quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Empatia.



É tão comum nos depararmos com pessoas que estão interessadas em saber sobre um fato que passamos, um acontecimento que enfrentamos, mas sem nos acrescentar em, absolutamente, nada após ficarem sabendo.
A ponto de, em seguida, perguntarmos a nós mesmos: "Por que fui falar sobre isso?!".

Outras nos oferecem palavras de consolo, como:
- "Vai ficar tudo bem.",
- "É assim mesmo",
- "Já passei por algo pior, vou te contar como foi...", e desanda a contar uma história que, muito possivelmente, não estamos dispostos a escutar. Não naquele momento.

E poucas que mesmo sem dizer nada, muitas vezes, através de um simples gesto, conseguem fazer toda a diferença para aquele que está precisando se sentir amparado, nem que seja por alguns minutos.

Isso é Empatia!

O termo vem do Grego: "Pathos" = Emoção, Sentimento.

Empatia, pra mim, está totalmente ligada a sensibilidade humana.
Empatia é saber ouvir o outro. Ouvir com atenção. Ouvir com o coração.
Simplesmente, ouvir.
Um ato tão simples, mas, ao mesmo tempo, tão difícil de ser praticado.
Agimos, muitas vezes, como se tivéssemos duas bocas e apenas um ouvido ou nenhum ouvido.
A dor do outro, a história do outro, o mundo, a rotina, a vida, o sentimento do outro acaba sendo, simplesmente, ignorado.
Estamos sempre dispostos a falar, mas, raramente, conseguimos parar e... escutar!

É uma dificuldade de se permitir se conectar ao outro.
Conectar parte dele em mim. Pra tentar compreender, ver como veem, sentir como sentem.
Afinal, não somos os únicos a enfrentar batalhas internas e externas.
Não somos os únicos a lidar com dificuldades e obstáculos.
Cada um carrega o seu. E não temos o direito de desmerecer o peso do outro.

Tem uma frase que muito sabiamente, diz:
"Não faça ao outro o que você não gostaria que fizessem a você."

Escutar se tornou algo tão inusitado que você, automaticamente, ganha a empatia da outra pessoa e, nesse momento, consegue estabelecer uma conexão muito mais forte com ela e ela com você.

A arte de ouvir.
O papel da escuta é, provavelmente, mais importante do que a própria fala.
Mas não termina aí.
É a arte de escutar e não julgar.
É se colocar no lugar do outro.
Como se os olhos dele ficassem no lugar dos seus.
É enxergar o lado dele, a verdade dele.
Se posicionar, tentar entender. Saber interpretar.

Li uma vez algo que nunca esqueci:
"Não é sentir pelo outro, mas sentir como o outro."
É isso. Nada além disso.
Abraçar a alma daquele que precisa ser abraçado.

Empatia é se calar pra poder escutar, é observar, analisar, orientar.
Empatia é falar na hora certa, sem ter que ensaiar, forçar.
Empatia é conexão.
É gesto que vem do coração!


Renata Galbine!

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