sábado, 24 de junho de 2017

Você Não Imagina


Por mais que eu não possa.
Por mais que eu não deva.
Você não imagina o quanto me acrescenta.

Indiretamente.
Espontaneamente.
Frequentemente.

Por mais que seja um erro.
Por mais que eu saiba que não devo.
Tem muita coisa por trás de tudo isso.

E eu não digo só de prazer.
Da troca.
Conversas.
E momentos que passo com você.

Eu digo de algo muito além disso.
Algo até que não tem muito como explicar.
Só viver.

Você não imagina o quanto aprendi.
Você não faz ideia do quanto me acrescentou até aqui.

É tudo tão diferente.
Eu aprendi a não ser exigente.
Porque, de fato, não posso ser.
Já que não posso, inteiramente, te ter. Não é?!

Tudo acontece espontaneamente.
Porque, eu sei, não podemos nos programar.
Só deixar acontecer.

Tudo flui liberalmente.
Porque, é claro, por mais que você não possa estar presente.
Tudo o que vivemos, eventualmente, é o que faz da nossa história diferente.

Por mais errado que seja.
Por mais que eu não deva.

Quanto eu cresci até aqui.
Depois que me envolvi.

Aprendi, sem perceber, a lidar com limites.
A respeitar espaços.
A compreender o tempo.

Me envolvi sem querer.
Sei que não posso te ter como abrigo.
Mas sei que, apesar dos pesares e, acima de tudo.
Tenho um amigo.

Sei que, generosamente e expressivamente, se preocupa comigo.
Sei que, paralelamente, faz o que pode.
Sei que, discretamente, vive o que consegue.
Sei que, independentemente, expressa o que sente.

Basicamente, somos dois inconsequentes.
Particularmente, fazendo sem poder.
Inevitavelmente, não deixando de querer.
Resumidamente:

Só nós dois somos capazes de entender!


Renata Galbine!

Nenhum comentário:

Postar um comentário