segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

Pai...


Estamos longe de todos.
Tios, tias, primos, primas, parentes em geral.
Os amigos, os que estão longe ou próximos, cada um nas suas casas, com seus familiares.
Portanto: Sem parentes, sem ceia, sem presentes.

Não. Peraí...

Presente, sim.
A presença do presente de te ter aqui comigo.
Meu maior presente é poder te ter.
É acordar e poder te ver.
E eu sei tudo o que você já fez e passou pra estar, de fato, aqui. Do nosso lado!
Pra não desistir. O que seria bem mais fácil, né?!
Seria bem mais fácil ir embora, de um jeito ou de outro, e deixar tudo aqui.
Mas você nunca fez isso.
Luta, insiste e persiste.
E é por essas e outras que tento de todas as formas te compreender, te ajudar, te olhar por fora e te enxergar por dentro.
Afinal, o que seria de mim sem o seu olhar sereno, seu abraço apertado que parece que vai me quebrar, mas sempre me fortalece e seus conselhos?

Te amo tanto que nem sei.
Só sei que preciso de você sempre. E preciso de você bem, senão eu fico mal.
Pois você, sim, é o meu maior presente!

Renata Galbine!

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Reencontro Inesperado


Cheguei e sem saber, e querer, me deparei com você.

Respira. Inspira.
Segue e faz de conta nem perceber.
Afinal, a noite estava apenas começando e muita coisa ainda tinha pra acontecer.

Difícil fazer de conta não conhecer quem um dia fez parte de você.
Irônico o quanto as coisas podem mudar e de pessoas a gente acaba por se distanciar.

Se afastar do que gostou.
Se afastar do que sentiu.
Se afastar do que viveu.

Dar de cara com o passado.
Que fez parte da sua história.
Que tantos dias e noites você viveu.

Trocou conversas, risadas, momentos.
Prazeres e tantos outros sentimentos.
E hoje nada mais disso é seu.

Na verdade, nunca foi meu.

Às vezes, me pergunto o por que?!
O por que aquilo o que nos foi tão intimo e próximos se tornam meros desconhecidos.

Mas também, paro pra pensar...
Existem histórias que não têm como ser diferente a forma de romper e acabar.

Então, se tornam distantes, ausentes, pois já não tem mais como ser complacente.
Por isso, se tornam desconhecidos.

Já não mais se falam.
Já não mais se veem.

E num reencontro inusitado e inesperado.
Nem mais se olham.
Simplesmente, se ignoram.

Respira. Inspira.
Desvia, disfarça.
Não olha.

Chega a hora de ir embora.
Entra no carro e chora.

Os olhos não viram, os ouvidos ouviram e o coração sentiu.

Não é preciso olhar pra saber.
Não é preciso ver pra sentir.
Mas, simplesmente, por me deparar, me remeti a tudo o que vivi.

E pude sentir tudo outra vez.
Mesmo depois de seis meses.
Sem nunca mais ter encontrado e conversado.

Por tudo o que aconteceu.
Cada beijo e abraço.
Cada conversa e momento compartilhado.

Seu sorriso sacana.
Os nossos momentos de lazer.
E todas as loucuras, instantes e momentos de prazer.

Tenho dito.
Não é novidade.
Você é o meu ponto fraco.
E ter te reencontrado me causou um grande embaraço.


Renata Galbine!

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Há 2 Anos...


18 de Dezembro.
28 anos.
Primeiro relacionamento.

Príncipe encantado?!

É o que parecia.
É o que ela sentia.

Relacionamento de filme?!

É o que todos achavam.
Aos olhos de todos à volta, eles eram encantadores.
Eram só amores.

Era lindo.
Era belo.
Era perfeito.
Encantador.
Colorido.

Até que, repentinamente, tudo ficou sem cor.

Ah, menina...

Se você soubesse tudo o que hoje sabe.
Se você carregasse no peito tudo o que hoje tem.
Talvez, não tivesse sido como foi.
Talvez, não tivesse sofrido TANTO.
Se machucado e se decepcionado TANTO.

Doeu, né?!
Como nunca havia doído.

Machucou o seu coração e você se sentiu como se tivesse morrido.
Como se nunca mais fosse passar.
Como se nunca mais você fosse se curar.

