sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Pôr-do-Sol


Grandioso e tão Sublime.
De imensurável beleza.
Lá do céu ele se exibe.

De tão grandioso e iluminado, muitas vezes, parece até que podemos toca-lo.

Parece pintura.
E quantas são e já foram feitas em telas e papeis.
Artes, tentando demonstrar e expressar tamanha beleza.
Mas nada se exprime.

De cores fortes.
Tons quentes.
Bem como ele.
Que, quando no céu, além de nos iluminar.
Nos aquece.

E quantas vezes, parar de frente a ele, não sentimos somente a pele esquentar.
Mas também a alma aquecer.

Remédio de Deus.
Pintura Divina.

Arte dos céus.
Presente da vida.

Pôr-do-Sol que se põe todo fim de tarde.
Mostrando que mais um dia se foi com suas oportunidades.

Mas ele é tão sublime.
Que se despede em um lindo pôr-do-sol.
E, logo pela manhã, ao raiar do dia, novamente, está ele a nos iluminar.

Em um fim de tarde, quando priorizamos um tempo para admira-lo.
Ao olhar tamanha beleza, nos encantamos
Suspiramos; Choramos; Refletimos; Pensamos; Repensamos.

Nesse momento, admitimos, dentro de nós mesmos, o que está bom, o que há de ruim.
O que fizemos.
O que deixamos de fazer.
Onde erramos.
Onde acertamos.

E quando um novo dia renasce.
Mesmo tão longe de nós, há milhas e milhas de distância.
Ele é capaz de falar, mesmo sem dizer.
Ele é capaz de nos orientar, se tivermos a sensibilidade de ver.

Ali começa um novo dia.
Ele já está lá.
Clareando pra você.
Para que você possa começar, recomeçar
Caminhar e ver as inúmeras possibilidades e oportunidades diante de você.

Mesmo se, durante a noite, for tempestade.
Nada impede de ele, nas primeiras horas do dia, estar iluminando.
Sorrindo pra nós.

E acho que, por essas e outras, que gostamos tanto de sentar e assistir a um Pôr-do-Sol.
Pois é como se, com ele, pudéssemos falar.
Mostrar nossas mazelas.
As nossas sequelas
Aonde está doendo; Sufocando; Apertando no peito.

Como se ele fosse capaz de aliviar.
Amenizar.
Curar.
E é!

Essa energia sublime e tão singular, sem dúvidas, já foi capaz de aliviar muitos corações aflitos.
Mentes confusas.
Peitos em conflitos.
Alma em atrito e sem desalinho.

Pôr-do-Sol que encerra um dia.
Sempre se despede com sua beleza célebre.
Mas deixando um recado que muito se sucede:

- "Agora é a minha hora de repousar.

Seja como eu.
Pois, de fato, não somos diferentes.
Todos temos a hora de começar.
Levantar, sorrir, mesmo querendo chorar.
Encarar o dia.
Enfrentar o mundo.

Eu tenho a hora de me recolher.
Mas amanhã eu volto a te iluminar!"


Renata Galbine!

terça-feira, 28 de agosto de 2018

Lembranças de uma Primavera


Dia desses, passei de carro em frente a uma casa.
De longe, antes de passar por ela, o meu olhar se fixou na entrada dela.
Um arco em flores cercavam o portão de madeira escura.

Eu aprendi e cresci chamando-a de "Primavera".
Com o tempo, até mesmo me mudando de Estado, descobri que ela têm outros nomes.
Como, por exemplo: "Bougainville".
(Levei dias pra aprender a falar. E até hoje não aprendi a escrever. Copiei do Google.)
Depois, pesquisando, descobri que ela é chamada por, pelo menos, mais dez maneiras diferentes.

Porém, é a única.
É ela.
Com essa beleza encantadora.
E incomparável.

Eu sempre gostei.
Sempre admirei.
Desde pequena.

Mas o motivo da escrita, foi a causa da lembrança de quando passei em frente àquela casa.

Ela estava tão linda, tão cheia, tão florida, com uma cor tão viva.
Que mesmo sem fechar os olhos ou estar de frente para a cena, pude vê-la como se estivesse diante de mim.
Como se eu tivesse voltado no lugar e no tempo.

Me lembrei de uma que dei de presente de Dia das Mães para minha mãe.
Me lembro de cada detalhe.
O meu pai me levou em um desses lugares enormes que vendem plantas e tudo para jardim.
Lá, juntos, escolhemos ela.
Um tamanho ideal para plantar.
E a cor que eu mais me encantei.

A minha mãe amou!

