sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

O Passado e o Presente


Sabe que a gente, às vezes, tem que viver determinada situação pra se dar conta da proporção de algo que estamos tendo a oportunidade de viver?

Às vezes, temos que encarar um fato.
Às vezes, temos que encarar o passado.
Às vezes, temos que correr o risco de tocar na ferida.

Justamente pra descobrir se ela ainda está la, se ainda dói e o quanto dói.
Justamente pra notar o que causou, o que machucou, o que levou até que isso acontecesse.
Justamente pra saber qual precaução devemos ter.

E se um dia isso aconteceu.
E se isso, por fim, terminou e, consequentemente, acabou te ferindo de alguma forma.
Apenas se perguntar:
''Se vale a pena ser remoído ao invés de ser esquecido.''

Tá certo.
Sei que não depende tanto e somente de nós.
Depende, principalmente, do tempo.
Das histórias que vamos vivendo e os novos acontecimentos.

Às vezes, você vai se deparar com um passado.
Vai se deparar de forma premeditada ou casual.
Simplesmente se deparar e ter que encarar.

Você vai olhar para o seu passado.
Logicamente, se lembrando de tudo o que viveu e aconteceu.
Tudo o que foi e da maneira que foi.

E então, você vai olhar para o seu presente.
Em como tudo está sendo.
E vai percebendo que o passado foi como tinha que ter sido.

Se acabou, tinha que ter ido.
Hoje não cabe mais ser remoído.
Vale, não, necessariamente, ser esquecido e apagado.
Mas guardado, ignorado.

De forma alguma prejudicando o presente.

O presente que se faz presente.
O presente que te foi um presente.

Por um passado que veio, você viveu, mas passou.
E ainda causou ferida que não cicatrizou.

Você nota que, embora ainda esteja dolorida e sensível.
Olhar pra trás não é mais uma opção.

Quando passa a emoção, você olha pra dentro do seu coração.
E aí se depara com o que verdadeiramente vale a pena.

Se depara com o que vale a pena sentir.
Se emocionar.
Viver.
Acreditar.
E se entregar.

Uma nova história.
Uma nova chance de aprender, ensinar.
Uma nova chance de sorrir e chorar, mas de alegria por estar lá.
Uma nova chance de respirar mais leve.
Uma nova chance de acordar mais alegre.

Uma verdadeira chance de cumplicidade.
Uma notória chance de viver uma verdade.

E com o tempo, sutilmente, sem que possa se dar conta.
Se curar.
Ver aquela ferida, por fim, fechar e cicatrizar.

E são fatos assim, que vem sem que você possa esperar.
E te mostram o que você jamais poderia imaginar.

Te ensina que passado que foi, não vale a pena voltar.
Passado que foi não tem o direito de te atormentar.
Te mostra que passado que foi, foi e não compensa voltar pra ocupar o presente que veio.

Presente que veio.
E vale a pena manter, permanecer e ficar!


Renata Galbine!

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