quinta-feira, 15 de junho de 2017

O Cara Errado


Eu sei que você é o cara errado.

Eu sei que eu não tinha que ter deixado.
E que nessa história eu não devia ter entrado.

Eu sei que eu não devo me envolver.
E, se isso acontecer, vou ter que te esquecer.

Eu sei que é algo passageiro.
Mas que sentimento não se controla.
Pois é algo traiçoeiro.

Eu sei que isso não é brincadeira.
E se alguém está brincando.
Sou eu com fogo.
E posso acabar me queimando.

Mas não estou me importando.
Nem me culpando.
Aconteceu como tinha que ser.

Você me quis.
E eu quis você.

E a gente continua se querendo.
Vivendo o hoje.
E eu não quero nem saber.

Já são meses.
E o que eu quero é apenas viver.
Descobrir cada particularidade de você.
E te ter.

Hoje, não é mais como no começo.
É melhor!

Conquistamos nossa intimidade.
Preservamos nossa proximidade.
Respeitamos nossa privacidade.
Compreendemos nossa personalidade.
Um com o outro, temos total liberdade.

Mesmo que eu não possa.
Mesmo que eu não deva.
Sei que é recíproco.
Não consigo não querer.
Tão pouco cair fora e tentar te esquecer.

Nem tento.
Não quero.
Não faço questão.
Ainda não!

Não te quero no meu coração.
Talvez, em minhas mãos.
Pra fazer como eu sei que você gosta.
Te ter.
E satisfazer.

Ser, quem sabe, o seu bem querer.

Desse jeito, assim.
Sem cobranças.
Só troca.
Sintonia.

Nossa química.
Sua e minha.

Eu sei que você é o cara errado.

Mas como não viver um sentimento tão aflorado?
Como não querer estar ao seu lado?

O seu sorriso sacana.
O seu beijo que me ganha.

O seu olhar que me acanha.
O seu corpo que me assanha.

Seus elogios.
Reconhecimento.
Preocupação.

Cada conversa descontraída.
Cada confissão.

São muitas conversas.
E tantos momentos.

Ninguém pode julgar.
Já que ninguém é capaz de saber.

Como tudo começou.
O que nos levou.
E nos trouxe até aqui.

Como tudo aconteceu.
Cada momento que você foi meu.

Cada mês que se passou.
E, ainda assim, essa história perdurou.

Até quando, como e onde.
Não sei.
Não penso.
Não espero.
Deixo acontecer.
O tempo passar.
E escrever dos nossos dias o que tiver que ser.

Mas de nós dois, eu sei:
Ninguém precisa entender.

Pra saber:
Só basta eu e você!


Renata Galbine!

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