O meu pai plantou.
E, dia pós dia, fomos acompanhando o seu crescimento e evolução.
É uma planta bastante forte e resistente, diga-se de passagem.
Ela ornamenta jardins, entradas de casas.
Elas se tornam árvores enormes, mas, raramente, vimos, pois, normalmente, são podadas.

Conclusão...
Logicamente que, com o tempo, ela ficou linda.
No fundo da nossa casa, meus pais fizeram uma Jardineira.
Plantaram-a no canto direito.
E com o tempo ela fez uma copa, tomando todo aquele espaço.

Não tinha quem não gostasse.
Quem não olhasse e não se encantasse.

Voltei naquela época.
Naqueles tantos dias que a olhávamos e nos encantávamos.
E então, por dentro, me perguntei:

- "Será que ela, linda, resistente e bela, dezoito anos depois, ainda está lá?"
- "Como será que está aquela casa?"
- "Será que tem alguém morando por lá?"
- "Será que aquela Jardineira ainda existe?"
- "Será que aquela linda Primavera ainda vive?"

Me fiz mil perguntas em segundos.
Foi impossível não me lembrar.

Voltei no tempo.
Como se no tempo pudesse voltar.

Pensei também o quanto certas coisas, aparentemente, de "menor valor", são as que tem um grande e enorme valor.

Quanto custou aquela muda?
Não me lembro.
Mas é o que, pra minha mãe, podíamos dar.
É o que decidimos juntos, eu e o meu pai, comprar.

Talvez um anel com uma pedra "valiosa" não fosse marcar tanto.
Pois o anel, poderia ficar guardado na gaveta a espera de um "momento especial".
Que, talvez, nunca nem fosse chegar.

Enquanto a "Primavera", estava ali.
Todos os dias para que pudêssemos ver e admirar.
E juntos, podemos acompanhar.

O seu crescimento.
A sua beleza.
A sua essência a nos mostrar a cada dia.

E isso é o que vale.
E isso é o que fica.

Plantar um amor.
Vê-lo germinar, crescer.
Nos alegrarmos em vê-lo florescer.
E nos admirarmos todos os dias pela beleza que tem a nos oferecer.

Talvez, tenham tirado ela da Jardineira.
Talvez, a própria Jardineira tenha sido destruída.
E, de alguma forma e por algum motivo, ela não esteja mais lá.

Mas aqui, dentro de mim, ela sempre vai estar!


Renata Galbine!

sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Sana Beleza


Um lugar tão belo.
Que parece secreto,

- "Eu estou mesmo aqui?"

Todo arborizado.
Clima meio gelado.

Gramado bem verde.
Mas bastante caminho de terra.

É a natureza que impera.
De todas as formas.
Por todos os lados.

É um lugar meio assim...
Mágico!

O cantar dos pássaros.
Diversos cantos.
Uns mais calmos.
Outros mais insanos.

Passarinhos.
Gralhas.
Maritacas.
Tucanos.

Sem contar os macaquinhos.

Cheiro de grama.
De mato.
De vida.

Um verdadeiro remédio natural.

E, conforme você vai andando, uma hora acaba se deparando com uma delas.
Uma de tantas elas...

As Cachoeiras!

Tão lindas.
Tão belas.

Água gelada.
Água cristalina.

Água que corre.
Que leva.

E quando você entra ou se molha dela, parece que ela está levando de você.
Levando todo mal.
Toda doença do corpo ou mental.
Toda dor física ou da alma.
Como se ela fosse capaz de lavar, limpar, purificar.
Tirando todas as mazelas.
Cicatrizes.
Dores.
Mau olhado.
Sentimento inferiorizado.

Te proporcionando uma sensação leve.
De estar livre.
Livre do mal.
Como se o mal nem mesmo existisse.

Paraíso na terra.

A água que te permite ver onde pisa.
Por onde anda.
Te mostra também pedras que brilham.

Pedras lindas.
Jóias raras.
Como se tivessem sido lapidadas.
E foram... Pelas mãos Divina.

Pedras de cores, formatos e tamanhos diversos.
E assim como as conchinhas do mar que você coloca no ouvido e parece poder escutar o barulho das águas.
As Pedras, sempre geladas, quando você pega, ao toca-las, parece sentir toda energia.

Quando você chega naquele lugar.
Quando você pisa.
Parece ter entrado em um outro mundo.

Que bem-estar!

Mundo do bem.
Mundo de paz.
Mundo de cura.
Mundo de amor.

