quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Teu Carinho me Cura


O olhar que fala mais que palavras.
O abraço que aquece e protege.
O cheiro que fica e impregna.

As infinitas conversas.
Os diversos assuntos.
As profundas reflexões.

Os ensinamentos.
Acalentos.
E orientações.

O querer estar perto.
E fazer o possível pra dar certo.

E mesmo longe, se fazer presente.
Nas mensagens, pensamentos.
Mutuamente.

A identificação.
A transmissão.
A conexão.

Esse encontro ou reencontro.

Esse encaixe.
Empatia.
Sintonia.

Esse cuidado.
Esse amparo.
Parece até pré-moldado.

Cada palavra e confissão.
Cada lembrança que nos leva ao passado de cada um.
Fazendo analisar, maduramente, o nosso presente.
Nos causando um certo receio do futuro.
Mas nos permitindo viver a nossa história em nosso próprio mundo.

Pensando no amanhã.
Dosando as consequências.
Agindo com clareza e coerência.

Mas nos permitindo.

Simplesmente, nos permitindo.

Viver.
Sentir.
Falar.
Se abrir.

Pensar.
Refletir.
Mas não deixando de nos entregar.

A cada dia um pouco mais.
Se doar.

Por que eu?
Por que você?
E a gente não cansa de se perguntar, querendo saber.

Até pouco tempo atrás, eramos dois.
Hoje somos um.

É louco.
Surpreendente.
Mas é o que a gente sente.

Por que?!

Talvez porque, apesar dos pesares, a vida quis assim.
E tinha que ser dessa forma.
E, de fato, já está sendo.

Um ajudando ao outro.
Apoiando.
Alegrando.
Incentivando.
Orientando.

Cuidando.

E é esse cuidado diário.
Frequente.
Eloquente.
Evidente.

Que vem me completando.
Me alegrando.
Me ensinando.
Me curando.

E tudo o que estou afirmando, é você mesmo que vem conquistando.

Teu carinho me cura!


Renata Galbine!

segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

A Cumplicidade que Completa


As pessoas falam tanto de relacionamento...

De TER um relacionamento.
De VIVER um relacionamento.
De ALCANÇAR um namoro.

Mas nessa busca cega e desesperada por TER alguém, parece que as pessoas se privam de viver histórias que podem te acrescentar tanto quanto o tão almejado e esperado ''namoro''.

Nessa busca frenética e constante em ter um relacionamento e dizer que está em um, as pessoas, muitas vezes, deixam de notar minunciosamente histórias que vivem e pessoas que entram em suas vidas.

Aprendi, com o tempo e com os tombos, que ter um relacionamento, vai muito além de dizer que tem um (a) namorado (a).
Percebi que ter um (a) namorado (a), nem sempre, é tudo e o suficiente.
Pois vejo relacionamentos por aí tão vagos, vazios, incompletos.
Falta afinidade, troca, sintonia, vontade.

E aí vem a vida e nos prega a peça de viver algo que nunca poderíamos imaginar.
Algo muito além e superior do que fantasiávamos ser o que gostaríamos de ter.

Às vezes, é difícil até nomear.
Pois somos incapazes de decifrar o que, de fato, a vida está nos proporcionando.
Mas penso que, se a vida nos proporciona, temos que viver e aproveitar.

Viver intensamente.
Aproveitar incansavelmente.
Se entregando verdadeiramente.

Aprendi que dizer que está namorando e, de fato, estar, nem sempre é o suficiente.
Encontrar e estar com alguém não é nem de longe a garantia de uma estabilidade emocional.
Talvez isso não passe de um status onde dois corpos se encontraram, por algum motivo se quiseram, se aproximaram e, em algum momento, deixaram de se querer e nem notaram.

Aprendi que o suficiente vai muito além disso.

