quinta-feira, 29 de novembro de 2018

A Distância é aquela que...


Já notou o quão complexa é a distância?

A distância é aquela que separa você de uma pessoa que tanto gostaria de ver.
A distância é aquela que separa você de um lugar que adoraria conhecer.

A distância é aquela que separa o toque.
Mas não o pensamento.

A distância é aquela que separa momentos.
Mas não sentimentos.

A distância é aquela que desconstrói planos.
Mas não sonhos.

A distância é aquela que pode te impossibilitar de conseguir.
Mas não de tentar.

A complexidade da distância não está apenas nos quilômetros.
Mas em tudo aquilo que ela não pode alcançar.

Podem ser, sim, horas de viagem.
Quilômetros de estrada.

Mas pode ser também poucos passos dentro de uma própria casa, embaixo do mesmo teto.
Pode ser na mesma cama.
Pode ser no trabalho.
Pode até ser em uma cidade vizinha.

Mas é o inalcançável.

O abraço que não se encontra.
O olhar que não se cruza.
A presença que não se tem.
A voz que não se escuta.
A palavra que não se fala.

A distância é aquela que, muitas vezes, adormece e cala.

Renata Galbine!

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Liberta a Liberdade que há em você


Que delícia é o sabor da Liberdade.

Tem um gosto leve.
Ameno.
Suave.

Liberdade de ser quem você é.

Do seu jeito de agir e ser.
A sua maneira.
E sua forma de pensar.

Liberdade de se aceitar como você é.

Liberdade de, em um dia, se maquiar toda, se perfumar, colocar um salto alto e ir.
Mas, no outro, enfiar uma camiseta, um jeans, um tênis e vai.

Liberdade de expressar as suas opiniões.
Liberdade de demonstrar os seus sentimentos.

Liberdade de ter coragem.
Mas coragem de assumir os seus medos.

Liberdade de cantar e escutar a música que você gosta.
Mesmo que para alguém possa ser considerada uma "bosta".

Liberdade de ir a um lugar que estiver com saudade e estiver dentro das possibilidades.

Liberdade de ligar para alguém que está sentindo falta.
Bem como, se alguém te ligar, deixar o telefone tocar quando você sentir que precisa se calar.

Liberdade de ser livre.
Liberdade de carregar apenas o leve.
Liberdade de se sentir solto.

A liberdade, liberta.

Liberta de rejeições.
Medos.
Fantasias.
Sentimentos inexistentes.
Pessoas ausentes.
Preconceitos.
Amarras.
Toda e qualquer perda de tempo.
Tudo aquilo que de nada nos acrescenta.

Porque a Liberdade é rápida.
É voraz.
Ela pensa e logo faz.

Não perde tempo.
Ela corre ao lado do tempo.
Não presa a ele.
Mas ao lado dele.

Solta.
Autêntica.
Transparente.
Independente.

E, feito uma linda borboleta, voa...

Livre e Liberta.


Renata Galbine!

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Sensibilidade Humana


Sensibilidade que aflora.

Me afoga.
Me guia.
E me leva pra outros mundos.
Pensamentos afora.

Pensamentos insanos.
Inúteis.
Profanos.

Pensamentos sinceros.
Singelos.
Belos.

Alguns me prejudicam.

Me cegam.
Me sufocam.
Me amedrontam.
Me adoecem.
Me fragilizam.

Alguns me fortalecem.

Me enriquecem.
Me enobrecem.
Me esclarecem.
Me enaltecem.
Me abastecem.

Mas ser sensível, é nada passar em branco por você.

O que é pequeno, se tornar grande.
O grande se tornar imensurável.

Tudo toma uma proporção maior.

Maior na alegria.
Maior na tristeza.

A dor própria.
A dor do outro.

A felicidade pessoal.
A felicidade interpessoal.

Ser sensível, dói.
Nossa.
Como dói...

O que não é nada para outros.
É muita coisa para quem é sensível.

O que é inviável para tantos.
Não passa invisível por quem é sensível.

A gente sofre por pouco.
E fica feliz por nada.

Não tem como escrever.
Explicar.
Mensurar.

É notar os pequenos detalhes.
É valorizar os menores momentos.
É reparar em cada palavra.
É enxergar cada gesto.

É sentir cada falta.
É reconhecer o excesso.

