Cheguei e sem saber, e querer, me deparei com você.
Respira. Inspira.
Segue e faz de conta nem perceber.
Afinal, a noite estava apenas começando e muita coisa ainda tinha pra acontecer.
Difícil fazer de conta não conhecer quem um dia fez parte de você.
Irônico o quanto as coisas podem mudar e de pessoas a gente acaba por se distanciar.
Se afastar do que gostou.
Se afastar do que sentiu.
Se afastar do que viveu.
Dar de cara com o passado.
Que fez parte da sua história.
Que tantos dias e noites você viveu.
Trocou conversas, risadas, momentos.
Prazeres e tantos outros sentimentos.
E hoje nada mais disso é seu.
Na verdade, nunca foi meu.
Às vezes, me pergunto o por que?!
O por que aquilo o que nos foi tão intimo e próximos se tornam meros desconhecidos.
Mas também, paro pra pensar...
Existem histórias que não têm como ser diferente a forma de romper e acabar.
Então, se tornam distantes, ausentes, pois já não tem mais como ser complacente.
Por isso, se tornam desconhecidos.
Já não mais se falam.
Já não mais se veem.
E num reencontro inusitado e inesperado.
Nem mais se olham.
Simplesmente, se ignoram.
Respira. Inspira.
Desvia, disfarça.
Não olha.
Chega a hora de ir embora.
Entra no carro e chora.
Os olhos não viram, os ouvidos ouviram e o coração sentiu.
Não é preciso olhar pra saber.
Não é preciso ver pra sentir.
Mas, simplesmente, por me deparar, me remeti a tudo o que vivi.
E pude sentir tudo outra vez.
Mesmo depois de seis meses.
Sem nunca mais ter encontrado e conversado.
Por tudo o que aconteceu.
Cada beijo e abraço.
Cada conversa e momento compartilhado.
Seu sorriso sacana.
Os nossos momentos de lazer.
E todas as loucuras, instantes e momentos de prazer.
Tenho dito.
Não é novidade.
Você é o meu ponto fraco.
E ter te reencontrado me causou um grande embaraço.
Renata Galbine!
Perfeito!! Parabéns pelo sentimento ao escrever!!
ResponderExcluirOi, Marcelo.
ExcluirMuito obrigada.
Fico feliz que tenha gostado.
Foi escrito, realmente, com sentimento à flor da pele.
Obrigada pelo seu comentário!