Daquela ferida.
Daquela dor.
Daquela mágoa.
Daquele amor.

Você se perguntava o por que.
Não conseguia acreditar e entender.

Mas hoje tudo faz sentido pra você.

Hoje você sabe:

Foi como tinha que ser.
E eu sei.
Eu sei que não se arrepende nem por um segundo de tudo o que viveu.
Mesmo com a sua falta de maturidade.
A falta de realidade, de clareza nos olhos, clareza na mente e no coração.
Pois, foi através dessa história e grande decepção, que você pôde crescer.
Que você pôde amadurecer, como jamais poderia imaginar.

Hoje é outra mulher.
De fato, hoje, sim.
Você É uma MULHER!

Não mais menina.... como era!
Hoje é uma mulher que sabe o que quer.
Sabe o que não tem.
Sabe o que pode ter.
Sabe o que não deve acontecer.
E sabe o que pode, realmente, viver.

Sem a vulnerabilidade, fragilidade e sensibilidade que tinha.

Continua sensível.
E MUITO.

Quanta sensibilidade tem aí dentro.
Quanta intensidade transborda em seu peito.

Mas é um sensível que te permiti sentir, mas também ENXERGAR.

Aquela menina do dia 18 de Dezembro que ele, repentinamente, e sem motivo aparente, te pediu "um tempo".
E sumiu.
Simplesmente, sumiu...

Aniversário de namoro.
Natal.
Ano Novo.
E, por fim...
Ele seguiu.

Seu mundo caiu, ruiu.
Como chorou.
Como sofreu.
Emagreceu.
E o esperou.

Até tentou um contato nesse meio tempo.
- "Vamos nos ver novamente? Conversar pessoalmente?" - e ele negou.
Mas sei que não se arrepende por ter tentado.
Ter mandado essa mensagem, você zerou todas as tentativas que haviam dentro de ti.
Mesmo não entendendo NADA.
E isso, na verdade, era o que mais te angustiava.

O Silêncio te matava.

E você o esperou.
Até que cansou.
O excluiu das Redes Sociais.
Pois ver a vida dele, te matava, te angustiava e te maltratava ainda mais.

Não deixou de sofrer por conta disso.
Sofreu por exatos TRÊS meses.
Mas, logicamente que, nesse meio tempo, deixou de ESPERÁ-LO.

E lá foi você...

Criou uma página no Facebook.
Escreveu textos e mais textos.
E chorava.
Mas, com isso, desabafava.

Hoje você têm seguidores fiéis.
Leitores que amam o seu trabalho.
Se identificam com suas palavras.
Se emocionam com suas poesias e, dessa forma, acaba os ajudando com os seus textos.

Sei o quanto te alegra e te motiva poder usar dessa ferramenta pra expressar o que sente e pensa.
Dessa forma, tocando, inspirando e chegando a tantos outros corações.

Quanto a ele?
Sei que é grata!

É grata por tanto aprendizado, amadurecimento, crescimento.
Por ter sofrido, chorado.
Mas, através disso, aprendido tantas coisas que tempo nenhum será capaz de apagar e tirar de você.

E passou.
A ferida cicatrizou, curou.
Como se nunca tivesse doído.
Como se nunca tivesse existido.

O que restaram, foram lições.

Hoje a cada história começada, é encarada de outra forma.
Sei que você continua sendo você.
Intensa, entregue, alegre.

Porém, realista, observando cada ponto de vista.
Mas priorizando aquilo que você acredita.
E, principalmente, precisa.
Não pra te completar.
Mas para somar.

E fora todo esse aprendizado, ficou também um grande ensinamento guardado:

Tempo não se dá.
Porque quando damos a alguém, perdemos o nosso próprio tempo.


Renata Galbine!

domingo, 17 de dezembro de 2017

Saiba tratar para ganhar.


Tratada com carinho.
Tratada com respeito.
Sendo olhada nos olhos.
Não sendo tratada como objeto.
Nem mesmo como opção.

Opção, não.
Esse negócio de pega, não se apega.
Desapega.
Nem toda mulher é estilo "OLX".

