A noite cai...
Dia corrido.
Sem nada de muito exaustivo.
Mas desses dias que vêm sem a gente ver passar.
Pula o almoço.
Quando vê.
Já é hora de jantar.
E a gente janta.
A comida feita por você.
Com tanta dedicação.
Com tanto carinho.
E quando me pergunta se gostei.
Rapidamente, respondo que amei.
- "Não tem nada demais, além do meu amor." - você comenta.
Conversa vai.
Conversa vem.
E a gente deita.
Em poucos minutos o meu pescoço em seus braços se ajeita.
E o meu corpo no seu se aconchega.
Encaixe perfeito.
"Você foi feita na medida pra mim. Olha!" - você sempre afirma e faz questão de me mostrar.
E eu tenho que concordar.
Ao deitar, a gente conversa sobre várias coisas.
Sobre muitos.
Sobre nada.
Sobre nós.
Você me dá cafuné nos cabelos.
Enquanto acaricio o seu peito.
E em poucos minutos depois, adormecemos.
Estamos cansados.
E nós bem sabemos o significado de poder estar assim.
Juntos.
Lado a lado.
Feito uma menina, eu durmo.
Na proteção dos seus braços, eu fico.
O encaixe é tão perfeito que a gente nem sente mal jeito.
E então amanhece...
Logo cedo.
Quando a neblina ainda está caindo lá fora.
Bem logo no início da aurora.
Você desperta.
Me aconchega ainda mais em seus braços.
E da forma que sempre me acorda:
Diz que me ama!
- "Eu Te Amo." - você diz.
Eu ainda grogue, começo a despertar.
- "Eu Te Amo." - você repete.
E, então, me vê sorrir.
Você me cheira.
Vem logo e me beija.
Já sei que quer me amar.
Nem abro os olhos.
Não preciso ver.
Deixo que o meu corpo seja capaz de sentir e dizer.
Então, deslizo uma única mão da parte de trás dos seus cabelos.
Desço até seu pescoço.
E te trago pra perto de mim.
Te sinto.
Te cheiro.
Te beijo.
Você se perde no meu cheiro.
Que diz ser capaz de reconhecer no escuro, em meio a muitas outras mulheres.
Desliza as suas mãos sobre a minha pele branca.
- "Minha branca." - você diz.
Passa pelas minhas tatuagens e se encanta.
Curte, desliza, acaricia.
Passa por cada parte do meu corpo e assim sucede a nossa transa.
E logo você me tem mulher.
"Mulher amada. Desejada!" - como sempre afirma que eu seja pra você.
E assim começamos o nosso dia.
Sem pensar no mundo lá fora.
Curtindo cada parte do corpo.
Cada detalhe.
Cada etapa.
A nossa hora.
Eu te tendo por inteiro.
A conquista e recompensa desse amor verdadeiro.
E você me tendo entregue.
Uma mulher em seus braços.
Que se entrega.
Não nega.
E te surpreende. - segundo você.
E a gente se beija.
Se entrega.
Se ganha.
Se vira.
Desvira.
Se arranha.
E a gente, simplesmente:
Se Ama!
Renata Galbine!
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