Encontrar em alguém a reciprocidade.
Uma troca de energias completamente singular.
Se entender através de um olhar.
Ter assuntos pra conversar.
Querer estar junto.
E quando precisar estar longe, sentir a saudade apertar.
Uma saudade que dói de levinho, mas gostosa, que dá pra suportar.
Uma saudade de um bem que vai voltar.
A parceria.
A cumplicidade.

Agora chegando na palavra exata e principal:

Cumplicidade!

Um casal não é casal se não forem cúmplices.

A cumplicidade é, resumidamente, a troca escancarada.
A cumplicidade é, notoriamente, a energia trocada.

A cumplicidade é verdade.
A cumplicidade é respeito.
A cumplicidade é carinho.
A cumplicidade é afeto, querer estar perto.
A cumplicidade é transmitir confiança, sem que seja necessária a cobrança.
A cumplicidade é mostrar o seu mundo e enxergar o do outro.
A cumplicidade é presença.
A cumplicidade é conversas, reflexões, troca de opiniões.
A cumplicidade é, mesmo longe, não se fazer ausente.

E quando você se depara com tudo isso.
Com absolutamente tudo isso.

Essa plenitude de características.
Essa totalidade de entrega.
Essa reciprocidade de sentimentos.

Você vê que está vivendo algo muito além do imaginado e esperado.
Algo leve e de forma alguma pesado.
Algo fora dos padrões e dos status.

Sem que seja feito pedido.
Sem que seja verbalizada promessas.

Você, simplesmente, está vivendo algo muito além disso.

Não é nem necessário o pedido de algo que já está tão claro e entendido.
Não são necessárias promessas, porque os olhares e as conversas verbalizam muito além disso.

Só é necessário viver e se entregar a tudo isso.
E esse "tudo" é tanto que eu até me espanto.
Mas, ao mesmo tempo, me encanto.

Em silêncio, agradeço.
Dia a dia, vou vivendo.
E pouco a pouco, aprendendo.

Me permitindo e me abrindo a essa única, incomparável e indescritível cumplicidade que me completa!


Renata Galbine!

sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

O difícil ato de se relacionar


Relacionamento é coisa complicada.

É complexo.
Não é fácil.
Não é pra qualquer um.

Tem que haver esforço, interesse, vontade, troca, cumplicidade.
E cada uma dessas palavras possuem um significado imensurável.
Não é tão fácil assim compor na prática todas elas juntas.

Podemos nos referir a relacionamentos amorosos.
Mas também a relacionamentos de amizade, profissão.
A relacionamentos em geral.

Afinal, a relação humana, em si, é complexa.

Tratam-se de duas pessoas.
Tratam-se de dois mundos distintos, que por mais que sejam semelhantes, jamais serão iguais.
Tratam-se de dois mundos, que por mais que se encaixem, sempre haverá uma lacuna, uma curva, um contorno diferente.
Tratam-se de duas verdades.
Tratam-se de duas emoções.
Tratam-se de duas razões.

Nem sempre elas serão iguais.
Bem como nem sempre elas serão diferentes.

Muitas vezes entrarão em desacordo.
Mas, nem por isso, conseguirão alçar um acordo.

Cada um possuímos uma criação.
Nossos costumes e manias.
Trejeitos e fantasias.
Personalidades e histórias.
Qualidades que sabemos que temos.
Defeitos que enxergamos, tal como, defeitos que não mudamos.
Alguns por não querer. Outros por não conseguir. Outros por nem perceber que erramos.

São pessoas que se conhecem.
Se reconhecem.
E se descobrem pouco a pouco.

São almas que se identificam.
Se comunicam.
Se aproximam.

Mas em determinados momentos se desentendem.
E em determinadas situações se rendem a fúria, ao orgulho, a falta de diálogo, de maturidade ou seja lá o que for.

Dizem coisas sem pensar.
E acabam, por fim, por ferir e magoar.

Ou dizem coisas sem conseguir, de fato, se expressar.

São mal compreendidas.
Mal entendidas.
Mal julgadas.
Mal interpretadas.

E brigam.
Se distanciam.
Se afastam.