Tem mulher que gosta de se sentir única.
Não são todas que gostam e aceitam se sentirem como um número, uma senha de banco, atendimento público e coisas do gênero.

A forma em que ela é tratada, é o segredo de ela oferecer o que você jamais possa imaginar ter.

Não são suas palavras, mas, sim, suas atitudes, o tratamento é que fazem toda a diferença!

Renata Galbine!
(Reflexão de um Domingo de sol. Texto extra!)

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Socorro!!! Então é Natal...


Fim de ano.
Dezembro chegou.
O Natal se aproxima.
E o Réveillon vem aí.

Os enfeites nas lojas e pelas casas, começam a aparecer.
As luzes começam a piscar, afim de decorar, e eu...

Ah, eu!
Começo a me desesperar.

Fim de ano me apavora.
Por situações vividas.
Por motivos diversos.

Promessas não compridas, por outros e por mim também.
Por lembranças guardadas, marcadas, difíceis de serem apagadas.
O "pedido de tempo" que não me deu mais tempo e optou por não voltar.

As pessoas loucas, cheias de sacolas pelos braços.
Andando pelas ruas em um grande descompasso, sem olhar em volta.
Como se, não fosse o ano, mas, sim, o mundo prestes a acabar.

Aquela musiquinha natalina que toca quando passo por algum lugar.
Os vendedores na porta, com olhar cansado, mas pressionados a vender, sedentos a conseguir bater suas metas.
Supermercados lotados. As pessoas querem encher suas mesas.
Roupa nova, acessórios, calçados.
Posta no Instagram.
Será que o que foi postado, foi vivido, desfrutado, admirado e sentido?

Socorro!!!

Dá pra pular?
Pular pra outro lugar.
Pular o mês para que o ano possa começar.

Mas aí eu continuo a me apavorar...

O começo de um novo ano.
É o começo de novos planos.
Tantas promessas que poucas cumprimos.
Tantos planos fazemos e poucos conseguimos conquistar.
Alcançar.
Realizar.
Concretizar.

E depois de um ano tão complexo e sem nexo, me sinto perdida, sem saber por onde começar.

Pra muitos, o ano é a oportunidade da continuidade.
Pra outros, é a oportunidade de recomeçar.

Pra mim, esse será mais uma tentativa de me encontrar.
E é aí que está...
É o medo de perder e ver mais um ano passar.

E sozinha, ou não.
Com apoio, ou não.
Com incentivo, ou não.
Que eu consiga me guiar.
E, finalmente, me encontrar.

E que essas pessoas que carregam sacolas e sacolas que, por muitas vezes, irão pagar em três, quatro, doze vezes.
E irão entregar seus presentes em segundos.
Que não estejam com seus corações inseguros e vazios, por esses trezentos e sessenta e cinco dias que estão por vir!

Eu quero poder estar com a minha alma entregue e o meu coração alegre, carregado de força de vontade, sabedoria, maturidade.
Eu quero estar com o meu coração brilhando, saltitando, me amando e amando.
Eu quero que o meu coração esteja vibrando para que no final do PRÓXIMO ano, sim, eu possa dizer:

- FELIZ Natal!


Renata Galbine!

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Continuidade


Será que tenho mesmo que me desculpar por isso?!

Mas, de todo caso:
- Me desculpe!

Me desculpe por não querer o efêmero.
Por não estar disposta para o clichê.
Nem disponível para o vazio.

Me desculpe por ser inteira.
E, mais do que isso:
Por não estar disposta a viver pela metade.

Mais do que beijos e amassos.
Quero beijos, abraços.
Hoje, amanhã e depois.

Sem metades.
Por inteiro.

Eu quero continuidade.
Sem medo de me apegar.

Mas, sim.
Podendo me envolver e me entregar!

Renata Galbine!
(imagem ilustrativa)

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Sou o que sou e não o que quer que eu seja.


E é tão isso, né?!

O que você ENTREGA ao outro, é algo seu. Totalmente seu!
Sua essência, seus pensamentos, sua forma de ser, agir, pensar.
Ora, acertando. Ora, falhando.
Ora, faltando. Mas sempre tentando, que é o que mais importa e conta para nossa evolução.

