segunda-feira, 29 de maio de 2017

Crise Humana


Muito se ouve falar em "crise".

Crise Política.
Crise no País.
Crise Financeira.
Crise na Saúde.
Crise na Educação.
Crise Familiar.
Crise no Relacionamento.

Estamos a todo momento, apontando problemas que parecem não ter soluções.
Estamos sempre apontando culpados, ignorando as nossas próprias confusões.
Estamos sempre encontrando defeitos, camuflando os nossos erros.
Estamos sempre apontando o dedo, disfarçando os nossos deslizes.
Estamos sempre procurando motivos, e não nos esforçamos pra encontrar soluções.

As pessoas julgam a Política.
Mas pouco se importam em se informar a respeito.
Se inteirar no assunto.
E votam de qualquer jeito!

E depois querem criticar,
Apontar,
Julgar.
E reclamar.

Apontam os Políticos em Brasília, como se não furassem fila no dia a dia.
Como se não vivessem querendo levar vantagem.
Como se não pechinchassem por descontos e promoções.
Como se não fizessem as famosas "gambiarras" na conta de água e de luz.
Querem levar vantagem pra serem atendidos, admitidos.
Estão sempre mentindo ou omitindo!

Apontam o País, mas não fazem nada pra melhorar.
Só sabem reclamar e compartilhar tragédias no Facebook.
Não levantam a bunda pra visitar um asilo. 
Pra fornecer auxílio a uma ONG.
Pra alimentar um animal de rua.
Não poluir.
Plantar uma árvore.
Se controlar no trânsito.
Respeitar uma fila.
Dar um "Bom Dia".
E tantas outras coisas que erramos diariamente.
Mas não enxergamos.
Ou, no mínimo, ignoramos!

Reclamam de crise financeira.
Mas não deixam de ostentar.
Comprando o que não precisam.
E devendo quem tem que pagar!

Aponta a crise na educação.
Esquecendo da educação que vem de casa.
O "Por Favor".
O "Com licença".
O "Muito obrigada".
A criança que grita com o pai. Que acha engraçado.
A menina que dança um Funk. E tem quem acha "bonitinho".
O menino que dá tapa na mãe. E ela acha engraçadinho.
A adolescente mimada que, em casa, não levanta pra nada.
O adolescente folgado que diz que paga a escola e com o professor, acha que pode ser mal criado.

As pessoas se queixam de crise familiar.
Mas preferem perder horas em tablete e celular.
Do que sentar em uma mesa e jogar.
Ou sentar no sofá e conversar.
E não ficar no computador, mas, sim, passear.

As pessoas choram por crise de relacionamento.
Mas não enxergam que a todo momento não sabem se relacionar.
Nem com o porteiro do prédio.
Nem com a atendente da loja.
O respeito na escola.
A educação em uma resposta.
O "Boa Tarde" para um cobrador.
Um carinho motivador.

Vivemos uma trágica crise humana.
Onde, toda semana, nos deparamos com tragédias surpreendentes.
Roubo de Presidente.
Criança super-independente.
Adolescente imprudente.
Adulto inconsequente. 
Mulher indecente.
Homem agindo friamente.
Deixamos o importante pendente.
Para certas dificuldades agimos indiferente.

A crise começa em nós.
E reflete no mundo.

Que essa é a maior crise de todas:
Isso é, completamente, evidente!


Renata Galbine!

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