E deixam nas mãos do tempo se encarregar...

Mas o tempo parece que vai enfraquecendo, enferrujando, congelando aqueles laços.
Que pareciam verdadeiros, sinceros.
Duradouros e inquebráveis.

Depois disso, por tantas e inúmeras vezes, vem o silêncio.
O silêncio que, ao mesmo tempo, pode não dizer nada.
Mas também, pode ser a resposta pra tudo.

De qualquer forma, o silêncio será sempre uma incógnita.
Será o nosso eterno: "e se", "será que", "mas por que que", "eu tinha", "eu ia".

E foi.
O tempo passa.
E, muitas vezes, leva a oportunidade por ficar nessa dúvida e espera.

O silêncio faz com que tiremos nossas próprias conclusões.
Muitas podem até estarem corretas.
Mas muitas outras podem estarem equivocadas.

E o silêncio acaba sendo um fim sem término.
Um fim vago e vazio.
Um fim inconclusivo.

Porque o que fica subentendido, não foi, de fato, entendido.
E se não foi entendido, não foi esclarecido.
E o que não é esclarecido, não é devidamente terminado como um verdadeiro fim devido!


Renata Galbine!

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Deixe ir


Vamos aprender uma coisa de uma vez por todas???

DEIXE IR!

Aprendam.
Entendam.
Registrem:

Tudo o que NÃO for RECÍPROCO, não tem o por que permanecer com você.
NÃO TEM o por que permanecer na sua vida, nos seus dias, na sua rotina e em seu coração.

Independente do que seja.

Amizades.
Paixões.
Amores.
Fantasias.
Ilusões.
Desejos.
Desilusões.

Porque uma coisa, é mais do que certa:

Quem quer ficar: Fica.
Quem quer estar: Arruma um jeito pra ficar.
Quem quer permanecer: Arruma meios pra facilitar.
Quem quer procurar: Não arruma desculpas pra adiar.
Quem quer conversar: Inventa assunto até onde não há.

Mas quem não quer:

NÃO adianta forçar.
Não adianta esperar.

Deixe ir.
Deixe voar.

Pra que ficar se desgastando?
Pra que ficar se magoando?
Pra que ficar esperando o que não vai acontecer?
Pra que ficar se enganando em ganhar o que não vai receber?

Relações forçadas, que não são recíprocas.
Relações pesadas, onde o que mais têm são brigas.
Não adianta a gente se enganar que:

VAI melhorar.
VAI mudar.
VAI acontecer.

Porque, honestamente?

NÃO vai!

A única coisa que será capaz, é de te desgastar.
Te remoer pouco a pouco.
Te magoar.
Te machucar.
Te desmerecer.
Te adoecer sem que você possa perceber.
E aí são marcas tão profundas, prejuízos tão altos, que, sinceramente:

NÃO vale a pena!

Não vale a pena todo o trabalho.
Não vale a pena todo o empenho.
Não vale a pena tanto desgaste.
Não vale a pena esperar, tentar e se enganar.

Por isso:

Se livre.
Solte.
Largue.

DEIXE IR!


Renata Galbine!

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Ela é Intensidade


Vi essa imagem por aí, gostei e me identifiquei.

Pra quem me segue, pra quem me conhece, e nem precisa ser muito.
Logo percebe que, se tem uma palavra que se encaixa a mim, essa palavra é:

Intensidade!

SEI que já escrevi sobre isso aqui.
SEI que já postei textos sobre o assunto pra vocês.
SEI que já falei a respeito.

Mas, sinceramente???

Independente de quantidade e frequência, o meu objetivo é manter a essência.

É falar do que sinto.
Do que sou.
Do que vivo.
Ou não necessariamente do que vivo ou vivi.

Mas do que vejo.
Do que ouço.
Do que penso.
Do que imagino.

Do que quero escrever e do que me inspira a isso.

Você já parou pra pensar como deve ser a cabeça de um (a) escritor (a)?
Pense!