Mundo de encanto.
Mundo de proteção.
Mundo onde o barulho das águas é o soar das batidas do seu coração.
Mundo onde o brilho do céu reflete no seu olhar.
Mundo onde o seu cheiro se torna leve, tanto quanto daquele lugar.
Mundo onde o sorriso sai alegre.
Mundo onde você não olha o relógio e nem vê a hora passar.

Mundo onde você anda querendo estar.
Mundo onde você, antes de se despedir, se despede querendo voltar.

Sana Beleza.

Lugar pra curar.
Sarar.
Aliviar.
Remediar.
Limpar.

Quero sempre voltar lá.

S A N A!


Renata Galbine!

quarta-feira, 22 de agosto de 2018

1 Ano sem Você


Tiba.
Há um ano você partia...

Uma história de quinze anos se rompia, em partes.

Se rompia em vida.
No respirar.
No olhar.
Na presença física.

Nunca pensei que PEDIRIA pra você partir.
Mas o tanto que, dia pós dia, fui te vendo sofrer.
A Deus eu clamei, supliquei e pedi.

Chorei.
Sofri.
E ainda choro.

A sua ausência é certa.
A sua falta se faz presente em muitos momentos.
Até nas horas mais incertas.

Que falta enorme você me faz!

Como era importante a sua companhia.
Não tinha onde eu estivesse dentro de casa que você não estivesse ao meu lado.
Mesmo que no banheiro, na porta, do lado de fora você ficava. E me esperava.

Esse amor incondicional.
Esse amor verdadeiro.
Que não nasce em um dia e, do nada, se desfaz por inteiro.

Esse amor, nasce num olhar.
E vive até o último respirar.

Esse amor que não são necessárias palavras.
Pois é construído e eternizado em gestos verdadeiros.

Você, em mim, ainda vive.

A falta é grande.
A ausência é enorme.
A saudade maior ainda.

Mas a minha gratidão e o meu amor por você, são maiores do que tudo isso.

Obrigada por ter se doado tanto.
E por ter me amado tanto!

Esteja bem!

Eu Te Amo, sabia?!


Renata Galbine!

terça-feira, 21 de agosto de 2018

Disse que...


"Não aprendi dizer adeus.
Mas tenho que aceitar.
Que amores vêm e vão.
Mas deixo você ir.
Se adeus me machucar.
O inverno vai passar."

Disse que me amaria.
Disse que me cuidaria.
Disse que não mais gritaria.
Disse que jamais me abandonaria.
Disse que, se preciso fosse, para que eu não desistisse, imploraria.
Disse que o que viesse você enfrentaria.
Disse que não mentiria.
Disse que tudo me falaria.
Disse que a mim você confiaria.
Disse que tudo me explicaria.
Disse que não me enganaria.
Disse que pela minha cura você lutaria.
Disse que pelo meu sorriso você não desistiria.
Disse que pelo nosso amor você viveria.
Disse que jamais me machucaria.

Só não me disse que o oposto de tudo isso você faria.

Tão pouco que me destruiria!


Renata Galbine!

segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Como as asas de um Beija-Flor


Você já reparou no Beija-Flor?

Eu sempre fui encantada por eles.
Por diversos motivos que, talvez, eu nem consiga enumera-los.

Além de ser uma criação linda e encantadora.
Em cada contorno.
Tamanho do olho.
Visão apurada, a ponto de detectar várias cores.
Plumagens que parecem terem sido pintadas a mão.
De colorações diversas.
Uma língua extensível e bico alongado, para favorecerem na sua alimentação.

E suas asas?
Batem tão rapidamente que só um especialista é capaz de contar a média exatamente.
Parece que é coisa de 70 a 80 vezes por segundo.

É uma alegria quando aparece um visitando o nosso jardim.
Eu, pelo menos, acho.

Ele vem.
Mas tão, rapidamente, ele vai.

Parece fazer tudo rápido, bem como o movimento de suas asas.

Vem.
Se alimenta.
E logo vai embora.

E agora, sim, chegamos aonde eu queria chegar.
O Beija-Flor, apesar de toda a sua beleza e encanto que me transmite.
Me traz também um pensamento.

Tal como o Beija-Flor, penso que temos um sentimento muito semelhante a ele:

A Felicidade!

A Felicidade de tão linda.
De tão bela.
De tão esperada.
De tão única.
De tão singela.

Ela parece demorar tanto a vir.
Ela parece, por vezes, que nunca vai bater a nossa porta a nos visitar.
A nos presentar e nos alegrar.

Mas quando ela vem.

É encanto.
Alegria.
Emoção.

É vontade de viver.
Registrar.
Mostrar.
Contar.
Admirar.
Sentir.

