sábado, 1 de julho de 2017

O Olhar Que Fala


Quem me conhece, sabe...

Eu gosto de falar.
Gosto de conversar.
Me comunicar.

Gosto de ser escutada.
Mas também, sei escutar.
O que tem sido cada vez mais raro vindo do outro.

Às vezes, me pergunto se o ser humano tem mesmo uma boca e dois ouvidos.
Ouvir não é só escutar.
Ouvir, é sentir o que o outro nos diz.

O fato é que:
Eu não gosto de notar apenas as palavras.
Também não gosto que notem apenas o que eu digo.

Eu gosto de ir além disso.
Eu gosto de notar um olhar.
E não me importo que notem o meu.

Os olhares falam mais do que palavras.
Gosto de observar a particularidade de cada um deles.

Eles dizem muito.
E mesmo que nada seja dito.
Eles dizem tudo.

Não gosto de conversar com quem não me olha nos olhos.
Não gosto de conversar com quem parece que fala com o mundo a volta.
Menos comigo!

Gosto de conversar com quem olha no olho.
Gosto de desvendar um olhar.
Gosto do desafio de tentar desvendar o que ele diz.
E que prazer me dá depois que vejo que o olhar não se contradiz.

Gosto que me encarem.
Isso mostra coragem.
E acima disso: Demonstra verdade.

Admiro um olhar.
É como se eu pudesse ouvir além das palavras.
É como se eu pudesse tocar a alma.

E a alma é clara
A mais cristalina.
Não tem palavras que desminta a alma no olhar.

Eu prefiro a boca que cala.
E o olhar que fala.
Do fundo da alma!


Renata Galbine!

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