quinta-feira, 27 de abril de 2017

Quando Bate O Vazio


É que, às vezes, bate um vazio...

Por algum motivo.
Ou por motivo algum.

Um vazio.
Uma angústia.
Uma nostalgia.
Um aperto no peito.
Um frio na alma.
E não há nada que acalma.
Se não o tempo.
O silêncio.
O isolamento.

É uma vontade de estar a sós com nós mesmos.
Com nossos pensamentos.
E ninguém mais.

É que, às vezes, bate uma angustia...

Um desânimo do hoje.
Um desespero do amanhã.
Um medo do futuro.
Uma sensação de estar caminhando sem rumo.

É uma vontade de dormir e acordar bem depois.
Como se aquela ideia esperada, fosse aflorar.
Como se aquele caminho necessário, fosse clarear.
Como se aquele amor ignorado, fosse voltar.
Como se aquela força adormecida, fosse despertar.

Mas não aflora.
Nem clareia.
Não volta.
Nem desperta.

E a angústia aperta.

É que, às vezes, bate um medo...

Medo da imensidão do mundo.
Da efemeridade da vida.
Da complexidade da existência.
Do vazio do ser humano.
Que reflete em nós.

É que, às vezes, bate um vazio...

E quando o vazio bate.
Parece que nunca vai passar.
Parece que nada será capaz de aliviar.
Parece que em momento algum vai melhorar.

Mas passa.
Alivia.
Melhora.

E a felicidade sempre volta.
Adentra.
E transborda dentro de nós!


Renata Galbine!


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