quarta-feira, 24 de maio de 2017
Abismos Que Criamos
Mania feia essa nossa de criarmos abismos desnecessários.
Distanciamentos incalculáveis.
Por motivos, muitas vezes, imagináveis.
Imaginamos coisas;
Achamos;
Rotulamos;
Presumimos em nossas mentes, nem sempre coerentes.
Criamos monstros;
Fantasmas;
Amarras.
E erramos!
Por pensar coisas que não devíamos.
Por nos distanciar de pessoas que gostamos.
Por desperdiçar momentos que esperamos.
Por alcançar o que desejamos.
Por perder pessoas que amamos.
Criamos abismos numa mesma casa.
Em um relacionamento.
Em Família.
Entre amigos.
Criamos abismos em um olhar.
Que embora, trocado, se torna amargo e vago.
Criamos abismos em abraços.
Que embora nos toque, se tornam frios e desconhecidos.
Por coisas que deduzimos.
Achamos e não procuramos saber se estamos corretos.
Se erramos.
Ou onde nos enganamos.
Guardamos,
Calamos,
Choramos com nós mesmos.
E levamos a dúvida, a mágoa e o peso.
O peso da ausência.
De toda incoerência.
O peso do abismo.
Que distancia e leva,
Afunda,
Imunda o coração de tudo.
Menos do que há de bom.
Nos impedindo a conhecer que nem tudo é o que parece ser.
E que não são abismos,
Mas, sim, pontes, a melhor forma de deixar a vida nos levar.
Nos unir, nos aproximar.
E de poder viver.
Renata Galbine!
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