sexta-feira, 4 de maio de 2018

Dorme Menina. Acorda Mulher.


A noite cai...

Dia corrido.
Sem nada de muito exaustivo.
Mas desses dias que vêm sem a gente ver passar.

Pula o almoço.
Quando vê.
Já é hora de jantar.

E a gente janta.
A comida feita por você.
Com tanta dedicação.
Com tanto carinho.

E quando me pergunta se gostei.
Rapidamente, respondo que amei.

- "Não tem nada demais, além do meu amor." - você comenta.

Conversa vai.
Conversa vem.

E a gente deita.
Em poucos minutos o meu pescoço em seus braços se ajeita.
E o meu corpo no seu se aconchega.

Encaixe perfeito.
"Você foi feita na medida pra mim. Olha!" - você sempre afirma e faz questão de me mostrar.
E eu tenho que concordar.

Ao deitar, a gente conversa sobre várias coisas.
Sobre muitos.
Sobre nada.
Sobre nós.

Você me dá cafuné nos cabelos.
Enquanto acaricio o seu peito.

E em poucos minutos depois, adormecemos.

Estamos cansados.
E nós bem sabemos o significado de poder estar assim.
Juntos.
Lado a lado.

Feito uma menina, eu durmo.
Na proteção dos seus braços, eu fico.
O encaixe é tão perfeito que a gente nem sente mal jeito.

E então amanhece...

Logo cedo.
Quando a neblina ainda está caindo lá fora.
Bem logo no início da aurora.
Você desperta.

Me aconchega ainda mais em seus braços.
E da forma que sempre me acorda:
Diz que me ama!

- "Eu Te Amo." - você diz.
Eu ainda grogue, começo a despertar.
- "Eu Te Amo." - você repete.
E, então, me vê sorrir.

Você me cheira.
Vem logo e me beija.

Já sei que quer me amar.

Nem abro os olhos.
Não preciso ver.
Deixo que o meu corpo seja capaz de sentir e dizer.

Então, deslizo uma única mão da parte de trás dos seus cabelos.
Desço até seu pescoço.
E te trago pra perto de mim.

Te sinto.
Te cheiro.
Te beijo.

Você se perde no meu cheiro.
Que diz ser capaz de reconhecer no escuro, em meio a muitas outras mulheres.

Desliza as suas mãos sobre a minha pele branca.
- "Minha branca." - você diz.

Passa pelas minhas tatuagens e se encanta.
Curte, desliza, acaricia.
Passa por cada parte do meu corpo e assim sucede a nossa transa.

E logo você me tem mulher.

"Mulher amada. Desejada!" - como sempre afirma que eu seja pra você.

E assim começamos o nosso dia.

Sem pensar no mundo lá fora.
Curtindo cada parte do corpo.
Cada detalhe.
Cada etapa.
A nossa hora.

Eu te tendo por inteiro.
A conquista e recompensa desse amor verdadeiro.

E você me tendo entregue.
Uma mulher em seus braços.
Que se entrega.
Não nega.
E te surpreende. - segundo você.

E a gente se beija.
Se entrega.
Se ganha.
Se vira.
Desvira.
Se arranha.

E a gente, simplesmente:

Se Ama!


Renata Galbine!

Nenhum comentário:

Postar um comentário