segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Ela é Intensidade


Vi essa imagem por aí, gostei e me identifiquei.

Pra quem me segue, pra quem me conhece, e nem precisa ser muito.
Logo percebe que, se tem uma palavra que se encaixa a mim, essa palavra é:

Intensidade!

SEI que já escrevi sobre isso aqui.
SEI que já postei textos sobre o assunto pra vocês.
SEI que já falei a respeito.

Mas, sinceramente???

Independente de quantidade e frequência, o meu objetivo é manter a essência.

É falar do que sinto.
Do que sou.
Do que vivo.
Ou não necessariamente do que vivo ou vivi.

Mas do que vejo.
Do que ouço.
Do que penso.
Do que imagino.

Do que quero escrever e do que me inspira a isso.

Você já parou pra pensar como deve ser a cabeça de um (a) escritor (a)?
Pense!

Agora pensa como deve ser a cabeça de um (a) escritor (a), completamente e evidentemente INTENSO.
Pensou?!

É algo difícil de pensar e alcançar.
E quer saber?!

É algo até difícil de escrever.
Prova disso, é que estou aqui falando, falando, falando e nada disse até agora.

Não sei ser pela metade.
Sabe?

É muita intensidade pra falar as coisas pela metade.
É muita intensidade pra lidar com a falta de verdade.
É muita intensidade pra não ser, e ter, uma amizade por inteira.
É muita intensidade pra receber palavras derradeiras.

Sou intensa no que faço.
Sou intensa no que penso.
E mais ainda e, principalmente, no que sinto.

Sou intensa no olhar.
Porque olho no fundo dos olhos, ao contrário, a conversa não é recíproca, tão pouco verdadeira.

Sou intensa na conversa.
Porque a melhor forma de descobrir o outro, conhecer o mundo do outro, é conversando, falando, escutando.

Sou intensa no abraço.
Porque gosto que seja longo, apertado, de profundo entrelaço.

Sou intensa no beijo.
Porque gosto de trocar energia e despertar desejo.

Sou intensa na entrega.
Porque esse negócio de joguinhos, brincar de "gato e rato", deixar subentendido, pra mim não é aceito, nem compreendido.

Sou intensa no querer.
Quando quero, quero mesmo. Mas quero o recíproco. Se não quer, paciência, ninguém morre por conta disso. Pode até sofrer, mas vai aprender e, sim, renascer com novos aprendizados para outras experiências.

Sou intensa no que escrevo.
Porque trago da alma tudo o que me inspira a expressar em palavras.

Sou intensa pra sorrir.
Embora não tenha grande facilidade para chorar.

Mas se eu me magoar, me chatear, me entristecer, isso vai doer.
E com tanta intensidade que, às vezes, chega a me surpreender.

E não estou me referindo a decepções sérias e tão grandiosas assim.
Estou me referindo a tudo. Do grande, aos pequenos detalhes.
Que, quando acontecem, batem forte dentro de mim.
Doem. E dói mesmo. Dói muito.

Ser intensa é fácil?
- Não!

Você tem que saber, tem que aprender, se esforçar pra controlar seus próprios sentimentos.
E sentimento não é objeto que você "pega aqui" e "coloca lá".
Você não pega, não toca, não vê.
Você sente e trabalha com a mente.
Um grande desafio, mas a maturidade vai te mostrando pouco a pouco, dia-a-dia, como se faz.

Ser intensa é bom?
- Apesar dos pesares, sim.

Porque você faz, expressa, mostra, demonstra, sente.
Você tem personalidade, prefere lidar com a verdade, prefere expressar o seu ponto de vista do que viver "atrás do muro".

É ser quem você, verdadeiramente, é.
Você VIVE!

E penso que se estamos vivos, temos que viver.
Se for pra ser pela metade, se for pra ficar no "talvez" e não no "sim" ou no "não.
Se for de qualquer jeito, sem fazer questão, sem decisão, sem direção, sem ser de coração.
Se for pra ser desses seres que parecem vegetativos.
Que a gente até se pergunta o que estão fazendo vivos.
Eu prefiro sofrer todos os efeitos colaterais que a intensidade me traz do que não sentir nada ou não sentir por inteiro.

Pois seja na alegria, na tristeza.
Na saúde e, sim, na doença.
Na dor e no amor.

Sou o mais puro e profundo adverbio de:
Intensidade!


Renata Galbine!

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