quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Sensibilidade Humana


Sensibilidade que aflora.

Me afoga.
Me guia.
E me leva pra outros mundos.
Pensamentos afora.

Pensamentos insanos.
Inúteis.
Profanos.

Pensamentos sinceros.
Singelos.
Belos.

Alguns me prejudicam.

Me cegam.
Me sufocam.
Me amedrontam.
Me adoecem.
Me fragilizam.

Alguns me fortalecem.

Me enriquecem.
Me enobrecem.
Me esclarecem.
Me enaltecem.
Me abastecem.

Mas ser sensível, é nada passar em branco por você.

O que é pequeno, se tornar grande.
O grande se tornar imensurável.

Tudo toma uma proporção maior.

Maior na alegria.
Maior na tristeza.

A dor própria.
A dor do outro.

A felicidade pessoal.
A felicidade interpessoal.

Ser sensível, dói.
Nossa.
Como dói...

O que não é nada para outros.
É muita coisa para quem é sensível.

O que é inviável para tantos.
Não passa invisível por quem é sensível.

A gente sofre por pouco.
E fica feliz por nada.

Não tem como escrever.
Explicar.
Mensurar.

É notar os pequenos detalhes.
É valorizar os menores momentos.
É reparar em cada palavra.
É enxergar cada gesto.

É sentir cada falta.
É reconhecer o excesso.

A sensibilidade é feito um vento forte.
Muito, muito forte.
É aquela sensação dentro do peito que vem.
Chega.
E tira tudo do lugar.

Bagunça.
Desorganiza.

Às vezes, quebra.
E causa grandes prejuízos.

Às vezes, leva.
Lava em lágrimas.
Deixando tudo limpo.

Eu sei que não é fácil ser sensível.
Mas eu também sei que é para poucos tamanha sensibilidade.

Ser sensível, é se sentir e, de fato, ser mais humano.


Renata Galbine!

Nenhum comentário:

Postar um comentário