sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Carta Para O Céu


É que a saudade, às vezes, vem.
É que a saudade, às vezes, bate.
E bate tão forte que dói.
Dói lá no fundo.

Dói tanto!

Afinal, você não está mais aqui.
Já têm alguns meses, eu sei.
Às vezes, parece que já têm alguns anos.
Porém, às vezes, parece que só têm alguns dias.

Já me peguei saindo do meu quarto com a porta entreaberta pra você não sair.
Já me peguei entrando no meu quarto, abrindo completamente a porta como se você fosse entrar comigo.
Já me peguei deixando um pedacinho de pão no café da manhã, como se eu fosse te encontrar pra te dar.
Já me peguei olhando para o canto da minha cama pra ver se o seu colchão estava lá.

E não estava.
E não está.

Por 15 anos esteve.
E há alguns meses deixou de estar.

Você não está mais aqui.
Foi embora pra longe.
Mas onde?

Será que você volta?
Pra mim!

Será que já voltou?
Para alguma outra família por aí.

Você era tão minha.
Tão única.
Tão familiar.
Cada olhar, a companhia. Onde eu estava você ia.

Já me peguei lembrando.
E nesse instante me pego chorando.
Tá doendo.

Dizem que, às vezes, a saudade transborda pelos olhos.
Isso é quando sufoca no coração.

Minha Princesa...

Eu sempre te dizia ao pé das suas orelhas grandes e peludas.
E eu sei que você sabia.
Que você sempre soube.
Por isso, ficou comigo por tantos e tantos anos.
Por isso, lutou bravamente pra não ir.
Tentou ficar.
Mesmo sofrendo imensuravelmente, lutou.
Mas era a sua hora.
E eu te tenho no peito a cada dia que acordo, respiro, vivo.
Mesmo não mais te vendo.
Sei que ainda te tenho.
Por isso, te dizia, te digo e repito, trate de escutar e por toda a eternidade não se esquecer:

- Eu Te Amo, sabia?!


Renata Galbine!

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