Agora pensa como deve ser a cabeça de um (a) escritor (a), completamente e evidentemente INTENSO.
Pensou?!

É algo difícil de pensar e alcançar.
E quer saber?!

É algo até difícil de escrever.
Prova disso, é que estou aqui falando, falando, falando e nada disse até agora.

Não sei ser pela metade.
Sabe?

É muita intensidade pra falar as coisas pela metade.
É muita intensidade pra lidar com a falta de verdade.
É muita intensidade pra não ser, e ter, uma amizade por inteira.
É muita intensidade pra receber palavras derradeiras.

Sou intensa no que faço.
Sou intensa no que penso.
E mais ainda e, principalmente, no que sinto.

Sou intensa no olhar.
Porque olho no fundo dos olhos, ao contrário, a conversa não é recíproca, tão pouco verdadeira.

Sou intensa na conversa.
Porque a melhor forma de descobrir o outro, conhecer o mundo do outro, é conversando, falando, escutando.

Sou intensa no abraço.
Porque gosto que seja longo, apertado, de profundo entrelaço.

Sou intensa no beijo.
Porque gosto de trocar energia e despertar desejo.

Sou intensa na entrega.
Porque esse negócio de joguinhos, brincar de "gato e rato", deixar subentendido, pra mim não é aceito, nem compreendido.

Sou intensa no querer.
Quando quero, quero mesmo. Mas quero o recíproco. Se não quer, paciência, ninguém morre por conta disso. Pode até sofrer, mas vai aprender e, sim, renascer com novos aprendizados para outras experiências.

Sou intensa no que escrevo.
Porque trago da alma tudo o que me inspira a expressar em palavras.

Sou intensa pra sorrir.
Embora não tenha grande facilidade para chorar.

Mas se eu me magoar, me chatear, me entristecer, isso vai doer.
E com tanta intensidade que, às vezes, chega a me surpreender.

E não estou me referindo a decepções sérias e tão grandiosas assim.
Estou me referindo a tudo. Do grande, aos pequenos detalhes.
Que, quando acontecem, batem forte dentro de mim.
Doem. E dói mesmo. Dói muito.

Ser intensa é fácil?
- Não!

Você tem que saber, tem que aprender, se esforçar pra controlar seus próprios sentimentos.
E sentimento não é objeto que você "pega aqui" e "coloca lá".
Você não pega, não toca, não vê.
Você sente e trabalha com a mente.
Um grande desafio, mas a maturidade vai te mostrando pouco a pouco, dia-a-dia, como se faz.

Ser intensa é bom?
- Apesar dos pesares, sim.

Porque você faz, expressa, mostra, demonstra, sente.
Você tem personalidade, prefere lidar com a verdade, prefere expressar o seu ponto de vista do que viver "atrás do muro".

É ser quem você, verdadeiramente, é.
Você VIVE!

E penso que se estamos vivos, temos que viver.
Se for pra ser pela metade, se for pra ficar no "talvez" e não no "sim" ou no "não.
Se for de qualquer jeito, sem fazer questão, sem decisão, sem direção, sem ser de coração.
Se for pra ser desses seres que parecem vegetativos.
Que a gente até se pergunta o que estão fazendo vivos.
Eu prefiro sofrer todos os efeitos colaterais que a intensidade me traz do que não sentir nada ou não sentir por inteiro.

Pois seja na alegria, na tristeza.
Na saúde e, sim, na doença.
Na dor e no amor.

Sou o mais puro e profundo adverbio de:
Intensidade!


Renata Galbine!

sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Vem por inteiro


Vem e chega.
Mas chega devagar.
Cuidado onde pisa.
Que é pra não se machucar.

Já vou logo avisando.
Que é pra depois não reclamar.

Tira o sapato e vem de mansinho.
Traz o amor.
Aos poucos, de levinho.
E não esquece o carinho.

Chega e faz de mim a sua amada.
Para que, então, em tempos de tempestade,
Meu coração lhe sirva de morada.

