quinta-feira, 7 de junho de 2018

Saudade Petulante


Sentimentozinho sem vergonha...

Alguém me diz quem inventou essa tal de "Saudade"?

Dizem que em algumas línguas, isso é, em outros Países, essa palavra nem se quer existe.
Simplesmente, não faz parte do Dicionário.

E como ela se atreve a fazer parte dos nossos Dicionários?

E mais...
Se apossar de nós com tanta força e profundidade?

Abusada essa tal de saudade.
Se entrou em nossos Dicionários, imagina o que não faz dentro de nós?

Quem ela pensa que é?!

E é tão abusada que a gente não pode tocar.
Não tem como pegar.

Às vezes, é difícil até explicar.
Mensurar o tamanho dela.

Não bastando tudo isso.
Têm os sintomas...

Ela se apossa do peito.
E o peito fica apertado, agoniado.
Pequenininho.

E dói.
Dependendo da proporção, dói tanto que te arranca até lágrimas.

E o mais intrigante, é que não termina aí.
Ela é tão petulante que vem.
Se apossa.
Te maltrata.
Faz doer.
Às vezes, parece até que você não vai aguentar.
E não existe remédio para aliviar.

Não adianta ir a nenhuma farmácia que existir.
Não adianta chegar lá e pedir:
- "Oi! Eu quero um remédio pra curar a dor da saudade!"

De você vão apenas rir.
E ela, sendo tão abusada, é capaz que ria de você também.

E aí quando a saudade vem.
Não tem mesmo como pegar, tocar.
Nem mesmo tentar mudar de lugar.

O negócio é sentir.
Se tiver vontade: Chorar.
E tentar se distrair.

O curioso é que ela é tão maluca que quando você menos se der conta.
Depois que ela, praticamente, te desmonta.

Foi-se a saudade.

Quem sabe bater em outra porta a fazer afronta?!


Renata Galbine!

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