Enquanto ao outro?
Nos preocupemos menos, bem menos.
Porque o que somos, SABEMOS que somos.
Mas o que o OUTRO acha, pensa, JULGA de nós, cabe a ele, somente a ele.
E não estamos aqui pra ser o que o OUTRO quer, afim de agradá-lo e tê-los aos nossos pés.
Mas, SIM, pra sermos melhores pra NÓS mesmos, a cada dia e momento da vida.

Não gostou? Não gosta? Não está satisfeito?
Não sou como gostaria? Como você é ou como você pensa que eu deveria ser?

Lamento em te dizer: Mas... Será tempo perdido esperar que eu seja como VOCÊ quer, pois eu sou e cada um é, a sua maneira. Ninguém é obrigado a aceitar ninguém e eu aceito a condição de não ser aceita por você, caso assim seja.

Renata Galbine!
(imagem ilustrativa)

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Tempo; Prioridade ou Falta de Vontade?


- "Vamos marcar!!!!"
- "Vamos nos ver?!"
- "Vamos semana que vem!"
- "Qualquer hora apareço aí."
- "Tá marcado!"

Ou nunca marcam.
Ou nunca se vêem.
A "semana que vem", chega, passa.
As horas correm e escorrem pelas nossas mãos.

Mas nunca acontece.
Nunca "sai do papel", das palavras omitidas pela boca ou digitadas pelo Whatsapp.

Tempo?
Prioridade?
Falta de vontade?

E depois morre...
No velório consegue ir. E chora.

Hipocrisia?

A grande, enorme e marcante característica no ser humano que eu vou MORRER sem conseguir compreender!


Renata Galbine!

Se você nada for de si, eu nada sou de mim.


Eu tenho te visto calado, isolado, sempre de lado.
Quando acordo pra te dar "Bom Dia", você está dormindo.
No meio da tarde quando vou ao seu quarto te mostrar qualquer coisa, você está cochilando.
Passado um tempo, volto pra te contar alguma história e me deparo com você, mais uma vez, dormindo.

Vejo como se fosse a fuga que encontrou, a forma em que achou para, pelo menos, tentar se desligar, se distanciar da realidade, da precariedade e todas as dificuldades que te cercam.

Seu olhar que sempre me iluminou e me encantou.
Seu olhar azul feito o céu em uma manhã ensolarada, hoje parecem como um céu em uma tarde nublada.

E do seu olhar, enxergo a sua alma.
Me parece tão triste e sobrecarregada.
Me parece tão farta e saturada.

E isso me angustia, me sufoca, me enlouquece por dentro. Eu te entendo.
Mas por mais que eu tento te reanimar, de fato, não estou conseguindo te ajudar.

Pelas suas palavras, tão desanimadoras e amargas, noto o que carrega em seu coração.
Aquele mesmo coração que sempre me dizia:
- "Vai com calma."
- "Não faça isso."
- "Cadê aquele sorriso?"
- "Vai dar tudo certo."
- "Amanhã você estará melhor."
- "Vai passar."

Hoje o seu coração me diz:
- "Não quero mais estar aqui."
- "Por que, de fato, ainda estou aqui?"
- "Pra que continuar aqui?"
- "Eu não aguento mais."
- "Não sei mais o que fazer."
- "Eu preferia morrer."

Logo aquele olhar que sempre me transmitiu tanto amor.
Logo aquelas palavras que me transmitiram tanta esperança e paz.
Logo você que tanto me passou tanto equilíbrio e uma forma positiva de pensar e enxergar as coisas.

Hoje ainda me transmite o seu amor.
Mas um amor cansado, enfraquecido, sem forças para me amar.
Porque, de fato, você deixou de lado, em algum cantinho, talvez, do seu quarto ou vindo desse sabor amargo de tudo o que tem enfrentado, ficou de lado o amor que tinha por você mesmo.

Hoje suas palavras são tão poucas, são tão breves.
Você já não tem mais ânimo em conversar.
E o pouco que consegue falar e expressar, é tão triste e desesperançoso.
Chega a ser embaraçoso escutar, pois fico até sem ter o que te falar.
Já não sei mais como te consolar.

Às vezes, o desanimo bate tão profundamente em mim, que acabo não tendo força pra te dar.
E me sinto impotente!