Vem que tem espaço.
Apesar de apertado.
O que mais cabe é o abraço.

Vem que te ofereço um café.
Quem sabe até um cafuné.
Ofereço também o meu amor.

O café, às vezes, é meio amargo.
Qual você quer?

Vem e chega até mim.

Mas se vier.
Vem pra ficar.
Pra cuidar.
Acrescentar.
Abraçar em seus braços.
Entrelaçar em sua vida.

Por que aqui já chegou muita gente que fez bagunça.
E não ajudou a limpar.

Têm alguns cacos ali.
Por isso eu avisei pra ter cuidado em não se machucar.

Têm algumas cicatrizes aqui.
Mas não se assuste, foram feridas, fazem parte de mim, o tempo foi capaz de curar.

Vem.
Eu não quero me machucar, tão pouco, te ferir.
Pode vir.

Vem se quiser.
Mas se vier.
Vem pra ficar.

Não pra ficar entre a porta.
Ou, do nada, partir.

Vem por inteiro.
Sem metade.
E sem medo!


Renata Galbine!

quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Peneirando Amigos


Esse texto foi escrito por mim há um tempo atrás e quando o escrevi, postei no Facebook.
Me lembro de muitas pessoas terem curtido, comentado e se identificado.
Porém, a página: "Mais Uma Vez O Silêncio" ainda não existia.
Hoje me deparei com essa escrita e achei conveniente posta-la, mesmo que novamente.
Além de pessoas que ainda não leram, terem a oportunidade de ler, é algo que venho pensando muito e, novamente, à respeito!

Sei que eu tenho bons amigos.
Reconheço.
Agradeço!

Por mais que, para alguns, eu possa parecer durona.
Talvez, pela minha personalidade forte e, algumas vezes, um pouco áspera e muito direta.
A verdade é que odeio me sentir só!

Mas esses últimos dias, parei pra pensar em alguns detalhes...

Sabe aqueles amigos que nos pegamos sempre tentando agradar?

Procurando.
Perguntando.
Agradando.
Se preocupando.
Nos aproximando.
Nos mostrando presentes para o que ele precisar.
Nos policiando para não errar.
Nos policiando para não pecar nem no excesso, nem na falta.

Puxando assuntos.
Sendo sempre o animado e engraçado.

Mas chega uma hora que isso pesa.
Que isso cansa.
Desgasta, sabe?!

E aí me bateu uma vontade de fazer diferente...

Renovar.
Reformular.
Reconhecer.
Mudar.

Enxergar que eu não preciso me doar tanto para determinadas pessoas.
Que não preciso, e nem devo, somente eu ir até elas.
Que não posso, somente, eu insistir em fazer por elas.
Me preocupar tanto.
Me doar tanto.

Perguntar.
Procurar saber.
Puxar assuntos.
Me fazer presente.
Sorridente sempre.

Elas também precisam vir até mim.
Isso é ser, verdadeiramente, amigo.
Não?!

Ir menos atrás.
Fazer menos questão.
Ser mais recíproca nas palavras e gestos de cada um, que, por tantas vezes, são tão vagos ou, simplesmente, nulos.

Têm algumas pessoas a minha volta que estão precisando disso.

É cômodo você sempre oferecer o que o outro quer receber.
Mas será que é aquilo que ele merece ter?

Estou um pouco cansada das minhas frases extensas e respostas monossilábicas.
Ou até mesmo mensagens enviadas e, ao mesmo tempo, ignoradas.
Um pouco cansada de sempre ser a que propõe pra sair, a que propõe de estar junto, a que tenta estar perto.
Cansada de mostrar preocupação e, realmente, me preocupar.
Me colocar no lugar, ser ouvinte, "psicóloga".
Ser AMIGA!

Estou cansada daqueles que mais se interessam em saber dos seus problemas e dores, do que tentar te ajudar, nem que seja com um olhar. Pois uma ajuda nem sempre são atos, mas, muitas das vezes, são gestos.