Mas, como num piscar de olhos.
E como nas aceleradas batidas das asas de um beija-flor...
Lá se vai a Felicidade.

Felicidade são lapsos.
Momentos.
Instantes.
Dias; Meses.
Às vezes, Minutos; Segundos.

A gente almeja.
Espera.
Sonha.
Planeja.

Quando ela chega.
Ou nos pega de surpresa e nos deixa atordoados.
Ou é bagunça de alegria, de vivência para todo o lado.

Mas, assim como tudo que é bom na vida.
Igual a um Beija-Flor em nosso jardim.
Quando a felicidade se vai.
Não deixando, necessariamente, a tristeza no lugar.
Mas levando consigo aquele estado de êxtase.

Acaba nos resultando uma nostalgia.
Um sentimento de:
"Como eu queria viver de novo..."; "Poderia ter durado mais um pouco."
Às vezes, num arrependimento de:
"Eu deveria ter aproveitado mais."

Mas, de fato, isso é ilusão.
Muita das vezes, vivemos e aproveitamos tudo o que nos foi dado e permitido.

Mas, seja o que for que a gente possa sentir quando ela, por ora, tiver "partido".

A Felicidade.
Linda, rara, valiosa e esculpida como um Beija-Flor.
Sempre vai deixar a saudade aonde for!


Renata Galbine!

sexta-feira, 17 de agosto de 2018

É Você


É teu cheiro.
É teu toque.
É teu jeito.

Teu olhar.
Teu cuidar.
Teu jeito de se preocupar.

Tua fala.
Tua risada.
Tua gargalhada.

É a porta do carro que abre pra eu entrar.
É o golinho de café na cama na hora que eu acordar.
É a comida do jeito pra me agradar.

São as experiências semelhantes.
São as histórias tão marcantes.

É a vontade de viver e seguir a diante.
É fazer de cada situação a mais marcante.

É só pelo toque e pelo cheiro tornar rapidamente um momento excitante.

É o intenso.
É o incomparável.
É o singular.

Nada se iguala.
Se compara.
Se aproxima.

Não se explica a esse jeito de amar!

Teu abraço que protege.
Teu beijo que me rege.

Nossos corpos que se encaixam.
Nosso cheiro que se trocam e se fixam.

Esses laços tão insanos.
Que parecem tão profanos.
Parecendo vir de outras vidas.

Me pergunto se outras oportunidades já foram perdidas.
Me questiono o que a vida têm às escondidas.

É o meu limão.
A minha Pitanga.
E a minha Tangerina.

É a música.
O toque.
O tom.
E eu a sua dançarina.

São os passeios de carro.
São as voltas de moto.

A sensação de liberdade.
A impressão de verdade.
A troca de cumplicidade.

São tantas coisas em comum.

A música.
O cantor.
A cidade.

O calor.
A alegria.
A ansiedade.

A entrega.
A magia.
A simplicidade.

São tantas coisas em comum.
Que por tantas vezes, parecemos um.

É tua presença.
É teu calor.

É teu olhar.
É teu sabor.

É tua voz.
É você embaixo do lençol e eu do cobertor.

É o assunto interminável.
É essa sintonia incomparável.

São os trinta que conquistaram mais vinte e cinco.
São os cinquenta e cinco que voltaram a se sentir, novamente, um homem.
Um menino.

Garoto.
Maroto.
Canhoto.

Sempre fica todo bobo quando vê o meu sorriso no rosto.

Amor de outras vidas.
Vai ver já foram tantas idas e vindas.

Mas a vida te trouxe.
Me trouxe.
Nos trouxe.

Nos leva.
Nos trás.

Nos guia.

E o que não for nessa.
Será na próxima vida.

Não nos dariam tanto sentimento e intensidade pra viver, resgatar e ter em apenas uma.
Quantas já foram.
Essa está sendo.
Quantas outras, talvez, ainda virão.

E somado a essa legião de sentimentos.

Fazer o que?!

É você!


Renata Galbine!

quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Tempero Dele


- Menina!
Você tem essa mania não sei nem há quanto tempo.
Adora cortar um limão e "lavar" a comida inteira.
Adora espremer o limão, principalmente, no arroz com feijão.

- É verdade! Eu sempre gostei.
Ou melhor, comida sem limão pra mim nunca foi a melhor opção.

- Eu sei disso.
Depois da comida no prato, não pode faltar o limão cortado.

- Não mesmo!!!! - concordou plenamente com sua mãe.

- E por que, com a comida dele, é diferente?
Como você consegue comer se sempre fez tanta questão do limão?

- Ah! Com a comida dele não...

