segunda-feira, 31 de julho de 2017

Amizade Genuína


Conforme vamos vivendo e passando por determinadas situações, vamos colocando alguns pensamentos no lugar.

Nunca tive o costume de ficar verbalizando aos meus amigos e familiares: "Eu te amo".
Mas isso, de forma alguma, tem a ver com o fato de eu não amá-los.

Nunca fui muito fã de chamar minhas amigas de: "Amiga" e/ou qualquer outra palavra do tipo, dessas que as meninas costumam usar.
Eu, inclusive, detesto. Mas isso, é coisa minha. Cada um com seus gostos e manias.

Nunca fui de ficar grudada demais, dessas que conversam da hora que acordam, até a hora que vão dormir.
Ou também dessas que uma vai na casa da outra quase todos os dias.
E aos finais de semana, dormem na casa da amiga. Enfim!

Eu nunca fui desse tipo.

E hoje, com quase trinta anos, tenho analisado muito tudo isso.
Não de forma que eu julgue quem faça.
Mas de forma que eu afirme que isso nem sempre quer dizer muita coisa.

Pelo menos, não no meu ciclo de amigos e "amigos".

Pare alguns minutos, pensa, reflita e analisa.

Quem você considera ter verdadeiramente uma amizade?

Não estou dizendo de quantidade.
Mas quero que pare e pense nas qualidades.

Vou dizer por mim:

Dos melhores amigos que posso dizer que tenho.
E sei que são.

Dos melhores amigos que conto.
E nunca me deixaram na mão.

Dos melhores amigos que levo pra vida.
E carrego no meu coração.

São os que, poucas vezes, disseram que me amam.
São os que, raramente, dizem que estão com saudades.
São os que nunca ficam no: "Vamos marcar, "Vamos nos ver", "Quando vai aparecer?" e blá blá blá blá.
São os de menos "mimimi".

Amigo não precisa verbalizar que te ama.
Ele precisa, acima de tudo, mostrar o quanto você é especial pra ele.
E não existe maneira mais clara e genuína do que suas próprias atitudes.

O amor, pra mim, é isso.
Vai além de duas palavras e sete letras (eu te amo).

O amigo que te ama, te olha nos olhos, te abraça, te ampara.
Te escuta.
Te aconselha.
E também se abre e fala.

Atende aquela ligação desesperada no meio da madrugada.
Escuta você chorar, xingar, simplesmente, pra te deixar desabafar.
E mesmo que ele não tenha nada pra falar, diz qualquer coisa pra te fazer parar de chorar.
E sorrir.

Te hospeda com alegria e te recebe de braços abertos o momento em que você precisar.
Fica com você por horas e horas, conversando sobre tudo, inclusive, nada com nada.

Se lembra de você em momentos que, para outros, passariam desapercebido.
Nem que seja, em segundos, passando de carro por uma rua qualquer.
Quando toca aquela música que você mais gosta.
Quando bate o olho em uma vitrine.
Ou seja o que for.

Amigo te empresta um casaco numa tarde fria, porque não permite que você passe frio até chegar em casa.
Amigo coloca um pacote de bolacha na sua bolsa e, quando você vai embora, pergunta se você já olhou e encontrou alguma coisa.

Amigo, são gestos.
Atitudes.
Nem sempre palavras.

Amigo, sabe de você sem que você precise contar.
Amigo, é um gostar sem que você precise sempre falar.
Porque o que mais conta, é demonstrar.

Passe o tempo que passar.
Você sabe.
Sem sombra de dúvidas.
Que ele estará lá.


Renata Galbine!

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