A sensibilidade é feito um vento forte.
Muito, muito forte.
É aquela sensação dentro do peito que vem.
Chega.
E tira tudo do lugar.

Bagunça.
Desorganiza.

Às vezes, quebra.
E causa grandes prejuízos.

Às vezes, leva.
Lava em lágrimas.
Deixando tudo limpo.

Eu sei que não é fácil ser sensível.
Mas eu também sei que é para poucos tamanha sensibilidade.

Ser sensível, é se sentir e, de fato, ser mais humano.


Renata Galbine!

segunda-feira, 19 de novembro de 2018

Caixinha de Surpresas


Ah, essa vida...

Ela é cheia de graça.

Cheia de truques.
Cheia de passos.
Cheia de passes.

Tudo bem que passamos por muitos tropeços.
Percalços.
Dores.
Quedas.
E metas que nem sempre conseguimos alcançar.

Mas, quando menos podemos esperar.
Tão pouco, imaginar.
Vem ela a nos surpreender.
E, digo até, nos presentear.

Isso porque ela é cheia de mistérios.
De enigmas.
De jogos difíceis de jogar.
Às vezes, só fazemos errar.
Mas, por vezes, passamos a acertar.

E, nesse meio tempo...

Nesse vai e vem de histórias.
Nessas idas e vindas de pessoas.
Nesses tantos acontecimentos que nos deparamos.

A gente se surpreende.

Ela coloca oportunidades no nosso caminho, quando menos esperamos.
Ela coloca pessoas na nossa vida, quando menos imaginamos.

Conquistas que parecem impossíveis.
Pessoas que parecem que nunca mais vamos ver, falar.

E ela, Dona da Verdade e da Razão...
Vem e coloca na nossa mão.
A volta no tempo.
As lembranças do passado.
O que foi vivido e jamais apagado.

E, então...

Você se depara com o hoje.

O presente.
As mudanças.
As histórias.
As conquistas.
As perdas.

O amadurecimento.
O crescimento.

Mas, ainda assim...

Certas coisas não mudam.
Como o carinho e certos sentimentos.

Certas coisas não se apagam.
Como tantas lembranças e pensamentos.

A vida te faz voltar no tempo como se no tempo pudéssemos voltar.
Nos fazendo sentir.
Relembrar.
Reviver em conversas.
E viajar no silêncio dos pensamentos mais barulhentos que ficam na mente te remetendo o passado.

É incrível o quanto a vida corre lá fora...

Na rua.
Na cidade.
Do outro lado da nossa janela.

Mas passado o tempo que for, se voltar, vai se deparar com muita coisa que deixou.
Talvez um pouco empoeirado.
Um pouco apagado.
Mas não esquecido.

Assim é a vida...

Uma eterna Caixinha de Surpresas.


Renata Galbine!

quinta-feira, 15 de novembro de 2018

Escolhas . . .


Apesar de tudo...
Apesar do mundo...
Apesar dos erros...
Apesar dos desacertos...
Apesar de tudo e de todos...

Escolha, plantar o bem.
Escolha, fazer o bem.

Escolha, pensar o bem.
Escolha, falar o bem.

Escolha, falar bem.
Escolha, escolher bem.

Escolha, ajudar.
Escolha, amparar.

Escolha, fortalecer.
Escolha, erguer.

Escolha, lutar.
Escolha, não desistir.

Escolha não temer.
Escolha, insistir.

Escolha, seguir.
Escolha, sorrir.

Escolha, tentar.
Escolha, viver.

Escolha, amar.


Renata Galbine!

segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Paz de Espírito


Temos o costume de querer procurar a tranquilidade em lugares.

Lugares afastado.
No meio do mato.

Lugares aberto.
De frente para o mar.

Lugares calmo.
Com pouco barulho.

Lugares distante.
Longe de tudo.

É uma busca incessante pela paz.

Paz de espírito.
Paz de pensamentos.
Paz no peito.
Paz na alma.

Se isolar pra se escutar.
Pra pensar.
Pra respirar.

É ruim?

Não.
É ótimo.

Mas, muitas vezes, essa busca dura instantes.

Vamos em busca de algo.
Encontramos em algum lugar o que estamos precisando.
Mas depois, quando voltamos para a nossa rotina, nossa realidade, parece que nada daquilo foi vivido e absorvido.