- Por que não?! - indagou a mãe.

- Porque desde quando comi a comida dele pela primeira vez, nunca senti a necessidade de espremer limão em cima dela.

- Jura?
E comia a comida toda?

- Toda!
Deixava o prato, praticamente, limpo pra guardar! - ela abriu um largo sorriso ao afirmar.

- Que loucura!
Mas a comida é tão boa assim?

- Eu gosto!

- Tem gosto de que, assim...
Comida caseira? Comida mineira? - continuou a mãe, tentando entender.

- Ah! É tão gostosa...
Que eu tenho a impressão que, colocando limão, tiraria a graça dela.
O gosto dela.

- Que tempero será que esse homem usa?
Você chegou a ver?
Sabe o nome pra me dizer?
Agora fiquei curiosa! - perguntou sua mãe, ansiosa.

- Nunca vi. Só senti.
E também já ouvi ele dizer.
É um nome pequeno, me lembro. - respondeu com certeza.

- Nossa. Então deve ser fácil de encontrar.

- Não. Não é!

- Não????? - exclamou a mãe, indignada.

- Não! - respondeu a filha, enfática.

- E qual o nome desse tempero então?

- Ele sempre me disse o que colocava quando eu comia, satisfeita, e elogiava.

- E qual o nome???????????????????????

- Amor!


Renata Galbine!

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Em seus Braços


O seu abraço em meus braços.

- "Amor, como não amar quando me abraça?"

Quando me abraça, meu mundo para.
Só sinto você.
Só penso em você.

Quando me abraça mais apertado.
Só sinto os seus batimentos.
Como se os seus fossem os meus.
Batendo na mesma frequência.

Quando me abraça, logo sinto o seu cheiro.
Esse cheiro que fica na minha roupa.
No meu cabelo.

Esse cheiro que, vez em quando, bate um vento e, do nada, eu sinto.
Fico te procurando, como fosse te encontrar.
Como se estivesse por perto a me rodear.

Quando me abraça, me olha nos olhos.
Bem no fundo deles.
Como se, através deles, alcançasse a minha alma.

Quando me abraça, fala com o olhar.
Sem precisar dizer uma palavra, vejo quanto amor tem pra me dar.

Quando me abraça, me diz tantas coisas.

Coisas profundas.
Coisas tão íntimas.
Coisas tão únicas.
Coisas tão nossas.

Coisas impossíveis de esquecer.
Coisas que ficam.
Que marcam.
Registram.

Quando me abraça, me beija na testa.
Me fazendo sorrir.

Quando me abraça, me beija de leve.
Me fazendo levitar.

Quando me abraça, me faz sentir protegida
Sem ter medo de me entregar.

Em seus braços, sinto todo e qualquer mal distante.
Em seus braços, sinto mais latente esse amor constante.
Em seus braços, sinto o quanto nos encaixamos.
Nos adoramos.
Nos entendemos.
Nos amamos.

Quantos sentimentos sublimes eu já senti em seus braços.
Quanta energia você já me transmitiu através do seu abraço.

Ah, o seu abraço...

Eu tão pequena entre seus braços.
Me envolvia por inteira.
Sem esforço e de forma faceira.

Fechei os olhos.
Respirei bem fundo.
E por alguns minutos, parece que viajei em um sonho profundo.

Como se tivesse revivendo tudo isso.
Cada momento.
Cada detalhe.

Pude sentir cada um desses gestos.
Abri os olhos, me deparei com os meus braços vazios.
Imediatamente, senti um calafrio.

Me encolhi.
Novamente, fechei os olhos.
Suspirei.
Como numa tentativa de dispersar os pensamentos que tomaram conta e doíam dentro de mim.

Os seus braços não estavam ali!


Renata Galbine!

domingo, 12 de agosto de 2018

CERTIFICADO. (Sarau em Homenagem ao Dia dos Pais)


Certificado de Participação do Sarau em Homenagem ao Dia dos Pais.

Aos responsáveis pela realização desse Sarau, eu agradeço pelo convite.
Agradeço pela oportunidade de ter participado.
E, acima de tudo, pelo Certificado, no qual guardarei pra sempre com muito carinho e alegria.

Obrigada!!!!


Renata Galbine!

Caloroso Amor (Homenagem ao Dia dos Pais)


Olá a todos!!!