Acho que, às vezes, o nosso medo de estarmos sós, ou ficarmos sós, faz com que a gente force a barra em determinadas situações.
A verdade, é que não estou mais fazendo questão do meio termo, da meia verdade, da meia intensidade, da meia amizade.

Sou exigente e adoro isso.
Não aceito qualquer coisa porque não sou qualquer pessoa.
Sempre ofereço o melhor de mim.
Também quero poder receber o melhor que eu puder ter.

Quero termos completos.
Quero verdades inteiras.
Quero momentos intensos.
Quero pessoas sinceras.
Quero amizades verdadeiras.

Quero o disposto.
E não aceito o oposto.

Quero o presente.
E dispenso o ausente.

Quero o real.
O leal.
O sincero.

O que vem até mim quando precisa, mas que esteja disponível quando eu também precisar.
O que não se interessa por quais são os meus problemas, mas, sim, em me confortar e me escutar quando eu QUISER falar.
E se for pra ser diferente, daqui pra frente, prefiro deletar.

Porque vocês, sinceramente:
Não tem nada a me acrescentar!


Renata Galbine!

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Recaídas


Recaídas existem.
É claro que existem.

Quem nunca viveu, sentiu, se deparou, encarou uma recaída?

E independente do tempo que passar.
Se foram 6 dias, 6 meses, 6 anos depois.
Ou até mesmo uma vida inteira!

Às vezes, a gente pensa que está bem.
Que tudo está indo bem.
Sob controle.

Pensa até que passou, acabou, zerou.
Mas se esquece de que não apagou.
Porque tudo o que é vivido, nunca é apagado.
Simplesmente, foi escrito.

E quando há sentimento.
Algum sentimento, por mais fundo que a gente guarde, esconda, coloque.
Se há sentimento, uma hora ele ascende, transcende e te mostra que ainda está lá.

E aí?!

E aí arde.
E como arde.
O coração bate tão depressa como se você tivesse voltado no tempo.

E então você percebe que:
Não adianta excluir do Facebook, bloquear no Whatsapp.
Ou ser excluído e bloqueado.
Mudar de número, de cidade, de País.

O coração, a mente e a alma continuam sendo as mesmas.

Se a vida te pregar a peça de um reencontro.
Se a mente te fizer voltar no tempo.
E você se der conta que não foi capaz de controlar seus pensamentos.
Você recai sobre os seus próprios sentimentos.

Aqueles que, talvez, nem você soubesse que existissem ainda.
Aqueles que você sabe como foi, o que sentiu, mas pensou que tivesse ido com o tempo.

Recaídas, pra mim, são de histórias vividas intensamente e profundamente.
São de histórias que nos entregamos e nos permitimos.
São de histórias que sentimos verdadeiramente.

Mas penso também que são de histórias mal acabadas, mal conversadas, mal finalizadas.

Ou será que estou enganada?!


Renata Galbine!
(imagem ilustrativa)

sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

DANE-SE


Dane-se.
Dane-se mesmo.
Dane-se tudo.
Dane-se todos.

Dane-se o que as pessoas pensam sobre você, e não é.
Dane-se o que as pessoas apontam que você deveria fazer, mas não é o que você quer.

Dane-se tudo o que for em vão.
O que não for pra acrescentar, ensinar.
O que não for para fazer evoluir, amadurecer e fazer crescer.

Dane-se o que o outro acha que você deveria ser.
Dane-se o que o outro pensa que você deveria fazer.

Dane-se se o outro te compara.
Dane-se se o outro não te aprova.

Dane-se se não concorda com as suas escolhas.
Dane-se se, para o outro, as suas opções de vida, seriam outras.

Dane-se se você é ''isso'' e deveria ser ''aquilo''.
Dane-se se alguém te diminui.
Dane-se se, para o outro, você estudou de menos ou de mais.
Dane-se se o outro pensa que não será capaz.
Dane-se se o outro não te quer mais.
Dane-se se fala palavrão e isso incomoda.
Dane-se se você estiver fora de moda.
Dane-se se estiver fora do peso.
Dane-se se não escolheu ser Doutora nem outrora, nem agora, nem depois.

