sábado, 1 de setembro de 2018

01 de Setembro: Quando tudo começou!


Essa foto expressa, exatamente, o passado eternamente presente.
E um presente que se tornou passado inacreditavelmente.

Dois corações em um.
Um exemplo simples e claro da eternidade de uma família.

E os laços efêmeros.
Que surgem do nada em nossas vidas e do nada, como espumas, se esvaem ao vento.
Junto com palavras e falsos sentimentos.

Fui planejada.
Sonhada.
Esperada.

Foi escolhido o dia.
Foi contado os minutos.
Os segundos para a minha chegada.

Na grande e conhecida São Paulo, era uma manhã chuvosa e gelada.

Quantas coisas, até aqui, já se passaram e, ainda assim, não foram apagadas.

Quantas dificuldades e conquistas.
Quantos medos e traumas superados.
Quantos sonhos realizados.
Quantos percalços.
Quantas lágrimas e sorrisos dados.
Quantos embaraços.
Quanto aprendizado.
Quantas pessoas conhecidas.
Quantas pessoas conhecidas e, com o tempo, desconhecidas.
Quantas afirmações escutadas.
Quantas coisas aprendidas.
Quantas lições pra toda uma vida.

Se noto a quantidade de tudo isso em um dia.
Imagina em 31 anos vividos...

Sobrevividos.
Alcançados.
Cansados.
Sofridos.

Mas também felizes.
Evoluídos.
E agradecidos.

Hoje, embora tenha sido um lindo dia de sol.
Quente e iluminado.
Mas, assim como foi o dia que nasci, chuvoso e nublado.
É como está dentro do meu peito, da minha mente e do meu coração.

Ao contrário do dia lá fora, aqui dentro está escuro, nublado, chuvoso em lágrimas.
Completamente fora de órbita.

Não consigo expressar palavras bonitas.
E nem demonstrar esperança.

- "Nada é pra sempre."
- "Seja forte."
- "São fases. Momentos."
- "Tudo vai passar."

Porque numa dessas de expressar que "tudo vai passar", me pergunto, justamente, o por que começa, se é pra passar.

Momentos?
Simples momentos...
Meros momentos...
Passageiros momentos.

Momentos que deixam tantas indagações e nenhuma resposta.
Momentos que deixam: Mais Uma Vez O Silêncio à minha porta.

O por que sonhamos, se não vamos conseguir realizar.
O por que entra em nossas vidas, se não vamos conseguir viver.
O por que temos, se, repentinamente, vamos perder.
O por que sentimos, se vamos ter que enterrar esse sentimento, mesmo sem querer, tão pouco, sem saber.
O por que nos deixamos levar, se depois não sabemos mais o que fazer pra conseguir parar de chorar.

O por que acreditamos.
O por que confiamos.
O por que nos entregamos.

O por que falamos o que sentimos.
O por que tanto nos expressamos.

Por que???
Pra que???

O por que de tudo e tantas coisas que, talvez, eu nunca saiba.
Nunca entenda.
Nunca aceite.

Nunca!

O pra sempre quando se torna nunca mais.
A alegria quando se torna uma das maiores dores sentidas.
O sorriso quando se tornam lágrimas intermináveis e incontidas.

O Amor quando se torna Dor!

Planos pra esse dia?
Muitos!
Planos pra essa história?
Intermináveis!

Hoje eu tenho que agradecer por mais um ano de vida.
E agradeci!

Mas dentro de mim, são só cinzas.
Me sinto agradecida, em partes. Não posso mentir!
Mas, nem de longe, me sinto viva.
E, nem por um segundo, consigo sorrir e me sentir feliz.

Assim como tudo vai, sei que nada fica.
Essa dor não vai ficar.
As lágrimas vão secar.
Meu sorriso há de voltar.

Mas recebo os meus 31 com um mar de sentimentos que nem sei dizer, não consigo, ou não quero, descrever.

Além de:

Decepção.
Como eu já disse e não vou me cansar em dizer.

Fora toda a dor e mágoa, a decepção é quem toma conta do meu coração!

Desculpa, Dia Primeiro.
Que eu tanto gosto e VALORIZO.

Bem-Vindo, Meus tão esperados 31.
A cada ano é muito esperado, como se fosse o último, pelos meus motivos.

Que os 30 leve todo o lixo, toda a mágoa, toda a covardia.
Toda a mentira, toda a frieza, toda a incerteza.
Toda a dor, toda a falta de humanidade e amor.

Como numa correnteza, leve pra bem longe de mim!


Renata Galbine!

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