Sei que é frustrante trabalhar por uma vida, se dedicar, se empenhar, se doar e em um momento onde você pudesse se permitir relaxar e viver com mais tranquilidade e dignidade, não poder.
Sei que está difícil aturar certas coisas por todos esses anos.
E hoje, ridiculamente, ser privado, praticamente, viver em cárcere privado.
Além de sempre ter sido julgado, ouvindo o que não merece ser escutado.

Que vida é essa, não é?!
Como poderíamos imaginar toda essa barbaridade?
Como poderíamos esperar tantas e todas essas dificuldades?

Ah, se o mundo soubesse o que suportamos diariamente.
Se nós imaginássemos que passaríamos por tudo isso, talvez, não tivéssemos vindo pra cá, pra tão longe.
Mas tenho aprendido que tudo é como tem que ser.

Enquanto a você...
Que a Espiritualidade possa te fortalecer, já que eu não tenho tido capacidade o suficiente para isso.

Enquanto ao seu olhar...
Que ele volte a brilhar. Azul feito o céu da manhã mais linda de Primavera.

Enquanto as suas palavras...
Que elas voltem a sair e fluir como o canto do Sabiá que você, desde que me entendo por gente, soube admirar.

Enquanto a sua alma...
Que ela possa florescer em meio a esses galhos quebrados, ressecados que te faz sentir que dentro de ti não há mais vida.

Enquanto ao seu coração...
Que ele possa voltar a sorrir, pra continuar a bater, pra me fortalecer, pra eu te ter e poder te amar.
Te abraçar ao te dar "Bom Dia", sentindo ele batendo ao pé do meu ouvido.
E, ao fim do abraço, quando eu me afastar, poder te ver, verdadeiramente, sorrindo.

Que você tenha forças.
Que continue lutando, por mais difícil que possa estar.
Que possa enxergar que tudo isso vai passar.

Que você durma na hora que tiver que dormir, e só.
Que, novamente, desperte pra vida.
Que sua alma floresça.
Que em seu coração não caiba mais a frustração e a tristeza.

E que você jamais se esqueça:

- Se você nada for de si, eu nada sou de mim!


Renata Galbine!

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Carta Para O Céu


É que a saudade, às vezes, vem.
É que a saudade, às vezes, bate.
E bate tão forte que dói.
Dói lá no fundo.

Dói tanto!

Afinal, você não está mais aqui.
Já têm alguns meses, eu sei.
Às vezes, parece que já têm alguns anos.
Porém, às vezes, parece que só têm alguns dias.

Já me peguei saindo do meu quarto com a porta entreaberta pra você não sair.
Já me peguei entrando no meu quarto, abrindo completamente a porta como se você fosse entrar comigo.
Já me peguei deixando um pedacinho de pão no café da manhã, como se eu fosse te encontrar pra te dar.
Já me peguei olhando para o canto da minha cama pra ver se o seu colchão estava lá.

E não estava.
E não está.

Por 15 anos esteve.
E há alguns meses deixou de estar.

Você não está mais aqui.
Foi embora pra longe.
Mas onde?

Será que você volta?
Pra mim!

Será que já voltou?
Para alguma outra família por aí.

Você era tão minha.
Tão única.
Tão familiar.
Cada olhar, a companhia. Onde eu estava você ia.

Já me peguei lembrando.
E nesse instante me pego chorando.
Tá doendo.

Dizem que, às vezes, a saudade transborda pelos olhos.
Isso é quando sufoca no coração.

Minha Princesa...

Eu sempre te dizia ao pé das suas orelhas grandes e peludas.
E eu sei que você sabia.
Que você sempre soube.
Por isso, ficou comigo por tantos e tantos anos.
Por isso, lutou bravamente pra não ir.
Tentou ficar.
Mesmo sofrendo imensuravelmente, lutou.
Mas era a sua hora.
E eu te tenho no peito a cada dia que acordo, respiro, vivo.
Mesmo não mais te vendo.
Sei que ainda te tenho.
Por isso, te dizia, te digo e repito, trate de escutar e por toda a eternidade não se esquecer:

- Eu Te Amo, sabia?!


