terça-feira, 22 de maio de 2018

9 Meses sem Você


Existem datas que eu marco com facilidade.
Sempre foi assim. 

O que é diferente de gostar de datas comemorativas, como:
- Páscoa.
- Natal.
- Ano Novo.

Eu, particularmente, já perdi o gosto dessas datas.
E tive muitos motivos para isso!

Mas me refiro a alguns aniversários.
Datas de algo que tenha começado.
Bem como, datas de algo que acabou.

Me lembro, por exemplo, que no dia 24 de Dezembro de 2006 eu perdi uma cachorra.
Uma Cocker.
Linda!!!
A primeira cachorra que ganhei na vida a base de muita insistência e pressão psicológica com os meus pais. rs
(Principalmente com a minha mãe que atualmente não pode ver um cachorro/gato na rua.).

Porém, com o tempo, as perdas passaram a ser tantas que essas datas passaram a vagar na minha mente.
Eu, simplesmente, não as registro mais.
Não foi algo pensado, premeditado.
Simplesmente, passou a acontecer naturalmente.
E penso até que por uma defesa do meu subconsciente com o meu corpo e emocional.

Afinal...

Dói a lembrança e contagem de quantos meses, anos se passaram desde a morte de alguém que foi e sempre será tão especial pra você.

Pra quem me conhece, sabe que no ano de 2017 eu perdi três animais MEUS.

Um gato.
Meu Labrador.
E a MINHA Cocker. (Uma outra.)

A Tiba chegou pra mim com 45 dias de vida.
Uma ursinha linda que mais parecia um bichinho de pelúcia.

Viveu ao meu lado durante 15 anos.
Viveu ao meu lado, fielmente, toda a minha transição da adolescência para a idade adulta.

Mudanças de cidades.
Mudanças de pensamentos.
Amadurecimento alcançado com o tempo.
Emocional estabilizado, desestabilizado.
Saúde fragilizada ou estabilizada.
Vida morna.
Vida agitada.
E ela ali.
Sempre, literalmente, ao meu lado.

A dor de vê-la partindo foi inenarrável.
Porém, o sofrimento dela nos seus últimos dias de vida foi tão pesado que eu PEDIA dia e noite para que Deus permitisse que ela descansasse.
Por mais que me doesse perdê-la, não podia ser egoísta a ponto de ver o estado que ela chegou, ter esperança e torcer para que ela continuasse... ao meu lado.

E ela se foi!

Eu confesso que não me lembrava da data.
Me lembro apenas que foi em Agosto, pois eu estava em viagem e voltei as pressas devido ao estado dela.
E, sim...
Ela estava me esperando chegar para partir.

Eis que há duas noites atrás eu sonhei com ela.
Achei interessante e curioso, pois foi um sonho, realmente, do nada.
Não havia pensado nela no dia e noite anterior.
Não havia falado.
Enfim.
"Não" haviam motivos aparentes.

E sonhei!

Me deu vontade de procurar pelas postagens nas redes sociais e ver, de fato, quando ela havia partido.
E encontrei.

Dia 22 de Agosto de 2017.

E hoje...
Dia 22, estou eu escrevendo esse texto.
Dois dias depois de ter sonhado com ela.
Hoje 9 meses se completam sem você.

Por mais que a minha mente tenha tomado esse rumo diferente de não lembrar e não mais contabilizar o tempo das perdas, você me vem em sonho.
Mas não me entristeço por isso.
Muito pelo contrário.
Agradeço.
Agradeço. Agradeço e Agradeço!

A impressão que tive é que, de alguma forma, da sua maneira, falou comigo, esteve comigo e, talvez, até ainda esteja, mesmo que em outra dimensão.
Que ainda estamos ligadas, conectadas pelos laços do amor que você conquistou e fez florescer da forma mais linda e especial nesses 15 anos de história.

Não me lembrava do dia em que partiu.
Mas me lembro com exatidão do lindo Domingo de sol, do dia 14 de Julho de 2002.
Aquela tarde de Inverno ensolarada era apenas o início de uma história iluminada.

Vez ou outra me lembro de você.
O coração aperta.
Seguro pra não chorar.
Às vezes, consigo.
Mas, às vezes, não tem como segurar.

Olho para o lado, não tem mais o seu colchão pra você deitar.
Você não está mais lá.

Nem na cozinha enquanto faço o meu Café da Manhã.
Nem na varanda quando vou me sentar.
Nem na porta do banheiro enquanto eu tomo banho, esperando eu terminar.

Nem em canto algum.

Exceto no meu peito.
Onde você fez morada desde a sua chegada e dele você, de forma alguma, não sairá.

Agradeço por esse encontro que tivemos em sonho.
É mais uma prova da força de um sentimento verdadeiro.

A vida pode passar, mudar, levar, trazer, tirar.
São tantas perdas pelo caminho.
Que falta eu sinto de você.
Mas o amor, quando existe, não morre.
Ele fica.
Passe o tempo que passar.

Te Amo, minha Princesa.
Obrigada por permanecer comigo!


Renata Galbine!

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