Isso porque a paz não está em nenhum lugar além de dentro de nós.

Ela tem que ser construída em nós.
Para permanecer ali dentro.
E nos acompanhar a todo e qualquer lugar que formos.
Sejam os mais calmos e silenciosos, aos mais agitados e barulhentos.

O barulho pior não está a nossa volta.
A bagunça maior não está a nossa volta.
O caos, a guerra, a correria, a agonia, estão dentro de nós.

Se estamos brandos, conseguimos levar isso para todos os cantos.

Temos que iluminar dentro de nós.
Acalmar.
Serenar.
Organizar.

Clarear tudo o que estiver escuro.

Ser justo.
Ser certo.
Ser amoroso.
Ser honesto.

A paz é consciência.
A que você deita, relaxa e não esquenta.

A paz é amar de coração.
Sem esperar nada em troca, mesmo parecendo que foi em vão.

A paz é fazer. Sair de você.
Independente de que o outro tenha feito, ou não.

A paz é ter fé.
Acreditar. Confiar. Sem questionar.

A paz é auto se conhecer.
Não se auto sabotar.

A paz é saber escutar mais do que falar.

A paz é notar quando alguém precisa de ajuda.
E, se possível, ajudar.

A paz é demonstrar quando precisa ser ajudado, escutado.
E não esperar que as pessoas adivinhem, pois, nem sempre elas serão capazes de notar.

Nenhuma manhã de verão vai se fazer atraente.
Nenhuma tarde de primavera vai se fazer inerente.

A paz é harmonia.
A paz é sentir alegria nas coisas simples.

A paz é não criar expectativas.

A paz é não se apegar a peso e amargura.
Decepção. Frustração.

É relevar.
Tentar entender.
Não ficar procurando respostas.
Mas perceber que, se foi, era pra ser.
Ou não.

Não precisa andar muito pra encontrar a paz.
Ela está mais próxima do que muitos possam imaginar.
Não precisa viajar. Se deslocar.

Basta amar.
Perdoar.
Não cobrar.
Saber escutar.
Acreditar.

Sem precisar ir muito longe.
Para sua Paz de Espírito alcançar.


Renata Galbine!

quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Apesar dos Pesares


Florescendo!

Apesar dos espinhos...
Crescendo.

Apesar das dificuldades...
Vencendo.

Apesar das dores...
Sorrindo.

Apesar dos dias cinzentos...
Brilhando.

Apesar das tempestades...
Secando.

Cada ferida, por cada canto.
No peito, o vazio.
Nos olhos, o pranto.

Apesar das perdas...
Renascendo.

Apesar das frustrações...
Superando.

Apesar dos pesares...

Vivendo!


Renata Galbine!

segunda-feira, 5 de novembro de 2018

O que o Outro pensa de Nós, é problema Dele.


Sabe um dos nossos maiores problemas?

A gente se preocupa demais!!!

Se preocupa demais com o outro.
Se preocupa demais com a sociedade.

Se preocupa com o que o outro vai pensar.
O que podemos fazer para agradar.
Ou não desagradar.

Temos medo, até mesmo, de ofender.

A gente se preocupa de que maneira vamos contar determinada história.
Como aquilo será entendido.
Interpretado.
Denominado.
Concluído.
E até mesmo julgado.

A gente tem medo de falar.
A gente tem medo de se abrir.
A gente tem medo de confiar.

A gente tem medo, muitas vezes, de sermos nós mesmos.

Por que, afinal...
O que o outro vai pensar?

Pensam tantas coisas de nós.

E ainda mais:
Falam tantas coisas da gente.

Muitas das vezes, sem saberem.
Sem terem ideia.
Sem terem noção.
Sem terem percepção.
E muito menos compaixão.

É fácil ACHAR que o outro seja "assim".
É fácil ACHAR que o outro seja "assado".

É fácil falar pelas costas.
Julgar o que não te vem ao caso.
Apontar o que não te desrespeita.

Difícil é SABER quem a pessoa é.
De onde ela veio.
Que peso carrega.
O que ela passou.
O que ela supera.
O que ela enfrentou.
O quanto lutou.

O que passa dia pós dia.
Quais são suas lutas.
Dificuldades.
Adversidades.
Mazelas.

O que ela carrega no peito.
No coração.
Na mente.
Qual é, de fato, a sua verdade.

