segunda-feira, 26 de junho de 2017

1 Ano Sem Você


Há exatos dois anos atrás eu te ganhava.
Há um ano atrás eu te perdia.

Vai entender a vida!

Tão complexa, irônica e cheia de surpresas.
Pena que, muitas delas, são tão difíceis de lidar.

Me lembro em detalhes do dia 25 de Junho de 2016.
Eu deitei, chorei, chorei...
E dormi.
Mesmo com o coração apertado, angustiado, eu adormeci.

Um sono acordado, preocupado.
Acordei no dia seguinte às 06h30, com o telefone tocando.

Fiz de conta não escutar.
Fiz de conta não saber o que iam dizer do outro lado da linha.

Tentei dormir novamente.
Pedi insistentemente que fosse um pesadelo.
E que eu acordasse pra realidade sem medo.

Mas às 08h30, resolvi levantar.
E encarar.
Minha mãe, só com um olhar, me dava a notícia.

Claro que entendi o que ela quis dizer.
Desmoronei no chão.
E as lágrimas não conseguia conter.

Você tinha partido.
E junto o meu coração se partia.
Eu não conseguia acreditar.
Tão pouco, aceitar.

Por que?!

Foi do nada.
Sem motivo aparente.
Até hoje desconhecemos, nada nos foi evidente.

Por que você?!
Por que comigo?!
Por que o meu?!

Eu que tanto te esperei, sonhei, planejei.
Finalmente, te adotei.
E, exatamente, um ano depois de te ter, eu te perdia pra vida.
Ou pra morte?!

Só sei que era pra sempre.
Eu nunca mais iria te ver.
Te tocar.
Cuidar.
Brincar.
Te morder, te abraçar.
Ter você pra me acordar.

Que dor!
Quantas lágrimas caíram naquela semana.

Quanto sofrimento.
Pensei que não fosse aguentar.
Sentia um pedaço de mim sendo arrancado.

Que surpresa cruel a vida me impunha com a sua partida.

E hoje, passaram-se um ano.
O tempo fez da dor mais amena.
Mas, nem por isso, a saudade se fez pequena.

Nesse um ano a vida me proporcionou mais duas vidas.
Dois amores.
Duas histórias.

Mas, infelizmente, e inacreditavelmente, uma delas a vida já me tirou.
Em menos de um ano eu o perdi.

Novamente.
Dolorosamente.

Com você, eu estava longe e não pude te proteger.
Com ele, foi no meu colo, sem que eu pudesse impedir.

E a dor?

A dor é a mesma.
Não muda.
Não se calcula, nem se descreve.

Perder, é sempre um caminho sem volta.
Sem resposta.
Sem explicação.

A morte, é sempre uma tarefa difícil.
Por mais aprendizado e maturidade, recebemos com grande insatisfação.

As lágrimas se fizeram ausente.
Mas a saudade, é sempre presente.
De lembranças frequentes de um dia tê-los tido aqui!


Renata Galbine!

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