segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Na hora do Adeus...


Descobri que há momentos na vida que, por mais que a gente não queira.
Por mais que a gente pense que não vai conseguir.
Têm dúvidas.
Tem medo de errar.
Prefere acreditar que as coisas vão mudar.
Até tenta deixar o tempo passar.

Conforme os dias vão passando, distribui sorrisos só pra fingir.
Certos fatos, prefere omitir.

Mas, no fundo, seus pensamentos estão desconcertados.
O seu coração está dilacerado.
E você percebe que assim não dá mais pra seguir.

Por mais que certas pessoas se dizem recíprocas.
Não se fazem recíprocas em atitudes.

Por mais que você sinta um amor e escute o quanto é correspondido.
Esse amor acaba não sendo correspondente em gestos.

Você vai vivendo uma expectativa...

Esperando a hora que vai receber.
Almejando o dia que vai ter.
Sonhando pelo momento em que vai acontecer.

Acreditando que as coisas vão mudar.

E isso vai te corroendo.
Te adoecendo.
Te enlouquecendo.

Por isso, então, você decide partir.
Dar Adeus.

Seguir.
Desistir.

Sair de uma vida.
E seguir a sua.

Não porque não quer.
Não porque não sente.
Não por ser indiferente.
Mas porque você percebe que não merece continuar vivendo assim.

E pra desistir de um amor, tem que ser muito, mas muito corajoso.
Pra desistir de um amor não pode ser covarde.

Assim como para viver um amor não pode ser covarde.
Pra desistir dele também não!

Tem que ter muita força de vontade.
Mas, acima de tudo e qualquer coisa: Coragem.

E, por fim:
Amor Próprio.

Porque amor que é amor:
Cura.

Amor não maltrata.
Não machuca.
Não julga.
Não dói.

Amor não engana.
Não frustra.
Não deixa de lado.
Nem pra depois.

Amor não dá desculpas.
Não tem dúvidas.
Nem medo.

Amor oferece palavras, gestos.
Sem receios.
E não ausência, silêncio, sofrimento.

Amor cura.
Cuida.
Prioriza.
Enaltece.
Protege.

Pode doer profundamente.
Pode parecer que o coração está sangrando verdadeiramente.
As lágrimas podem cair incansavelmente.

Mas na hora do Adeus, não tem como.
Se existe o amor como sentimento.
Não tem como ser diferente.

Vai doer verdadeira e profundamente.
Vai doer, sim.
Vai doer muito.

Mas não podemos amar de mentira.
Se entregar pela metade.
Receber migalhas.
Esperar em vão.

Você sabe, no fundo da sua razão, que essa, embora a mais difícil.
É também a melhor opção.

Na hora do Adeus, não há coração que não chore.
Mas, segundo dizem:
Não há tempo que não amenize e cure.

Que assim seja, então.
Que essa dor cure.
E não dure!


Renata Galbine!

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