Dane-se.

D
A
N
E
-
S
E

Dane-se o que não te acrescenta.
Dane-se o que não te aceita do teu jeito.
Dane-se o que o outro pensa se não for como, verdadeiramente, é.
Dane-se quem te julga.
Dane-se quem não está satisfeito com o que você oferece, mesmo você dando o melhor de si.

Porque, sim.
Queira tudo aquilo que te acrescenta o que há de bom.

Porque, claro.
Queira que te aceite, não engolindo os seus defeitos, mas, com respeito, te ajudando a ser melhor.

Porque, óbvio.
Se o outro já tem um pensamento formado, não será você quem vai tentar mudá-lo.

Porque, sinceramente.
Não vale a pena perder energia com quem prefere te julgar, ao invés de melhor te conhecer.

Porque, claramente.
Se esforce para dar o melhor à todos aqueles que opta por ter a sua volta.
Mas se, para o outro, não estiver fazendo certo ou se não estiver sendo o suficiente, talvez, não seja você a pessoa certa, exata, pra se encaixar aquele contexto de vida, seja ele qual for.

Dane-se tudo o que não for pra te ajustar.
Dane-se tudo o que quiser te mudar e te fazer ser quem, de fato, não é.

Seja você.
Sempre você.

Cuidado para não se tornar marionete do outro.

Seja quem você nasceu pra ser.
Dane-se o que as pessoas pensam de você!


Renata Galbine!
(imagem ilustrativa)

quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Dói em mim, não no outro.


"Qual é o seu problema?"
"O que você está sentindo?"
"Pelo o que você está passando?"

"É grave?"
"Tá doendo?"
"Quer desabafar?"
"Será que tem uma forma para que eu possa tentar te ajudar?"
"Tô aqui, tá?!"

Não.
Essa não é a versão real.
Essa é a versão que muitos de nós esperaríamos e gostaríamos de receber.
Mas, raramente, vamos ter.

Isso porque o "ser humano", raramente, consegue e é, de fato: Humano!

Quer saber?!
Que se dane você!
Suas dores e problemas.
.
- Eu quero vender.
Se for vendedor.

- Eu quero bater metas.
Se for explorador.

- Eu quero encher os meus shows.
Se for cantor.

- Eu quero vender ingressos.
Se for promotor.

- Eu posso ensinar.
Desde que você possa pagar.

- Eu tô ocupado. Essa semana tá corrida. A gente marca. Te ligo.
Aquele que se diz amigo.

Eu posso chamar, me aproximar, me lembrar.
Desde que você tenha algo a me acrescentar.
Mas que não sejam problemas.

Porque os problemas são nossos, sabe?!
E ninguém tá muito interessado neles.
Ou nenhum pouco.

Não se engane.
Nem sempre quem sorri e te abraça, é quem está e, acima disso:
Estará com você quando você precisar.

São poucos.
Tão poucos.
Bem poucos mesmo.

Às vezes, em alguns momentos, nenhum.
Acredite!

Mas aí você tem que ser forte o suficiente, respirar.
Não desistir.
Encarar.
E enfrentar.

Procurar uma saída e solução.
Por mais difícil que esteja e seja.
Por pior que possa estar se sentindo.

Não pode, e nem deve, contar com ninguém além de você mesmo.

Porque, sabe...

A dor.
Essa dor aí...

Ela é sua.
De mais ninguém!


Renata Galbine!

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

O ano começou. E você, mudou?!


E o ano começou...

Alguns nem ligam, não estão nem aí.
A maioria compra roupa nova, prepara a ceia, presenteia, comemora, festeja.
Aí quando dá meia noite, acompanha os fogos, pula sete ondinhas, come ervilha, guarda semente de romã e por aí vai.
Esses costumes, já bem antigos, não sei exatamente o significado de cada um deles, mas são muitos os que têm costume de fazer esses "rituais".
É claro que cada um acredita e se apega ao que convém.
Mas no meu ponto de vista, a verdade, é que não adianta nenhum ritual se, primeiramente, você não passar a ser e fazer diferente.

