segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

O sabor da liberdade


Com o tempo, fui reparando o verdadeiro significado da liberdade.
Fui sentindo o sabor que ela tem.
A importância e credibilidade que a cerca.

Com o tempo, fui notando o quanto eu sou livre e gosto de ser dessa forma.
Isso não quer dizer que eu goste de estar sozinha ou com todo mundo a todo tempo.
Tão pouco que eu não precise dar satisfações do que eu faça e faça o que bem entender.
Isso quer dizer que, dentro das possibilidades, eu não deixo de fazer.

E como é bom poder fazer o que tem vontade...

Ir aonde pode.
Estar com quem tem vontade.
Fazer o que tiver disponibilidade.
E por aí vai.

Com isso, fui reparando, fui notando...

Se eu gosto de fazer as minhas coisas.
Se têm coisas que, eu não só gosto, mas como preciso fazer.
Se eu gosto de ir aos lugares que gosto de estar.
Se eu gosto do meu tempo, meu espaço.
Se eu gosto do barulho, mas também do meu silêncio.
Se eu gosto de dançar, mas também, vez ou outra, parar pra meditar, refletir, me organizar.
Se eu gosto dos meus momentos que, ora são acompanhada, ora são comigo mesma.

Por que não entender as escolhas do outro?
Por que não respeitar as vontades do outro?
Por que invadir o mundo do outro?

Cada um tem seu tempo, seu momento, sua vontade, sua necessidade, prioridade.

A liberdade que a gente almeja pra nós, também temos que oferecer ao outro.
Seja um amigo, um parente, namorado, marido.
Quem for!

A liberdade é ter o seu tempo e dar ao outro o tempo dele também.
A liberdade é não forçar a barra, tornando um tormento, uma obrigação.
A liberdade é ir onde tem vontade.
E ter ao seu lado quem gosta de você de verdade.
Quem te quer de verdade.

O pássaro que voa livre, voa mais esperto, atento e fugaz.
Porque, no seu voo, ele vê de tudo, se depara com tudo.
E, justamente, por isso, é que ele tem a opção de escolha pra onde, de fato, quer voltar.

Não é como aquele pássaro na gaiola que está lá porque tem que estar.
Não tem outra opção.
Não tem por onde escapar e decidir pra onde quer voar.

Então permitir a liberdade, é dar o direito que o outro escolha.

Escolha para onde ir.
Escolha para onde voltar.
Escolha onde quer, verdadeiramente, ficar.

Permitir a liberdade, é deixar ele voar feliz, tranquilo, despreocupado.
Sem se sentir agoniado, sufocado, pressionado.
Sem se sentir aprisionado.

Permitir a liberdade, é confiar no outro.
Mas, acima disso, confiar em si mesmo.

Uma das piores sensações é quando o outro limita seu mundo.
Não respeita seu espaço.

Uma das melhores sensações é ter uma amizade, uma paixão, um amor.
Seja o que for.
E, naturalmente, sem seu esforço aparente, ver a pessoa te procurar.
Lembrar.
Se aproximar.

É ver que, embora você proporcione a ela total liberdade de escolha.
Ela opta por voltar!


Renata Galbine!

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