Renata Galbine!

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Me Acha, Me Ganha.


Vamos lá...
Não é bem que eu não goste de quem me procura.
Mas eu prefiro quem me acha.

O negócio aqui é o seguinte:
Eu não estou me referindo aquele amigo, parente, colega que te procura, OU NÃO.
Não, não... Nada disso!

Estou me referindo ao inusitado.
Ao ser achado assim, dessa forma.
Aquilo que acontece sem você esperar e imaginar.

Quem procura, sabe o que quer, vai em busca, tenta encontrar.
E quer saber?!
É aí que não encontra mesmo.
Já percebeu que você só encontra quando deixa de procurar?

Mas o achar é diferente.
O achar é surpreendente.
E é aí que está a graça e a magia de ser achado.

Achar é por acaso.
Achar é descoberta.
Achar é se deparar com algo que te desperta por dentro que você não se sente capaz de definir e explicar.
E aí você percebe e descobre que era aquilo que precisava, era aquilo que te faltava.

Achar, é como um reencontro.
É identificação.
É uma ligação sem comparação.

E quase que: "Me acha, me ganha".

E é por isso que eu digo, afirmo e repito:
- Gosto, sim, de quem me acha.

Porque, quem acha, se surpreende e surpreende a gente.
Por isso, deixo rolar, deixo fluir o que tiver que vir, virá
Já que, por aqui, nenhum achado é por acaso.


Renata Galbine!

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

As Minhas Escolhas


Não pense que é fácil seguir os seus próprios passos, fazendo suas próprias escolhas e decisões.
Descobrindo, aos poucos, quem você, realmente, é.
Enxergando, com o tempo, o que você, verdadeiramente, quer.
Porque o que você é, nunca vai agradar à todos. Isso já sabemos e não é segredo pra ninguém!
E o que você quer, gosta e escolhe pra si, mais ainda.
Pois muitos vão apontar, julgar, desmerecer, diminuir, portanto, cabe a você não ligar e não desistir.

É o que você é.
Não é?!
É o que você quer.
Não é?!

Não é fácil seguir os seus próprios passos, pois, muitas vezes, nos sentimos perdidos, sem rumo, nem direção, como se estivéssemos em um labirinto de entradas e vielas, sem saber onde entrar e pra onde seguir, mas eu descobri que não adianta ir na direção que o outro julga ser certa, pois essa será a direção contrária.
Afinal, não é o que você quer.
A direção certa, é a escolhida por você. Pelo seu coração. Pelo seu querer.

Apenas nós sabemos o quanto é difícil e pesado nadar contra a maré.
Isso é:
Se sentir diferente; Não ser o preferido; Ser reprovado mais do que aprovado e incentivado. E por aí vai.
Encarar, assumir e ser quem você, de fato, é.
Mesmo existindo pessoas julgando, desmerecendo, até mesmo familiares se distanciando.

Mas é um momento em que você chega, enxerga, percebe e conclui:
- Essa pessoa sou eu!
É disso que gosto, eu sei onde erro, estou aprendendo onde tenho que melhorar, isso não quer dizer ter que mudar para agradar.
É dessa forma que vou seguir e é assim que vai ser.

É o que eu, por exemplo, resolvi fazer.
Até porque, ninguém é obrigado a me aceitar e me querer bem. A verdade é essa!
Mas eu conheço bem o meu valor. Reconheço o que carrego no coração.

Por amor a mim, resolvi seguir assim... Os meus próprios passos!


Renata Galbine!

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Em Tudo Há Uma Razão


Absolutamente nada, nem ninguém nos é em vão.
Ninguém entra em nossas vidas à toa.
Nada acontece sem um motivo e uma razão.

Tudo o que nos acontece;
Toda pessoa que nos aparece, e até mesmo desaparece depois, vem com um propósito.
Nos traz uma mensagem, uma lição.

No primeiro instante, pode ser que não sejamos capazes de entender o por que.
Mas o tempo sempre vai nos fazer compreender.

Nada é em vão.
Tudo o que vivemos, sentimos, passamos, enfrentamos, àqueles nos quais nos aproximamos e nos distanciamos, é por uma razão.

Renata Galbine!
(imagem ilustrativa)