sexta-feira, 29 de junho de 2018

7 de Fevereiro


Ninguém é de ferro, né?!
Eu não sou.

Nem sou um robô.

Lembro do passado.
Vivo o meu presente.
Penso no futuro, se possível for.

Como viver um amor sem pensar lá na frente?
Vivendo somente o presente.
Sem pensar no futuro da gente?

Não pensar, seria eu muito descrente.

Quem ama:
Imagina.
Espera.
Planeja.
Sonha.
E almeja construir e conseguir concretizar.

Como viver uma história...
Que você não considera como passageira, nem momentânea?

Como viver uma história...
Sem querer construir uma coletânea de planos e lembranças?

Qual o sentido de viver o hoje...
Enfrentando as dificuldades.
Obstáculos e percalços.

Qual o sentido de viver o agora...
Superando tantas dores.
Derramando tantas lágrimas.
Pra superar o que chamamos de "fase".
Se isso não vai te proporcionar uma base?

Seria então viver um quase?

Seria quase que maltratar tanto o coração, a ponto de adoece-lo até se tornar uma metástase?

E eu me pergunto...
Se for pra viver o presente, sem pensar no futuro.
De que vale cada frase?

Ah, a idade...
Ah, as responsabilidades...

Desculpas?
Medo?
Preconceito?

É que não está mais aqui pra isso.
Não teria essa coragem com mais ninguém nessa vida.
Com mais ninguém.
Mais ninguém.
Ninguém!

Isso é viver uma realidade?
O que, de fato, foi e é verdade?

Que intuito torto e temeroso esse de viver algo tão irracional.
Tornando um sentimento tão puro, bonito e único em algo banal.

Viver um castelo de areia.
Uma história sorrateira.
Com atitude que titubeia.

E você vai sendo levado pelo sentimento que te norteia.
Afinal, pra você, é um amor que te pareia.

Para amanhã ou depois você se dar uma própria rasteira.
Você mesmo se presenteia.
Com um fim que te resulta numa tristeza e dor que te empesteia!


Renata Galbine!

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