Hoje, mesmo não sendo dia de postagem de Texto, pois as postagens costumam ocorrer no Blog e na página do Facebook todas as Segundas e Quintas-Feiras, porém, em decorrência ao Dia dos Pais, teremos não só uma, mas duas postagens em Homenagem a esse dia.
Tanto um texto, quanto o outro, já foram postados anteriormente aqui no Blog e no Facebook, mas reformulei algumas coisas, pois, com eles, participei de um Sarau em Homenagem ao Dia dos Pais e, nesse Sarau, ganhei um Certificado, registrando esse momento especial.
Espero que gostem dos textos.
Feliz Dia dos Pais, com todo o meu carinho, a todos os Pais!

Segue o Segundo Texto de hoje.



Certo dia, eu vivi uma situação na qual muito me emocionou.

Um Sábado de Inverno.

Dia gelado.
Nublado.
Saí para um compromisso marcado.
E o meu pai me levou.

Antes de descer do carro, agradeci e desci.
Ele já estava manobrando, eu segui caminhando, quando ele buzinou.
Olhei para trás e ele gesticulou:

- "Pegou o casaco?!"

E eu balancei a cabeça, dizendo que sim.
Olhei a minha bolsa, mostrando que estava dentro dela.

Ele fez sinal de "joia" e sorriu alegremente.
Sorri de volta e segui.

Entrei rapidamente, pois estava em cima da hora.
Mas depois que cheguei, sentei, respirei.
Comecei a refletir sobre aquele pequeno momento de significado tão amplo e profundo.

A preocupação de um pai.
O amor em gestos.
As mais doces palavras.

Mesmo que o tempo passe.
Que seus filhos cresçam.
E que não esteja mais a total domínio seu, pois isso faz parte da vida: Criar para o mundo.

A preocupação permanece.
Nunca muda.
Nunca deixa de existir.

"Pegou o casaco?!" - ele me perguntou.
Como se pudesse me cobrir.
Cobrir do frio.
Cobrir do mau.
Cobrir das maldades, do sofrimento e qualquer dor.

Como se eu ainda fosse aquela garotinha que ele deixava no portão da escola, tirando sua mão grande e grossa do trabalho diário e entregando aquela pequena mãozinha branca e delicada para o tio da portaria.
Me deixando ali como se eu fosse um cristal!
Eu entrava e seguia.
Ele sorrindo singelamente.
Eu espontaneamente, com a mochila nas costas e o casaco entre os braços.

Ele mal imagina o quanto me emocionou ao me fazer essa pergunta.

Depois que me dei conta da grandeza dela:
Agradeci!
Apenas agradeci.

Por ter um Pai.

Um Pai presente.
Um Pai que cuida.
Um Pai que zela.
Que se preocupa.
Um Pai que luta.
Um Pai que presa os meus cuidados.
E cada um dos meus passos.

Pai...
O seu amor é o meu melhor casaco.

Feliz Dia dos Pais!


Renata Galbine!

Laços de Amor (Homenagem ao Dia dos Pais)


Olá a todos!!!

Hoje, mesmo não sendo dia de postagem de Texto, pois as postagens costumam ocorrer no Blog e na página do Facebook todas as Segundas e Quintas-Feiras, porém, em decorrência ao Dia dos Pais, teremos não só uma, mas duas postagens em Homenagem a esse dia.
Tanto um texto, quanto o outro, já foram postados anteriormente aqui no Blog e no Facebook, mas reformulei algumas coisas, pois, com eles, participei de um Sarau em Homenagem ao Dia dos Pais e, nesse Sarau, ganhei um Certificado, registrando esse momento especial.
Espero que gostem dos textos.
Feliz Dia dos Pais, com todo o meu carinho, a todos os Pais!

Segue o Primeiro Texto de hoje.



Dia desses, em meio a rotina do dia a dia.
Na famosa correria contra o relógio.
Me arrumando pra sair.
Pega isso. Guarda aquilo.
Amarrando o cadarço do meu tênis, por alguns segundos, parei pra pensar.

Notei o quanto eu realizei aquilo com rapidez e facilidade.
E imediatamente me lembrei a dificuldade, no começo, de conseguir fazer aquilo.

Há muitos anos atrás, quando o meu pai, pacientemente, me ensinava.
Fazia lentamente e eu olhava.
Com muito custo,
Os dedos sem jeito,
Muitos laços desfeitos,
Fui aprendendo.

Aquilo parecia tão difícil.
Na minha mentalidade de criança, cheguei a pensar que não fosse possível conseguir.
Me irritava, mas não desistia.
E o meu pai me motivava e insistia.

Quando eu achava que havia conseguido, o nó se soltava.
E quando eu conseguia amarrar, em poucos minutos ele se desfazia.
Até que aprendi.

Mal imaginava as reais dificuldades que teria que enfrentar ao longo do caminho.
No decorrer de cada ano vivido.

