obrigada por me acordar dessa fatalidade.

Obrigada por me mostrar que, pra você, valor não vale a pena.
Obrigada por deixar claro que o baixo é o que compensa.

Foi, justamente, me expondo.
Me desmerecendo.
Se desfazendo.

De tudo que sou.
Que fui.
E que fiz.

Que me fez enxergar.
Entender.
E perceber.

O tamanho que sou.
O valor que tenho.

O que mereço ter.
Receber.
E viver.

É algo que vai muito além de você.
Do que seja capaz de enxergar e reconhecer.
Do que possa querer e também merecer.

Obrigada por me mostrar o pouco que é.
E o tanto que fui pra você!


Renata Galbine!

Dialogo: Mãe x Filha

_Escreve que passa.

- Não consigo, mãe.

_Expressa em palavras.

- Não sai nada, mãe.

- Tá doendo.

_Chora que alivia.

- A lágrima não cai.

_Não fica assim.

- Tô tentando, mãe.

- Não precisava ser desse jeito.

_De algum jeito ia de ser.

Foi livramento.

Logo você consegue esquecer.

- Eu não sei.

_Eu tenho certeza.

_Antes agora, do que pior depois.

Nem foi de todo mau assim.

Você fez duas amigas, disse isso pra mim.

- Sim!

_Aquele rapaz que te chamou pra dançar.
Dançou umas quatro músicas seguidas, até você o dispensar.
- Foi!

_Teve até um dizendo que você se parece com a Luiza Brunet.
- Que inclusive, não tem nada a ver.
_Filha, depende dos olhos de quem vê.
- Pode ser.

_Também não disseram que é encantador te ver dançar?
- Deve ter sido só pra me agradar.

_Não se esqueça que, quando tudo parecia perdido, você encontrou um amigo.
- Encontrei?
_Quando pensou que estava desabando, não foi para o lado de fora e acabou o encontrando?
- Sim. O senhor sentado no banco que comigo ficou conversando.
_E se apaixonando!
- Mãe!

_Nada é por acaso.
Ele te olhou com um olhar humano.
Ao contrário do profano, ele enxergou tua alma.
O oposto do insano, ele te serviu de calma.
E, sem que você pudesse imaginar, estava fazendo alguém se apaixonar.
Vai além do ser mulher.
Ele enxergou o ser humano.
Apesar da decepção, você estava brilhando.

- Mãe.
Te Amo!


Renata Galbine!

O Olhar Que Fala

Quem me conhece, sabe...

Eu gosto de falar.
Gosto de conversar.
Me comunicar.

Gosto de ser escutada.
Mas também, sei escutar.
O que tem sido cada vez mais raro vindo do outro.

Às vezes, me pergunto se o ser humano tem mesmo uma boca e dois ouvidos.
Ouvir não é só escutar.
Ouvir, é sentir o que o outro nos diz.

O fato é que:
Eu não gosto de notar apenas as palavras.
Também não gosto que notem apenas o que eu digo.

Eu gosto de ir além disso.
Eu gosto de notar um olhar.
E não me importo que notem o meu.

Os olhares falam mais do que palavras.
Gosto de observar a particularidade de cada um deles.

Eles dizem muito.
E mesmo que nada seja dito.
Eles dizem tudo.

Não gosto de conversar com quem não me olha nos olhos.
Não gosto de conversar com quem parece que fala com o mundo a volta.
Menos comigo!

Gosto de conversar com quem olha no olho.
Gosto de desvendar um olhar.
Gosto do desafio de tentar desvendar o que ele diz.
E que prazer me dá depois que vejo que o olhar não se contradiz.

Gosto que me encarem.
Isso mostra coragem.
E acima disso: Demonstra verdade.

Admiro um olhar.
É como se eu pudesse ouvir além das palavras.
É como se eu pudesse tocar a alma.

E a alma é clara
A mais cristalina.
Não tem palavras que desminta a alma no olhar.

Eu prefiro a boca que cala.
E o olhar que fala.
Do fundo da alma!


Renata Galbine!