Difícil é ter a capacidade de conhecer o outro por dentro.
Como ele, verdadeiramente, é.

Difícil conhecer.
Pois muitos nem se dão tal trabalho.

E mais difícil ainda é RECONHECER.
Reconhecer aquele que você aponta diz ser o que você não faz ideia do que, realmente, é!


Renata Galbine!

quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Nostalgia De Infância


Saudade de quando eu era criança...
Uma menininha, sem noção da proporção e imensidão da vida.

Nunca fui aquela criança que tinha sede de crescer e ser "gente grande".

Eu amava ser criança.
Ser pequenininha.
Ser cuidada.
Ser super amparada.
Me sentir amada.

Afinal... Quem não gosta?!

Mas eu, realmente, amava.
Me sentia protegida, invicta de todo e qualquer mal.

Nunca, em hipótese alguma, tive vergonha dos meus pais.
Em nenhuma fase da minha vida.
Muita das vezes se, pelo menos, a minha mãe não fosse a um determinado lugar, eu não iria.

Ela sempre foi o meu colo.
O meu refúgio.
O meu ouvido.
A minha palmada necessária.
O meu cuidado exacerbado.

Saudade de quando eu era criança.
Brincava no parquinho.
Passava um longo tempo no balanço.
E me sentia como se estivesse voando.
Com os meus cabelos ao vento.

Saudade dos doces da cantina.
Saudade da hora do recreio, que eu pulava-corda ou dançava com as meninas.
Saudade da hora de ir embora da escola e poder receber o abraço do meu pai.

Que sempre quis uma menina.
Que deu o meu nome.
Que pegava no meu pé com os erros de Português.
E quase arrancava os cabelos me ensinando Matemática.

Saudade de encarar os problemas mais graves com os meus pais tomando frente de tudo.
Saudade de quando não fazia ideia das maldades do mundo.
Saudade de quando eu pensava que a única preocupação era ir mal na escola.
Saudade de cobrar de mim em tirar a melhor nota em cada prova.

Saudade de quando eu não fazia ideia que o ser humano é tão complexo.
Que a mente e o comportamento humano são tão contraditórios.
E para viver toda e qualquer história, muita das vezes, iremos nos machucar.
Um amigo irá te decepcionar.
Um fato irá te frustrar.
Um amor irá te machucar.

Não existem Príncipes Encantados.
Nem Sapatinho de Cristal.
A realidade é mesmo dura.
E, muitas vezes, te dá rasteira sem te dar sinal.

É um mundo feito do bem e do mal.
E você lida com os dois lados todos os dias, a todo o momento.

Saudade de quando a decepção de uma perda era de algum objeto que estava em meio a bagunça.
E não de um familiar, um amigo, um animal.
Ou até mesmo alguém que esteja vivo, mas é como se tivesse morrido.

Saudade da mente tranquila.
Da falta de preocupações.

Do coração leve.
Sem estar carregado de decepções.

Saudade de quando eu não podia comer algum alimento que me fazia mal.
Ao invés de não ter que engolir o choro por saudade de ficar sem falar com alguém que amo, por orgulho ou medo de errar.

Saudade de brincar no balanço.
Me sentir forte por dar impulso pra ele ir cada vez mais rápido.
Cada vez mais alto.

Eu mal imaginava o quanto é difícil decolar na vida.
Superar obstáculos.
Alcançar conquistas.
Perceber que, no fundo, as pessoas cobram de você mais do que você pode ser.

Muitas coisas podem ter ficado pra trás.
Faz parte do "jogo" da vida.
Mas o que ainda trago comigo e agradeço por isso.
É o meu sorriso mesmo durante a dor de uma agulhada e tantas outras dores camufladas dentro do peito.
É a minha sensibilidade que, muitas vezes, me faz chorar até de madrugada.
É o meu olhar detalhista que nota uma flor pequenina no canteiro.
É saber admirar o pôr-do-sol, o céu estrelado e uma linda noite de luar.
É ter a percepção de quem eu gosto e quero perto de mim, ou não.

Tenho valores tão convictos, que me aliviam o leve vazio em não ser mais criança.
Por ter trazido dentro de mim, de forma tão concreta, pedaços tão significativos e singulares.
Opostos de pensamentos e sentimentos de um mundo tão medíocre e limítrofe.


Renata Galbine!