As coisas não caem do céu.
Não mudam num passe de mágicas.
Assim como as plantas:
As amizades, amores, oportunidades, não nascem desde que sejam plantadas.
E regadas.
Cuidadas.
Amparadas.
Encaradas de frente.
Acompanhadas de perto.

Não é querer mudar o mundo. Ainda não temos esse poder!
Tão pouco acreditar que o mundo seja capaz de mudar nossas vidas, por si só.
Isso não vai acontecer. Nem adianta esperar e se iludir.

Se nós mesmos não tivermos a capacidade de mudar.
Se modificar.
Se moldar.
Se enxergar.
Se reconhecer.
Se refazer.
Crescer, amadurecer.
Se reconstruir.
Se adaptar.
Encarar, sem adiar.
Se assumir.
Se redimir.
Querer evoluir.

Se não tentarmos por nós.
Mudarmos pra nós.
Nada irá mudar.
Nada sairá do lugar, se não para regredir.

É ter a hombridade de oferecer um "Bom Dia."
É ter a sensibilidade de enxergar o outro com empatia.
É se colocar no lugar do outro.
É começar algo HOJE e não semana que vem.
É ser claro no que diz.
É ser honesto no que faz.
É ser amigo de verdade.
É ser focado no que quer.
É lutar pelo que precisa.
É não esmorecer quando perder ou quando algo não acontecer como gostaria.

Não é não fraquejar.
Mas saber sempre, ao cair, se levantar.
Somos de carne e osso, eu sei.
Mas estamos aqui pra lutar.
De cabeça erguida.
Focado no que precisa, no que almeja, no que deseja.

Começar por nós, é o maior passo que podemos dar. Para nós e para o mundo.

E que você conquiste tudo aquilo que, de fato, está guardado.
Aguardando apenas o primeiro passo:
Seu!

Um ano novo começa, mas a vida continua.
Se você não busca e se esforça:
Nada muda!

O ano começou.
E você: Mudou?!


Renata Galbine!

sábado, 6 de janeiro de 2018

Obrigada, Leitores!!!


Aos meus Leitores...
Hoje, venho por meio dessas palavras, agradecer a cada um de vocês.

Deixei passar o Natal, Ano Novo, todas as datas comemorativas onde a maioria viaja, recebem visitas, se reúnem aos seus amigos e familiares, se preocupam com presentes, ceias e tantos outros detalhes que cercam essa época do ano.

Passado tudo isso, venho agradecer à TODOS vocês.
Que me acompanharam no decorrer de 2017.
Que leram os meus textos, poemas, sonetos, escritas, em geral.
Que curtiram minhas publicações.
Que comentaram, compartilharam.
Que dividiram comigo suas histórias.
Que captaram, através de cada palavra escrita, o sentimento expressado por mim.
E se identificaram.
Se emocionaram.
E tanto me incentivaram durante todo o ano.

Me incentivaram com seus comentários, elogios e tantas palavras lindas, tão genuínas que eu seria incapaz de descrever o quanto foram importantes pra mim, cada uma a sua maneira.

Muito obrigada por me incentivarem.
Por me prestigiarem.
Por me privilegiarem com a presença constante de vocês na página e na minha vida.
Sendo vocês os conhecidos ou até mesmo aqueles que nunca nos vimos, mas já são tão queridos por mim.

Que 2018 eu consiga continuar me inspirando, pra seguir me expressando através das palavras.
Sendo elas histórias alegres, tristes, bonitas, profundas, mas que eu consiga continuar expressando cada pensamento que tenho em mente e cada sentimento que nasce e existem em minha alma.

Muito obrigada. De coração!

Feliz 365 dias de mais um ano que JÁ COMEÇOU!


Renata Galbine!