quinta-feira, 1 de junho de 2017

Adeus


Quão frágil é a vida...
Que passa e a gente nem vê.
Quando olhamos para trás, passou sem que pudéssemos perceber.

Quão frágil é a vida...
Que começa como um amanhecer.
E acontece tão rápido, nos mostrando que não temos tempo a perder.

Vivemos dias tentando provar ao outro.
Quem somos.
Que podemos.
Que somos capazes.

Mas não percebemos que o que importa é não provar para o outro.
É provar da vida.
Dos dias.
Da alegria de viver.

A quantas coisas nos apegamos.
Motivos banais.

Em quantas coisas acreditamos.
Situações desleais.

A toda hora nos enganamos.
Perdemos tempo demais.

Muitas vezes não enxergamos.
Problemas fatais.

Quanta coisa boba questionamos.
Quantas coisas desnecessárias nos desgastamos.
Quantas pessoas erradas acreditamos.
Quantos momentos em vão nos doamos.
Quanta energia gastamos.
Pra nada!

E a vida passa.

Fecha portas.
Abre janelas.
Muda trajetos.
Desfaz caminhos.

Ela começa, passa e termina como um sopro.
Sem que você perceba.
Tão pouco como você determina.

Ela traz.
Ela tira.

Sem que você peça.
Tão pouco permita.

E há sempre quem diga:
"São coisas da vida."

Do tempo.
Cada momento.
A lágrima.
O sofrimento.

O vazio.
Aperto, o gelo no peito.
A chegada.
A partida.

É fácil dizer:
"Bem-Vindo", pode entrar.

Te esperei,
Planejei,
Sonhei,
Ganhei.
Nem vi o tempo passar.

Mas nunca,
Jamais,
Em momento algum,
Em doutrina alguma,
Será fácil,
Simples,
Leve,
E compreensível.
Perceber que o tempo passou.
E dizer:

Adeus!

- Adeus!

Nem fácil.
Nem simples.
Nem leve.
Nem bom.

Tão meu.
Mas nada me resta, senão, dizer:

A-Deus.

Adeus!


Renata Galbine!

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