Desconfie de pessoas que muito fala de si e pouco escuta de você.
Que não dispõem de tempo e atenção.
Que você acaba, muitas vezes, expondo um problema em vão.
Te fazendo pensar junto na melhor solução.
Mas quando a dificuldade é sua, a atenção é outra.
Existem uma série de frases clichês que se nós prestássemos mais atenção e registrássemos na mente e na prática, não nos frustraríamos.
Tão pouco, nos feríamos tanto com o outro.
"Não crie expectativas."
"Não ofereça esperando nada em troca."
"O que você faz, nem sempre receberá de volta."
E por aí vai.
Lemos a todo momento frases como essas.
Mas não aprendemos.
Na prática nunca sabemos lidar com o que não é recíproco a nossa expectativa.
Quando a gente se preocupa com um problema, abraça uma dor e, de coração, tenta ajudar,
Cria-se, sem notar, uma expectativa guardada lá dentro.
Isso é do ser humano. Não adianta negar!
Fica bem no fundo, escondida, onde ninguém pode ver e perceber.
A expectativa do:
"Quando eu precisar, terei o mesmo colo, os dois ouvidos e o coração pra me abraçar."
Mas, não.
Nem sempre!
De maneira geral:
Não teremos.
Não receberemos do outro aquilo que oferecemos um dia ou até mesmo:
Diariamente!
Simplesmente, porque o outro é o outro.
O calo dói aonde o sapato aperta.
Não tem esse ditado que diz isso?!
Não é todo mundo que desperta dentro de si um interesse de empatia e compaixão.
Humanidade, sabe?!
São poucos.
São raros.
São extintos a nossa volta.
Muito se fala.
Muito se cobra.
Aponta.
E pouco se oferece.
E mal imaginam uns o quanto ajudar o outro nos engrandece.
Talvez essa seja a minha maior dificuldade na convivência humana:
Não criar expectativas.
Não esperar do outro o que eu faria. Ou fiz um dia!
Grande dificuldade.
Um eterno aprendizado.
Um imensurável obstáculo a ser superado.
Lidar com o ser humano, não é como lidar com um animal.
Que, mesmo sem ter feito nada, você recebe toda gratidão em gestos de amor.
Lidar com o ser humano, é fazer tudo e, muitas vezes, não receber nada.
Há exceções.
Se aproxime delas.
E saiba identificar as outras!
Renata Galbine!
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