segunda-feira, 10 de abril de 2017

T I B A


E então ela chegou...
Tão pequenininha, com apenas 45 dias.

Uma linda bebê.
Peluda e orelhuda.
Uma princesa.
Parecia um brinquedo, pegava até com medo de derrubar.
Era tanto encanto que eu não conseguia me conter.
Era impossível disfarçar!

Às vezes, eles já chegam maiores.
Já chegam adultos.
Mas quando chegam, trazem sempre o amor mais puro.
Uma alegria sem tamanho.
A gente não quer se desgrudar nem pra tomar banho.

Me lembro perfeitamente das primeiras noites.
Eu ofereci a você todo o meu carinho.
E você depositou em mim toda sua confiança.
Eu admirava seu sono e você dormia como quem estivesse em total segurança.
E estava!

Desde bebê você roncava.
E aos poucos eu notava suas características, manias e vontades.
Tão linda. Esperta. Brincalhona.
E aos poucos você crescia.
Desde sempre muito comilona.

A piscina era sua maior diversão.
Nadava, nadava, nadava.
E pedia pra te tirar quando você cansava.

Sempre amou brincar de bolinha.
Eu jogava e você corria.
E conforme você foi crescendo, era você que zelava meu sono enquanto eu dormia.

Se eu ia pra cozinha, você ia.
Se eu ia pra varanda, você estava.
Em momento algum me senti sozinha.
Você sempre é minha maior companhia.
Mesmo que você esteja dormindo, se eu sair devagarinho, você acorda e me acompanha.

Quanto amor.
Quanto carinho.
Quanta lealdade.
Quanta troca.
Quanto companheirismo.
Quanta intensidade em cada gesto e olhar.

E o tempo vai marcando em você que ele está passando.
E a cada dia que passa, eu sinto como se fosse um a menos que tenho ao seu lado.

Você já não enxerga mais e vai batendo em todos os lados.
As verrugas pelo seu corpo não nos permitem esquecer que a lei da vida é envelhecer.
Seu corpo já não te permite mais correr como antes.
Sua respiração cada vez mais cansada e ofegante.
Quantos pelinhos brancos já cobrem seu rosto.
A cada semana, parece que aumentam um pouco mais.
Com isso, sinto, que te tenho um pouco menos.

De todo amor.
De tanto amor.

De tanta fidelidade e lealdade.

De todo olhar e qualquer olhar.
O pidão.
O com sono.
Ou compaixão.

Não há tempo que apague o que fica no coração.
Não há exemplo que seja em vão.

Não há palavras que me resumam a você na minha vida, senão:

Minha Eterna Gratidão!


Renata Galbine!

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