E que por mais que o meu pai tentasse me ensinar,
Eu jamais seria capaz de aprender de forma plena,
Se não vivendo.
Se não errando.
Se não tentando.
Se não acertando.
Se não chorando.
Nem sempre sorrindo.
Tão pouco fugindo.
Mas encarando de frente.

A vida é exigente.
Não te dá muito tempo.
Nem é paciente quanto um pai.

Mal imaginava aquela pequena menina o quanto seria trabalhoso fazer e manter laços.
Laços humanos.
Laços familiares, de amores e de amizades.

Mais do que isso:
O quanto seria complexo desatar os nós da vida.
De tantas dificuldades surgidas.
Porém, delas, as maiores aprendizagens.

Mal imaginava o quanto era simples manusear dois cadarços que se trançam e se prendem.
Mas o quão difícil é lidar com seres humanos que nem sempre se entendem.

Mal imaginava que aquela seria uma das primeiras e menores dificuldades a ser enfrentada.
E o quão difícil tudo vai se tornando a cada fase vivida e alcançada.

Eu acho que, quando um pai ensina a amarrar um cadarço.
Ele não só ensina, simplesmente, a AMARRAR UM CADARÇO.
Ele ensina que nós, desde pequenos, temos que possuir algumas coisas dentro de nós,
Assim como:

Atenção.
Paciência.
Persistência.
Perseverança.
Resiliência.
Acreditar que vamos conseguir,
Tentar e não desistir.

Algumas vezes, vamos nos enganar, achando que conseguimos amarrar.
Outras vezes, vamos conseguir, mas no decorrer do caminho, vai se soltar.
Mas nem por isso vamos desistir dos laços.

Os Laços da Vida.

Vida essa que, dia pós dia, o meu Pai tanto me ensina a viver.

Obrigada, Pai.
Não apenas por ser o meu Pai.
Mas por sempre ter feito e fazer, de fato, papel de um Pai.
Através dos seus atos, gestos, atitudes e amor.

Feliz Dia dos Pais!


Renata Galbine!

quinta-feira, 9 de agosto de 2018

As Lembranças...


As lembranças vão por onde eu for.
As lembranças vão me acompanhar da hora que eu acordar.
Até a hora que eu me deitar.

As lembranças vão estar naquela melodia.
As lembranças vão se fazer presentes de madrugada, de noite e de dia.
As lembranças vão vir atona quando eu decidir dançar.

As lembranças vão vir por uma palavra.
E, principalmente, no silêncio dos meus pensamentos.

As lembranças não tem tempo.
Elas surgem, vem a todo e a qualquer momento.

As lembranças vão vir quando eu entrar naquela rua
As lembranças vão vir se eu sentir aquele cheiro.
As lembranças vão vir quando a minha mente me sabotar e me fizer pensar naquele jeito.

Jeito tão peculiar.
Singular.

As lembranças vão estar na flor.
Na cor.
No sabor.

O que não faltam são lembranças.
O que não faltam são coisas pra pensar.
São momentos pra lembrar.
E a vontade de no tempo poder voltar.

As lembranças sempre vão me perseguir...

Acho que mesmo que o tempo passar.
Tudo mudar.
A vida seguir.

O caminho.
O rumo.
O destino.

As lembranças vão continuar aqui...

Ora a me perturbar.
Ora, fazendo chorar.
Ora, fazendo sorrir.
Ora, fazendo sonhar.

Ora no tempo quererendo voltar.
Ora, olhando pra trás.
Ora, impedindo de olhar pra frente
Ora, agradecendo por ter vivido, sem nada ter me arrependido.

As lembranças são eternas.
Ficam pra sempre.
Independente de tempo, circunstâncias e lugar.

As lembranças sempre vão nos acompanhar!


Renata Galbine!

segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Na hora do Adeus...


Descobri que há momentos na vida que, por mais que a gente não queira.
Por mais que a gente pense que não vai conseguir.
Têm dúvidas.
Tem medo de errar.
Prefere acreditar que as coisas vão mudar.
Até tenta deixar o tempo passar.

Conforme os dias vão passando, distribui sorrisos só pra fingir.
Certos fatos, prefere omitir.

Mas, no fundo, seus pensamentos estão desconcertados.
O seu coração está dilacerado.
E você percebe que assim não dá mais pra seguir.

Por mais que certas pessoas se dizem recíprocas.
Não se fazem recíprocas em atitudes.

Por mais que você sinta um amor e escute o quanto é correspondido.
Esse amor acaba não sendo correspondente em gestos.

Você vai vivendo uma expectativa...

