sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

O difícil ato de se relacionar


Relacionamento é coisa complicada.

É complexo.
Não é fácil.
Não é pra qualquer um.

Tem que haver esforço, interesse, vontade, troca, cumplicidade.
E cada uma dessas palavras possuem um significado imensurável.
Não é tão fácil assim compor na prática todas elas juntas.

Podemos nos referir a relacionamentos amorosos.
Mas também a relacionamentos de amizade, profissão.
A relacionamentos em geral.

Afinal, a relação humana, em si, é complexa.

Tratam-se de duas pessoas.
Tratam-se de dois mundos distintos, que por mais que sejam semelhantes, jamais serão iguais.
Tratam-se de dois mundos, que por mais que se encaixem, sempre haverá uma lacuna, uma curva, um contorno diferente.
Tratam-se de duas verdades.
Tratam-se de duas emoções.
Tratam-se de duas razões.

Nem sempre elas serão iguais.
Bem como nem sempre elas serão diferentes.

Muitas vezes entrarão em desacordo.
Mas, nem por isso, conseguirão alçar um acordo.

Cada um possuímos uma criação.
Nossos costumes e manias.
Trejeitos e fantasias.
Personalidades e histórias.
Qualidades que sabemos que temos.
Defeitos que enxergamos, tal como, defeitos que não mudamos.
Alguns por não querer. Outros por não conseguir. Outros por nem perceber que erramos.

São pessoas que se conhecem.
Se reconhecem.
E se descobrem pouco a pouco.

São almas que se identificam.
Se comunicam.
Se aproximam.

Mas em determinados momentos se desentendem.
E em determinadas situações se rendem a fúria, ao orgulho, a falta de diálogo, de maturidade ou seja lá o que for.

Dizem coisas sem pensar.
E acabam, por fim, por ferir e magoar.

Ou dizem coisas sem conseguir, de fato, se expressar.

São mal compreendidas.
Mal entendidas.
Mal julgadas.
Mal interpretadas.

E brigam.
Se distanciam.
Se afastam.

E deixam nas mãos do tempo se encarregar...

Mas o tempo parece que vai enfraquecendo, enferrujando, congelando aqueles laços.
Que pareciam verdadeiros, sinceros.
Duradouros e inquebráveis.

Depois disso, por tantas e inúmeras vezes, vem o silêncio.
O silêncio que, ao mesmo tempo, pode não dizer nada.
Mas também, pode ser a resposta pra tudo.

De qualquer forma, o silêncio será sempre uma incógnita.
Será o nosso eterno: "e se", "será que", "mas por que que", "eu tinha", "eu ia".

E foi.
O tempo passa.
E, muitas vezes, leva a oportunidade por ficar nessa dúvida e espera.

O silêncio faz com que tiremos nossas próprias conclusões.
Muitas podem até estarem corretas.
Mas muitas outras podem estarem equivocadas.

E o silêncio acaba sendo um fim sem término.
Um fim vago e vazio.
Um fim inconclusivo.

Porque o que fica subentendido, não foi, de fato, entendido.
E se não foi entendido, não foi esclarecido.
E o que não é esclarecido, não é devidamente terminado como um verdadeiro fim devido!


Renata Galbine!

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