Fim de ano.
Dezembro chegou.
O Natal se aproxima.
E o Réveillon vem aí.
Os enfeites nas lojas e pelas casas, começam a aparecer.
As luzes começam a piscar, afim de decorar, e eu...
Ah, eu!
Começo a me desesperar.
Fim de ano me apavora.
Por situações vividas.
Por motivos diversos.
Promessas não compridas, por outros e por mim também.
Por lembranças guardadas, marcadas, difíceis de serem apagadas.
O "pedido de tempo" que não me deu mais tempo e optou por não voltar.
As pessoas loucas, cheias de sacolas pelos braços.
Andando pelas ruas em um grande descompasso, sem olhar em volta.
Como se, não fosse o ano, mas, sim, o mundo prestes a acabar.
Aquela musiquinha natalina que toca quando passo por algum lugar.
Os vendedores na porta, com olhar cansado, mas pressionados a vender, sedentos a conseguir bater suas metas.
Supermercados lotados. As pessoas querem encher suas mesas.
Roupa nova, acessórios, calçados.
Posta no Instagram.
Será que o que foi postado, foi vivido, desfrutado, admirado e sentido?
Socorro!!!
Dá pra pular?
Pular pra outro lugar.
Pular o mês para que o ano possa começar.
Mas aí eu continuo a me apavorar...
O começo de um novo ano.
É o começo de novos planos.
Tantas promessas que poucas cumprimos.
Tantos planos fazemos e poucos conseguimos conquistar.
Alcançar.
Realizar.
Concretizar.
E depois de um ano tão complexo e sem nexo, me sinto perdida, sem saber por onde começar.
Pra muitos, o ano é a oportunidade da continuidade.
Pra outros, é a oportunidade de recomeçar.
Pra mim, esse será mais uma tentativa de me encontrar.
E é aí que está...
É o medo de perder e ver mais um ano passar.
E sozinha, ou não.
Com apoio, ou não.
Com incentivo, ou não.
Que eu consiga me guiar.
E, finalmente, me encontrar.
E que essas pessoas que carregam sacolas e sacolas que, por muitas vezes, irão pagar em três, quatro, doze vezes.
E irão entregar seus presentes em segundos.
Que não estejam com seus corações inseguros e vazios, por esses trezentos e sessenta e cinco dias que estão por vir!
Eu quero poder estar com a minha alma entregue e o meu coração alegre, carregado de força de vontade, sabedoria, maturidade.
Eu quero estar com o meu coração brilhando, saltitando, me amando e amando.
Eu quero que o meu coração esteja vibrando para que no final do PRÓXIMO ano, sim, eu possa dizer:
- FELIZ Natal!
Renata Galbine!
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