quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Saudade Boa


Muito falamos,
Vemos,
Escutamos,
Lemos sobre a saudade daquilo que perdemos.

Mas pouco nos deparamos com relatos da saudade do que temos.

Não aquela saudade que dói.
Que causa vazio.
E resultam em lágrimas.

Mas aquela saudade gostosa.
Que até pode doer um pouquinho, bem no fundinho.
Mas, por fim, resultam em sorrisos.

Sorrisos porque sabemos que temos.
Sabemos que, em algum momento, se não estiver por perto, logo vai voltar.
Sabemos que o que bate dentro de si, também bate do lado de lá.
Sabemos que é recíproco.
E para isso não há palavras que possam explicar.

Saudade em flash que vêm em nossa mente.

O cheiro.
O toque.
O jeito.
O carinho.
O beijo.
O olhar.
O sabor.

O Amor!

As conversas.
A troca.
A entrega.
A energia.
A alegria de estar junto.
E o quanto o mundo parece parar a nossa volta nesse momento.

Não tem dia, não tem hora, nem lugar.

A noite se faz dia.
A manhã se faz noite, mas, nem de longe, cedo demais para se amar.

Cada vida uma rotina.
Os compromissos.
E responsabilidades.

Em alguns momentos, ter que se distanciar.
Não é abrir mão, nem deixar de priorizar.
É, somente, dar o curso na vida que não pode parar.

E é aí que bate a saudade.
Aquela saudadinha que dói no fundinho.
Bem de levinho.

A vontade de resolver tudo e poder voltar.

Para os braços.
O abraço.
O aconchego.
A proteção.
A ligação incomparável e inexplicável.

O calor em noite fria.
O suspiro.
O toque de realidade em um momento de delírio.

Passar dias e dias juntos.
Dias seguidos.
Intensamente vividos.

E quando chega o dia de voltar para a "realidade".
Embora a nossa história seja a mais pura verdade.
Logo ao amanhecer, bate aquela saudade.
Aquela fragilidade no peito.

E aí, quando te vejo ir, as lágrimas chegam a escorrer.
O peito chega a apertar.
Mas logo passa.
Porque sei, sem sombra de dúvidas, que logo você a de voltar.

E estar comigo.
Ao meu lado.

Eu aconchegada, acolhida e envolvida em seus braços.
Já não sei mais te ter distante.
Ficar distante.
Viver distante.

Desse sentimento que tomou conta de nós de forma tão constante.
E, mesmo quando precisamos estar distantes, o seu amor me é o bastante.

O bastante para, tranquilamente, te aguardar.
Pois sei que, quando eu menos esperar.
Talvez antes do meu despertar.
Você já vai ter voltado e já estaremos respirando o mesmo ar!


Renata Galbine!

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