quinta-feira, 21 de junho de 2018

A falta da presença, nem sempre é ausência


Aprendi que a falta da presença, nem sempre é ausência.

Quem quer, esteja aonde estiver, vai se fazer presente.
Mesmo que distante.

A oportunidade é a gente quem faz.
E essa é uma grande verdade.

A distância é um detalhe.
Não pequeno pra quem se gosta e quer estar perto.
Mas não grande o bastante pra se tornar motivo.

A distância maltrata.
Ainda mais dependendo do motivo que se fez necessário estar longe.

A distância machuca.
Sufoca.
Dá medo.
Enfraquece o peito.
Bate a insegurança.
Às vezes, até uma certa intolerância.

"Até quando vou aguentar?" - você pergunta pra si mesmo.

O coração que parece te sufocar de saudade.
Contando os minutos com tanta ansiedade.
E o tempo parece não passar.
Parece que nunca mais vai chegar o momento de voltar.

Ainda assim, você vai levando.
Ou, ao menos, tentando.
Relevando.
Equilibrando os seus sentimentos.

A sua ansiedade.
Insegurança.
Saudade.
E vontade.

E a cada notificação de mensagem, a expectativa em ler cada palavra digitada.
E a cada "Eu Te Amo" escrito, o sorriso, simultaneamente, sai.
E a voz ao telefone, mesmo de longe, parecendo estar ali, tão perto.

O contato compartilhado vem e entra no coração como um remédio.
Que acalma.
Que alegra.
Que fortalece.

E pode haver distância.
Pode haver o que for.
Quem for.

Quando há sentimento...
Imagina sendo ele o amor?!

O amor existente.
A preocupação permanente.
O zelo insistente.
A saudade latente.

O corpo até pode se fazer ausente.
Mas nos gestos, você se apega e recebe como presente.

O que pode valer mais do que os próprios gestos?
Que podem até parecer pequenos, mas se fazem únicos e sem tamanho.

Nada muda.
Só a distância.
Do mais, tudo continua.

Mesmo com o sabor amargo e diário da distância.

Se o amor vive.
Tudo sobrevive!


Renata Galbine!

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