sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Peneirando Amigos



Sei que tenho bons amigos.
Reconheço.
Agradeço!

No ano que passou, em alguns momentos em especial, pude ter a certeza do quanto sou amada.
Uma pessoa que, realmente, não está sozinha.

Isso me dá uma grande alegria.
Por mais que eu pareça durona, para alguns, odeio me sentir só!

Mas esses últimos dias parei pra pensar em alguns detalhes...

Sabe aqueles amigos que nos pegamos sempre tentando agradar?
Procurando.
Perguntando.
Agradando.
Nos aproximando.
Nos mostrando presentes para o que ele precisar.

Puxando assuntos.
Sendo sempre o animado e engraçado.

Depois que esse novo ano começou. (Soa como coisas de "ano novo e tudo novo".)
Se isso vem do ano que começou, eu não sei.
Acho que veio de mim. Ou, talvez, uma mistura dos dois.

Renovar.
Reformular.
Reconhecer.
Mudar.

Enxergar que eu não preciso me doar tanto para determinadas pessoas.
Que não preciso, e nem devo, somente eu ir até elas.
Que não posso, somente, eu insistir em fazer por elas.
Me preocupar tanto.

Perguntar.
Procurar saber.
Me fazer presente.
Sorridente sempre.

Elas também precisam vir até mim.
E se não vierem, vou me preocupar mais comigo.
Com o que eu estou sentindo.
Com o que eu estou passando.
Mesmo que eu não esteja passando nada demais.

Ir menos atrás.
Fazer menos questão.
Ser mais recíproca nas palavras e gestos de cada um.

Têm algumas pessoas a minha volta que estão precisando disso.

É cômodo você sempre oferecer o que o outro quer receber.
Mas será que é aquilo que ele quer ter?

Estou um pouco cansada das minhas frases extensas e respostas monossilábicas.
Um pouco cansada de sempre ser a que propõe pra sair, pra fazer e a pessoa quase sempre não querer, e quase sempre também não responder, como se você tivesse a obrigação de estar ali, a inteira disposição, sempre.
Cansada de mostrar preocupação e, realmente, me preocupar e notar os que, de fato, abraçaram a minha recente dor de forma preocupada e amiga.

Estou cansada daqueles que mais se interessam em saber dos seus problemas e dores, do que tentar te ajudar, nem que seja com um olhar.

Acho que, às vezes, o nosso medo de estarmos sós, ou ficarmos sós, faz com que a gente force a barra em determinadas situações.
A verdade, é que não estou mais fazendo questão do meio termo, da meia verdade, da meia intensidade, da meia amizade.

Sou exigente e adoro isso.
Não aceito qualquer coisa porque não sou qualquer pessoa.
Sempre ofereço o melhor de mim.
Também quero poder receber o melhor que eu puder ter.

Quero termos completos.
Quero verdades inteiras.
Quero momentos intensos.
Quero amizades verdadeiras.

Quero o disposto.
E não aceito o oposto.
Quero o presente.
E dispenso o ausente.
Quero o real.
O leal.
O sincero.
O que vem até mim quando precisa, mas que esteja disponível quando eu também precisar.

E se for pra ser diferente, daqui pra frente, prefiro deletar!




Renata Galbine!

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