Esperando a hora que vai receber.
Almejando o dia que vai ter.
Sonhando pelo momento em que vai acontecer.

Acreditando que as coisas vão mudar.

E isso vai te corroendo.
Te adoecendo.
Te enlouquecendo.

Por isso, então, você decide partir.
Dar Adeus.

Seguir.
Desistir.

Sair de uma vida.
E seguir a sua.

Não porque não quer.
Não porque não sente.
Não por ser indiferente.
Mas porque você percebe que não merece continuar vivendo assim.

E pra desistir de um amor, tem que ser muito, mas muito corajoso.
Pra desistir de um amor não pode ser covarde.

Assim como para viver um amor não pode ser covarde.
Pra desistir dele também não!

Tem que ter muita força de vontade.
Mas, acima de tudo e qualquer coisa: Coragem.

E, por fim:
Amor Próprio.

Porque amor que é amor:
Cura.

Amor não maltrata.
Não machuca.
Não julga.
Não dói.

Amor não engana.
Não frustra.
Não deixa de lado.
Nem pra depois.

Amor não dá desculpas.
Não tem dúvidas.
Nem medo.

Amor oferece palavras, gestos.
Sem receios.
E não ausência, silêncio, sofrimento.

Amor cura.
Cuida.
Prioriza.
Enaltece.
Protege.

Pode doer profundamente.
Pode parecer que o coração está sangrando verdadeiramente.
As lágrimas podem cair incansavelmente.

Mas na hora do Adeus, não tem como.
Se existe o amor como sentimento.
Não tem como ser diferente.

Vai doer verdadeira e profundamente.
Vai doer, sim.
Vai doer muito.

Mas não podemos amar de mentira.
Se entregar pela metade.
Receber migalhas.
Esperar em vão.

Você sabe, no fundo da sua razão, que essa, embora a mais difícil.
É também a melhor opção.

Na hora do Adeus, não há coração que não chore.
Mas, segundo dizem:
Não há tempo que não amenize e cure.

Que assim seja, então.
Que essa dor cure.
E não dure!


Renata Galbine!

quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Faça com Amor


Faça com amor.
Seja o que for.
Mas faça com amor.

O amor tem gosto de doçura.
Tem um ar de ternura.

O amor tem gosto suave.
É leve feito a ave passeando pelo céu.

O amor é paz.
É empatia.

Seja no seu trabalho.
Seja algo voluntário.
Seja em casa ou na rua.
Com familiares, amigos, conhecidos ou desconhecidos.
Na escola.
Na faculdade.
Não importa.

Fazer com amor, é ser de verdade.
Fazer com amor, é dedicar boa vontade.
Fazer com amor, é demonstrar humanidade.

Dedique cuidado.
Atenção.

Não importa se vão notar.
Não importa se vão reconhecer.
Não importa se vão fazer o mesmo por você.

Faça sem pensar.
Principalmente sem esperar.
Faça por querer fazer.

O que importa é você com você mesmo.

Dedique todo amor que puder em tudo aquilo que se dispor a fazer.

Dê o seu melhor.
Se entregue.
Se doe.

Faça para o outro como se estivesse fazendo pra você.

Não de qualquer jeito.
Com pressa.
Com os "ingredientes" mais inferiores.

Faça da melhor forma.
Da forma mais bem feita.
Não precisa ser perfeita.
Mas, independente de quem quer que seja, que você seja a primeira pessoa a se sentir satisfeita.

Vejo que fazer as coisas com amor.
Ter atitudes de amor.
Demonstrar gestos de amor.
Não somente para quem você ama.
É conseguir ser, acima de qualquer coisa:
Humano.

Façamos, então, jus a esse termo que nos chamam, que nos encaixamos:
"Seres Humanos".

Faça com Amor.
Seja o que e para quem for!


Renata Galbine!

quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Frase do Leitor


Como eu disse na postagem passada, os meus Leitores são Lindos e Especiais.

Muito aprendo e reflito com eles através de suas palavras nos comentários.
Essa é uma frase que recebi, achei linda e quis compartilhar com vocês:

"O Amor faz passar o Tempo. O Tempo faz passar o Amor."

O Amor e o Tempo. Faz sentido.
Linda frase!


Renata Galbine!

Frase do Leitor


Os meus Leitores são Lindos e Especiais.

Muito aprendo e reflito com eles através de suas palavras nos comentários.
Essa é uma frase que recebi, gostei muito e me fez pensar:

"Se por acaso não deu o que você esperava. Você ensinou o que precisava."

Achei que valia a pena compartilhar com vocês.


Renata Galbine!