sexta-feira, 2 de junho de 2017

Desde sempre: Anjo.


A gente reconhece um Anjo.
De início.
De longe.
De cara.

A gente reconhece um Anjo facilmente.
Pelo olhar.
Pelo jeito de andar.
Pela forma de se comportar.

A gente reconhece um Anjo visivelmente.
Por aquilo que nos ensina.
E sutilmente, consegue nos mostrar.

A gente reconhece um Anjo.
Pela pureza da alma.
Pela bondade no coração.
Pela profundidade no olhar.

Pode não ser, mas quando é.
Um olhar azul feito o céu.
Um olhar profundo feito a alma.
Um jeito tranquilo que te acalma.

Um amor tão puro que transborda.
E os meses passam que você nem nota.

Mas ele parte.
Porque Anjos não têm Missão de morada.
Anjos são como Beija-Flor.
Chegam encantadoramente.
Permanecem brilhantemente.
E se despedem rapidamente.

A estadia é pequena.
Breve.
Mas a lição é imensurável.
Eterna.
Intensa.
Profunda.

Tão pura.
Quanto o olhar.
O andar.
O respirar.

Presença sublime.
Criatura incomparável.

Por isso, perder, se torna contestável.
De uma dor incomparável!

E eles voam.
Porque são Anjos.
Seres Divinos.
Especiais.

Nos amam.
Nos mostram.
Nos ensinam tanto.
Menos como lidar com a dor da partida.
Tão pouco a conseguir controlar tamanha agonia.

Essa dor que dilacera.
Sufoca.
E parece que nunca vai passar.

Esse vazio que angûstia.
Aperta.
E parece que vai nos matar.

Como é difícil ver um Anjo voar.
Pra longe de mim.
Do meu peito.
Do meu mundo.
Do meu colo.
Mais uma vez.

Como é difícil te perder.
Outra vez!


Renata Galbine!

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